sábado, 31 de dezembro de 2005

Bem-Hajas 2005

Desvendo o teu corpo em esquiços
Formas que as polpas esboçam
E sôfregos os lábios reunem.

Procuro as peças em falta,
Tento encaixar as minhas.

Abre os olhos, sorri, bate palmas,
Depois de com ânsia infantil
Colocarmos a dois a última peça.

Bem-Hajas 2006

Ontem Foi Um Dia de Sorte.

Não tomei o pequeno almoço ao sair de casa, mas havia bom queijo e bom presunto no frigorífico da enfermaria.

Ontem foi um dia de azar.
O arroz de carnes acabou mesmo antes de eu me servir.

NOTA - Nova rubrica deste edição, que pretende sublinhar a dicotomia da vida de um tuno. Dela deverá sempre contar o relato de um pequeno episódio feliz, logo seguido do relato de um pequeno episódio infeliz do nosso quotidiano, que jamais manchará o primeiro.
E vivam as pequenas coisas.

Novo ano, para quê?

Aos trambolhões e entupido de álcool, o novo ano aproxima-se sorrateiro, ou tão sorrateiro quanto um bêbado consegue ser. Quando por aqui cair, far-se-á anunciar, não duvido, com barulho e extravagância (e pequenos incêndios à mistura...), e levantar-se-ão uns copos meio cheios (ou meio vazios?...) de espumante (hoje um pouquinho mais caro). Para quê?
Para eu poder vestir o "smoking" que emagrece no guarda-roupa, e apanhar a tosga do ano. Parece leviano? Superficial? Egoísta? Por agora concordo, vamos a ver daqui a umas horas...
FELIZ ANO NOVO!!

Os Nossos Santos Padroeiros III


Num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, continuou o seu caminho, cheio de felicidade. Diz ainda a tradição que São Martinho, em 363, solicitou ao Imperador Máximo auxílio material para a edificação de um convento. Foi o Imperador bem recebido e no repasto a que assistiu, com os personagens da corte, bebeu-se além da medida e foram tantas e fartas as carraspanas que os invejosos que só viram e ouviram - classificaram de martinhada. Daqui vem, ao que parece, ser São Martinho o patrono dos bêbados. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por vezes, maltratado. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

sábado, 24 de dezembro de 2005

Do Fim da Noite VI

A noite do mercado (23/12).

-até quarta...e olha...um bom natal para ti!
-ya...igualmente. adeus e um abraço.

Fechou a porta do 205 e foi para casa. Eu, fiz-me ao resto da estrada embrulhado em pensamentos.
Balanço da noite...uma boa amizade desfeita e outras fortalecidas... mas não tive culpa. Alegria durante toda a noite devido à poncha e à ginja. Rever de várias caras que já não tinha saudades.
Balanço dos últimos anos...há 4 anos manifestámos o nosso amor em segredo do mundo, no ano seguinte manifestámos esse mesmo e diferente amor sem medo do mundo, um ano depois a distância traduziu-se em saudade. Este ano vencemos a dificuldade e lá nos conseguimos desprezar mutuamente.
Pergunto-me como estaremos daqui a um ano.
Emociono-me secamente. deve ser isto que chamam de nó na garganta.

Onde estão os paraísos?

A Carvalheira tem uma irmã (mutilada)

Passeava-me eu ontem alegremente pelas ruas principais do Funchal, em noite de alegria popular, quando ouvi um choro que não me era nada desconhecido. olhei à esquerda e por trás da multidão, encostado à parede, estava um senhor que tocava numa guitarra, irmã gémea da nossa carvalheira.
Mas não foi este o facto que me cativou no tal senhor velhinho, mas sim o facto de que a dita guitarra tinha o braço partido(enixistente) pelo 10 trasto, mas prendeu as cordas de tal maneira que ele tocava nos trastos ainda restantes. era um autentico cavaquinho. o som era lindo.

Feliz Natal Carvalheira.

Feliz Natal*


São os votos de um Tuno Feliz para os conTunos, e os Votos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, para todos os seus amigos.

"Natal no Bordel" - Eduard Munch

Mensagem de Natal da Ana Carolina - Coimbra, Junho 2004


Espero que continuem cantando sempre, muito e bem, como bem me recordo. Feliz natal para ti e para todos os "tunos".
O vosso autocolante ainda está na vitrine do café. Beijo para todos.

O Sistema Nacional de Saúde Cria os seus Próprios Mitos

Constou, na passada madrugada de 5ª para 6ª feira, 22 para 23 de Dezembro, que se iria proceder à transferência entre as Unidades do Sistema Nacional de Fafe e Guimarães, de um Utente do sexo masculino, com a idade de 100 anos, e o diagnóstico de Alcoolismo Crónico entre outros de carácter agudo (de somenos importância para a área de investigação de vocação desta publicação).

Infelizmente a transferência não chegou a concretizar-se, não tendo sido possível certificar a veracidade daquelas informações.

Do Vinho e da Empatia Entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde - IV

-E tem comido bem?
- Sim, comido e bebido.

-E assim na comida, deve ter algum cuidado?
-...o costume, dieta à base de cozidos e grelhados
- Está a ouvir? Cozidos e Grelhados.
E mais alguma coisa?
- Ah!... pois... não convém, como tem estas alterações no fígado, por agora é melhor não...
- Está a ouvir? Não pode beber vinho. Só nas ocasiões especiais. Só nas festas.
Fala pela primeira vez a visada, velhinha franzininha, de lindos olhos azuis
- Quer dizer que não posso beber o meu copinho de vinho todos os dias?
-...pois, é melhor não, ... por agora...
- Não pode. Deixe lá. Agora também são as festas, bebe, depois deixa de beber.
- Mas eu fico triste...
-Olhe, Boas Festas! Boas Festas!
(em itálico, o funcionário do sistema nacional de saúde)

A freira, acompanhante, a oligofrénica insitucionalizada desde criança, utente do sistema nacional de saúde, e o funcionário do sistema nacional de saúde
- E quando era mais nova, a senhora bebia muito vinho?
- Antes bebia...
- Não era muito, mas bebia um bocado, sabe, ela ia para o campo todos os dias...
- Dava-me sede!
- ...levava a garrafa com ela.

Grandes Frases - XXIII

"Adeus, foi um prazer!
disseram a cantar
mantém a mesa posta
porque havemos de voltar."

Jorge Palma, "Demónios Interiores", in Norte

sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Grandes Frases XXII

"Time is too slow for those who wait,
(...)
but for those who love time is eternity."
Wiliam Shakespeare

Grandes Frases XXI

"Time goes by so slowly for those who wait,
(...)
those who run seem to have all the fun."
Madonna

O Dia Em Que A Vinicultuna Foi Jogar Futebol

O Juvenal marcou-nos um encontro, a um monte de colegas da Tuna, para esta tarde no terreno vago, perto de casa, para irmos jogar futebol. O Juvenal é meu amigo, gosta muito de beber, e se nos marcou um encontro, foi porque o pai lhe deu uma bola de futebol novinha em folha e vamos fazer um desafio magnífico. O Juvenal é porreiro.

Encontrámo-nos no campo às três da tarde, éramos dezoito. Tivemos de decidir como constituir as equipas, para que houvesse o mesmo número de jogadores de cada lado.
Quanto ao árbitro, foi fácil. Escolhemos o Carlos. O Carlos é médico, mas como usa óculos não lhe podemos bater, o que, para árbitro, é uma boa coisa. E além disso, nenhuma das equipas queria o Carlos, porque não é muito bom em desporto e chora com demasiada facilidade. A discussão foi quando o Carlos pediu para lhe darem um apito. O único que tinha um era o Joel, cujo pai é polícia.

"Não posso emprestar o apito, disse o Joel, é uma recordação de família". Não havia nada a fazer. Por fim, decidimos que o Carlos avisava o Joel e o Joel apitava em vez do Carlos.
"Então? Jogamos ou não? Cá eu começo a ter sede!" gritou o Juvenal.
Mas onde tudo se complicou, é que se o Carlos era árbitro, já só éramos dezassete jogadores, o que dava um a mais na divisão. Então, arranjámos uma maneira: um seria o juíz de linha e agitaria uma bandeira sempre que a bola saísse de campo. Foi o Sérgio o escolhido. Um só juíz de linha, não é muito para vigiar o campo todo mas o Sérgio corre muito depressa, tem as pernas muito compridas e muito magras, com uns joelhos grandes e sujos. Mas o Sérgio não queria saber de coisas, queria jogar à bola, e além disso disse-nos que não tinha bandeira. De qualquer forma aceitou ser juíz de linha durante a primeira parte. Quanto à bandeira, agitaria o lenço que não estava limpo, mas é claro, ao sair de casa não sabia que o lenço ia servir de bandeira.

vagamente basedo no "Menino Nicolau", de Gosciny

Grandes Frases XX

"Tu és estranho, mas pareces muito bom..."
Uma Feiticeira

quinta-feira, 22 de dezembro de 2005

Caminhar


Hoje caminhei sozinho, pelas ruas desta cidade fria.

(Todas as mulheres se parecem contigo, e tu tão longe.)

Fui ao banco ao dentista ás finanças.

Deixei as minhas pegadas na geada, branca como a tua pele.

Ah, e comprei-te uma flor, no florista.

...

Mas hoje caminhaste comigo. Mostrei-te cada canto da cidade, subimos ao castelo, entramos juntos nas lojas, rimos á saída dos cafés, passeamos junto ao rio, corremos para apanhar o autocarro, escorregamos na geada. E trazias sempre, entre os teus cabelos, a flor que eu roubei no mercado, para te dar.

...

Hoje caminhei sozinho, e tu não me largavas. =)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Porque é que ontem te ofereci a Lua?

Porque nos iluminou

Porque já lá fomos juntos

Porque a vi reflectida em ti

E a ti reflectida nela

Tem o mesmo alvor que eu beijo

Tem as curvas dos teu seios

Porque a tens algures em ti

E a voltas a dar ao céu

Porque não ma pediste, mas continuavas aí*

Porque é que hoje te ofereço o Sol

Porque ontem te ofereci a Lua.

E continuas aqui*

EXONERAÇÃO JÁ!!!

Acabo de receber a triste notícia de que o tuno Chiclete, tirou a módica nota de 88 no exame de acesso à especialidade. Para além de ser inadmissível um tuno da vinicultuna tirar qualquer nota superior a 30, apenas justificável pelo facto da Vinicultuna ter conseguido a chave do exame na passada 2ª feira, chave essa disponibilizada neste mesmo blog, Chiclete teve mesmo o desplante de tirar a mesma nota que um arqui-inimigo (outro) da tuna tirou no último exame.
Penso serem portanto motivos mais que suficientes para EXONERAR o Chiclete do cargo de tuno da Vinicultuna, cessando desde já todas as regalias que lhe advêm desse cobiçado e honroso posto.

Espero que estejam todos comigo nesta causa.


A VINICULTUNA TEM UM BOM NOME A PRESERVAR!!!


Pila-grande-que-afinal-é-mole

Grandes Frases XIX

"SÓ MAIS UMA, SÓ MAIS UMA!!"

Pequena multidão que assistia a um espectáculo da Vinicultuna em Guimarães.

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

Nunca Poderia Ser do Vinho

"A 73-year-old man presented with a self-inflicted stab wound to the abdomen. A plasma ethanol level of 27 mg per deciliter was found on preliminary toxicologic screening; the results of chemical analyses were normal. No internal injuries were found on exploratory laparotomy. Eight hours postoperatively, the patient became confused and was intubated because of respiratory distress. Arterial blood gas measurements showed a pH of 6.91, partial pressure of carbon dioxide of 12 mm Hg, and base excess of –30 mmol per liter. Blood chemical analyses showed a bicarbonate level of less than 5 mmol per liter, a creatinine level of 1.4 mg per deciliter, an anion gap of 26, and serum osmolarity of 346 mOsm per liter with an osmolar gap of 38 mOsm per liter. Light-microscopical analysis of the urine showed various forms of calcium oxalate monohydrate crystals, including "cigar" and "dumbbell" shapes. Free crystals were extensive, with many incorporated in casts. Oxalate is a metabolite of ethylene glycol that is excreted by the kidneys. Oxalate readily precipitates with calcium to form dihydrate crystals and the more stable monohydrate crystals. Final toxicologic screening of plasma was positive for ethylene glycol, with a level of 72 mg per deciliter. It was later determined that the patient had ingested automotive antifreeze in a suicide attempt. Short-term treatment included fomepizole and continuous hemodialysis, but the patient remained on long-term hemodialysis for two months after hospital discharge."

"Urinary Calcium Oxalate Crystals in Ethylene Glycol Intoxication", New England Journal of Medicine, 15 Dezembro 2005, nr 24, Volume 353:e21

Do Vinho e da Empatia entre Funcionários e Utentes do Sistema Nacional de Saúde -III

"- Ela agora antes de lhe dar isto, bebia um copinho, só. Pode continuar?
- Um copinho pode.
- E branco ou tinto? Qual é que faz melhor?
- Eu gosto mais do tinto.
- Ela é do branco.
- Então pode beber desse."

Grandes Frases XVIII

"Os que não cantam não podem sequer imaginar o que é a felicidade de cantar."
Gabriel Garcia Marquez

Respostas Pertinentes a Perguntas Irritantes

"Então... He he he, tocas na Tuna?"
"Não. A Tuna toca em mim."

"Ah, pois... E quando é que vocês ensaiam?"
"Todos os dias da semana, á noite, no Piolho. Domingos,
á hora da missa, no Araújo."

Os Nossos Valores XX

"A Vinicultuna não se prende com questíunculas."

"A Vinicultuna considera que o acto de maior coragem passível de ser realizado por um ser humano é parar, depois de comer apenas um amendoim."

"A Vinicultuna acha qualquer quezília inútil, a não ser que esteja envolvida nela."

Soneto do Epitáfio

Lá quando em mim perder a humanidade
Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi-gratia — o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade:

Não quero funeral comunidade,
Que engrole "sub-venites" em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade:

Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:

"Aqui dorme Bocage, o putanheiro;
Passou vida folgada, e milagrosa;
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro".

Vertente não ortodoxa do poeta - igual e pior em http://paginas.terra.com.br/arte/PopBox/bocage.htm

Quantas vezes, Amor, me tens ferido?

Quantas vezes, Amor, me tens ferido?
Quantas vezes, Razão, me tens curado?
Quão fácil de um estado a outro estado
O mortal sem querer é conduzido!

Tal, que em grau venerando, alto e luzido,
Como que até regia a mão do fado,
Onde o Sol, bem de todos, lhe é vedado,
Depois com ferros vis se vê cingido:

Para que o nosso orgulho as asas corte,
Que variedade inclui esta medida,
Este intervalo da existência à morte!

Travam-se gosto, e dor; sossego e lida;
É lei da natureza, é lei da sorte,
Que seja o mal e o bem matiz da vida

Morreu Manuel Barbosa du Bocage á 200 anos

A literatura portuguesa perdeu, então, um dos seus maiores poetas e uma personalidade plural, que, para muitas gerações, incarnou o símbolo da irreverência, da frontalidade, da luta contra o despotismo e de um humanismo integral e paradigmático. Aqui ficam dois sonetos, que a Vinicultuna aprecia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2005

FRAUDE - A VINICULTUNA É SUSPEITA

A Vinicultuna de Biomédicas-Tinto publica em primeira mão a chave do exame nacional de acesso ao Internato Médico 2006, cuja prova escrita se realiza amanhã.
Aproveitamos para desejar boa-sorte ao Tuno Chiclete.

Cardiologia
DCCAB ABCCE AEDDC BCCDB
Pneumologia
AECAB CDCBA ADEDC BDDCE
Hematologia
BACAE DCDAE CCBAA EADCD
Gastroenterologia
AABBB BACDE DDAEB BABBC
Nefrologia
CCAED BACDA EEABC CCEAD

NOTA – Olhem para o ponto antes de copiarem a chave. Não se esqueçam que há o “Teste Branco” e o “Teste Azul”, sendo que a ordem dos grupos está trocada, mas não a das perguntas dentro de cada grupo.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Férias nas Biomédicas, Regresso ao Recreio da Minha Escola - Jogos e Cantigas da Nossa Infância - V

Um Jogo - a "Meia-hora".

Este era um jogo que na minha escolinha reunia uma legião de adeptos entusiastas, na sua maioria do sexo masculino, até o dia em que foi proibido pelo conselho directivo da escola. A partir dessa data continuou a ser jogado, mas clandestinamente.
Trata-se de um jogo com o intuito de magoar/ser magoado gratuitamente os/pelos colegas e que normalmente era jogado em associação com o famoso jogo do "balamento" por alturas da páscoa, o que rendia, aos vencedores, um saco de doces amêndoas...

Terreno:
Normalmente era o pátio da escola, mas por acordo entre os jogadores podiam defenir-se outros terrenos.

Objectivo:
Apanhar o adversário desprevenido e desferir-lhe um enérgico murro na região dorsal, de preferência no músculo deltoide. Caso se dê o infortúnio de acertarmos num osso do adversário, pode ser traumático para qualquer um dos jogadores, razão pela qual o jogo foi proibido pelas entidades competentes da escola.

Regras:
Jogava-se entre dois jogadores, embora cada jogador possa estar simultaneamente a jogar o número de jogos que desejasse(com outros colegas, entenda-se).
Este era um jogo de carácter contínuo, ou seja, acordava-se a altura do início do jogo e este prolongava-se por vários dias ou até meses até que os jogadores se fartassem ou estivessem maltratados das costas.
O referido murro só poderia ser desferido com a frequência de um por cada meia hora.
Caso os jogadores simulassem que ostentavam um monóculo, levando mimicamente a mão ao olho, o adversário ficaria impossibilitado de dar o soco durante meia hora.
O jogador devia gritar "meia hora" ao mesmo tempo que executava o soco. A partir daí só podia dar novo murro passados 30 minutos.

Nota:Dentro da sala de aula não era obrigatório gritar "meia hora"

Noções Práticas e Movimentos de Especial Beleza Técnica:
A tactica deste jogo era aproximar-se do adversário pela retaguarda equanto este estivesse desprevenido, para que não tenha a posibilidade de fazer o movimento do monóculo e inviabilizar o lance.
As alturas mais indicadas eram enquanto o adversário trocava alegremente uns dedinhos de prosa com os seus amigos. amigos estes que não poderiam avisar da chegada do adversário pela retaguarda, sob pena de perda de estatuto de pessoa honrável.
O movimento do "murro em suspensão" só era bem conseguido pelos jogadores mais experientes e consistia em saltar bem alto e aproveitar a força da gravidade na descida para murrar.
Mais raro ainda era chegar pela frente e falar com o adversário, que distraído, entretanto se esquecera do jogo. e desferir-lhe o soco inesperadamente. Infelizmente era mesmo muito raro.

Uma canção:
Sérgio Pereira
subiu à bananeira
Comeu uma banana podre
morreu de caganeira

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Do Jantar do teu Dia de Anos

Pode um monstro amar?

Entramos lado a lado, e então reparaste pela primeira vez que coxeio.
"É natural. Tenho uma perna mais curta que outra, mas não se nota quando estou deitado. Nem brilha no escuro." Ri-me muito alto, satisfeito com a piada com que pontuei a justificação. E então fomos vistos.
O empregado sentiu-se com o toque e aproximou-se para nos receber. Tossicou.
Dei pelo toque, endireitei a figura ao longo da gravata, e fitei-o com os 2 olhos, que na minha cara ficam à direita do nariz.
Apercebeste-te também do toque, mas desculpaste-me com um beijo na face esquerda onde orelhas e lábios me desfiguram mas juntam sensações. Vale a pena.
"Uma mesa para dois, por favor".

Pode o grosso ter graça?

Há quem pense que quem tem mãos toscas como as minhas é incapaz de pegar num cálice com dois dedos apenas...
Pois que saibam que também toco piano e sou neuróniocirurgião.
Há quem pense que quem pega num cálice usando apenas dois dedos, como se de uma pinça se tratasse, não deixa a marca dos beiços na borda do copo...
Pois nem toco flauta, nem sei encher balões.
O vinho, claro, era do melhor. Dos melhores. Que disso eu sei. Não bebo mas sei. Sei saboerear. Não bebi uma gota. Saboreei-as a todas.
De olhos fechados, levantei o cálice - sustido, não preso - entre polegar e indicador, e, só com o cotovelo apoiado na mesa, aproximei-o dos lábios que, quase sem mexerem sorveram o líquido tinto "sluuuuuuurp!"..., depois centrifugado contra toda a superfície do paladar, e depois "aaaaah!", o cuspiram num jacto de prazer.
Sou capaz de reconhecer qualquer nectar produzido em solo lusitano. Atiro os seus nomes ao ar, e acerto, acerto para admiração de toda a sala.
Sou capaz de o fazer com uma garrafa inteira, e adivinhar todos os vinhos que nela se misturam- E sem beber uma gota.
Ébrio sem beber uma gota. Repleto sem nada comer.
Não escolhi nada. PRefiro assim. Para que só o sabor do vinho se confunda com o teu.

E tu, meu amor?

Uma gracinha, com sempre. As tuas formas continuam-se ao longo do rasto que ondula ao longo do tapete. A lama ficou onde os teus saltos, os teus pezinhos pisaram.
Meu amor, tu não usas os talheres! E nessa entrega quase animal que diriges ao jantar, revelas a sofreguidão das próximas noites passadas.
Promessas refeitas em todas as gotas de vinho que aceitaste dos meus lábios. Todas.
Meu amor, continua a seduzir-me.
E deixa-me sem sangue, tal como fizeste com estas rolhas que a tua sede secou.

E nós, meu amor?
Nós vamos os dois. Agora.
Puseram-nos fora na altura certa.
-Apreciaste a minha postura digna quando insisti em pagar a conta?-
Só no fim da sobremesa se aperceberam que a acha que tirámos da lareira, para nos aquecer os pés, estava a queimar o soalho.
Chamou-lhes a atenção o fshhhhhhhhh! da gota que pingou das tuas coxas sobre a brasa rubra.. Um fsssssshhhhhhhh! de mil chaleiras. De mil gatos escaldados, lançados de imediato na água fria. Um fsssssshhhhhhhhhhhh! de mil demónios.
Puseram-nos fora mesmo quando queríamos.

Do Vinho e da Empatia entre Funcionários e Utentes do Sistema Nacional de Saúde -II

"-Ele outro dia bebeu uma garrafa inteira de Vinho doPorto. Faz Mal?
-...
-Mas era Vinho do Porto..."


"-Porque eu também já estive para ir, mas graças a Deus...
- Ai sim?
- Sim, senhor doutor. Porque eu posso dizer que já fui uma grande borrachona!"

domingo, 11 de dezembro de 2005

Companheiros de VIagem - Do Vinho e da Amizade entre os Povos - VI


"-Ora então os meus amigos como estão?
...
-Ora então os meus amigos nã dizem nada?
...
-Era então os meus amigos nã respondem?
...
-Malcriados!
...
-Eh!Eh!Eh!
...
- 'tô a brincar! Já estão c'os copos nã é? Eh!Eh!Eh!"

Do alegre diálogo com os nativos de Paucartambo, Peru, retratados. Sempre alegres, mas sempre firmes.

sábado, 10 de dezembro de 2005

Novo LINK e Novas Possibilidades

Para quem quiser ter a Vinicultuna no "topo" da lista de e-mails da Inbox do GMAIL, basta adicionar http://ideiaselamentos.blogspot.com/atom.xml ao "Settings > WebClips" :) Podem aproveitar e apagar também os outros todos ;)

Adicionei uma página nos links que achei "interessante" e propositada... Rasganço... http://www.icicom.up.pt/blog/rasganco/

sexta-feira, 9 de dezembro de 2005

Companheiros de Viagem - Sobre o Vinho e a Amizade entre os Povos V

Relatos sobre este mesmo tema, colhidos na primeira pessoa, á pouco menos de um mês, num albergue de Bratislava, numa saudável mesa quadrada com uma chinesa, um finlandês, uma garrafa de porto, um australiano, um garrafão de tinto, um escocês, uma garrafa de vodka e eu, quatro da manhã:

"Panetta niin vitusti!"

"Sittin here half pissed with my new mate's the buisness."

"Mitä vittua?!?"

"I thinki m tanked up nw on port n d fuckin oz guy is tryn 2 get in2 my panz"

"Nazdravie!"

"Vou já cagalhão!"

Grandes Frases XVII

"A cama a mim não me diz nada!"

Aqua Bentis

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

U-u-u-u-u-u-Um l-l-l-l-l-l-l-l-li-link

TE-TE-TEMOS UM LINK!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

diariodeuniversitaria.blogspot.com

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

Contemplação

"Que Figura.Ria-se quem entrar.
Durmo.Olho Aberto, Olho Fechado.
Boca Aberta a pingar.
À tua espera na esquina do sono.
De que lado chegarás?"

sábado, 3 de dezembro de 2005

Natal

A bebedeira em família vem aí. É o pai, o tio, o avô, a mãe, a tia, a avó quem te enfia um copo na mão, desculpando-se com o Natal. Não querem beber sozinhos.
É tempo de sorrir de lado, de dentes forçados para fora, agradecendo prendas que esperamos nunca mais lhes pôr a vista em cima, com alguns envelopes à mistura... papel para a troca por cerveja e vinho!
É tempo de estragar toda e qualquer esperança de uma boa digestão, de aceitar sorrisos de quem nos dá a volta ao estômago, talvez uma boa altura para lhes dar um pontapé no estômago, numa época de perdão. "Oh! Desculpa! Foi um movimento involuntário!..."
Mas é, acima de tudo, uma boa altura para um grande abraço entre amigos, comprimido num só. Espero que ninguém se aproveite de um momento sério como este para o apalpão de circunstância, a não ser que seja do sexo feminino... Mas terei que retribuir!
Abraços Natalícios, cobertos de espuma de cerveja, em colarinhos tingidos de vinho!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Os Nossos Valores - XIX

"De Santo a Vinicultuna só tem o dom da ubiquidade, o vinho das bodas de Canaã, as Chaves de São Pedro, e outros truques, habilidades e objectos que eventualmente possam dar jeito"

Do Fim da Noite - V

A noite de ontem ainda não acabou.
Mas não está aqui o Sérgio para dizer "Vocês Não Estão a Ver... Esta Noite... só vai acabar... lá para as 5 da tarde...". E já são quase nove da noite e eu ainda aqui estou.
Foi o computador E o computador E o computador
Lupus Febre Lupus Febre
E Preguiça. Muita Preguiça.
Não a fosse e o Lupus e a Febre já eram.
Mas a Preguiça...
E de repente a luz entra, no que a preguiça sai para dar lugar a trapalhice.
E onde entra a trapalhice só pode sair merda. Um trabalho interessante, uma apresentação de merda. O que vale é que o chefe não vai estar.
E por isso relaxo. Relaxo...
...Sai merda. Vou Já Cagalhão Pchhhhhhhhh!!!!!!!!!! Sairam bem formadinhos. Também saiu sangue. Mas só no papel. Hemorródias. Não mata mas arde. E não dá prestígio.
Também saiu uma ambulância e assustou-me. O telemóvel também me assustou, quando chegou a hora de despertar. 8h20.
Há 50 minutos tocaram os sinos de Creixomil. É muito bom acordar com aquele som a aldeia.
Excepto quando já se está acordado e se quer ir dormir.
Tmabém se ouvem os camiões do lixo. A noite toda. A recolha é em frente à igreja, ao lado de minha casa.
Tempo para um longo banho.
E ir para a rua.
Para o trabalho.
Até agora.
Mas há sempre razões para sorrir.
Quando mesmo mesmo no fim da noite de ontem, se encontra o dia de amanhã.
Tão lindo.

quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Do Frio

Aqui neva de manha a noite. As montanhas andam, cobertas de branco, os rios estao gelados e a gente constipada. Ha cerveja a rodos, amigos, boa comida, e vinho quente. Ha princesas e palacios e castelos... faltam guitarras e trovadores.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

A fadiga

- Andas cansado? já tem muito tempo?
- Sim já tem uns dias...
- Deve ser da alimentação...come melhor...não queres tomar umas vitaminas?
- Não quero toma-las....vou comer mais fruta.

Passado uns tempos, tive oportunidade e precipitei-me para o sítio onde deixei uma Manga a amadurecer, para poder saboreá-la (adoro Manga, é o único fruto que gosto) quando tivesse finalmente madura. qual não foi o meu espanto quando me aprecebi que a dita Manga não tinha amadurecido. e cada dia que a ia ver...ela estava cada vez mais "verde". Fica-me agora a ideia de que quando comprei a Manga ela estava mais madura que nunca.

A Natureza tambem tem as suas birras.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Nao Viajamos Sozinhos ***

Idivíduo1:
"- Eu gosto de viajar sozinho"
Indivíduo2:
"- Sério!! olha...o indivíduo3 também gosta. (Pausa) ...Podiam junhtar-se e viajar os dois"

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Volta o Poeta a Tempo de Celebrar o Dia de Anos

Apertamos a mão e despedimo-nos.
Ando 5 metros e paro. Ele levanta-se de apanhar desajeitadamente um papel que estava no chão. Abro o vidro.
Tinha-me esquecido:
- Parabéns.
Responde-me de pronto, a seguir a uma pausa que me faz perceber que a rima é intencional:
- ...Boa Viagem para Guimarães...
... Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!

e entra em casa encurvado pelo braço que transporta a mala, e pela dobra da mão que acena.

(últimos 3 posts, de 20 de Novembro de 2005)

Até podemos não servir para mais nada...

- E como é que tem andado?
- Tenho andado quilhado. Hoje até estava assim mais... Agora é que desanuviei um bocado. Ah! Ah! Ah!
Por acaso foi bom o Joel ter-me encontrado na Paragem.
- Ai sim? Por acaso?
- Foi. Na Arca d´Água. Eh! Eh! Eh!

Também quero fazer anos numa tarde de Domingo com um céu nebulado tão luminoso e uma chuva tão brilhante

Há um lugar livre na Rua dos Clérigos.
E uma prostituta na esquina da Rua da Fábrica.
E o Joel, o Juvenal, e o Senhor do Vale.
- Parabéns.
Está muito calado.
O Senhor do Vale abre o bolo que eu trouxe. Cada um tira uma fatia de língua de sogra. Está muito bom. Depois apercebemo-nos da grosseria. Não cantamos os Parabéns! Mas não há velas. Depois percebemos que uma das fatias do bolo-língua-de-sogra afinal é uma vela de bolo-língua de sogra. Acendemos o pavio-guardanapo e cantamos os "Parabéns a Você". O Senhor do Vale sopra a vela, mas só depois de pararmos de bater as palmas e de o avisarmos. Está muito calado.
O Senhor do Vale leva a última fatia de bolo língua de sogra para casa.
E eu levo o Senhor do Vale para Casa.

De como um telefonema transforma uma tarde chata de domingo.

A caminho do aeroporto.
O dia começou tarde, porque o sábado roubou seis horas e meia ao domingo.
Ao almoço familiar segue-se a ida ao aeroporto, dar continuidade à busca de uma mochila que viaja mais do que o dono.
Tarde chata. Tempo chato. Um passeio chato. Para tratar de um assunto chato. Trânsito na VCI, o Porto está cada vez pior, meto pela Via Norte, fila à entrada da Maia. O relato. jogos chatos. Estrela zero Paços zero. Naval zero Setúbal zero. Rio Ave zero, Nacional zero. Mais os jogos da segunda divisão que não interessam a ninguém.
Mochila zero. Telefonemas dois. "Queres vir aos anos do Senhor do Vale?", e "Afinal não é no Piolho, é no Estrela". E nisto se transforma a tarde domingo.
Trânsito na Circunvalação, meto por Matosinhos. Vou dar à Foz. O Vitória marca três na Figueira, e os madeirenses dois em Vila do Conde. Enquanto isso o árbitro anula três golos na Reboleira, e mantém o nulo. Na segunda divisão, o árbitro não viu um golo do Barreirense, e o Vizela deu a volta ao Marco que até falho um penalty, e no fundo tanto faz porque este ano descem 6 e só sobem 2, e os outros vão todos à falência.
Meto pela faixa da direita, que conserva o piso em paralelo, e o trilho do eléctrico, e ultrapasso todos os carros que vão no alcatrão para não gastar borracha nem fazer mal à espinha.
Chego ao Passeio Alegre, passo o Passeio Alegre, e tenho de voltar atrás. Duas pequeninas infracções, e volto ao início do Passeio Alegre.
Lá está a vendedora das Línguas de Sogra.

domingo, 20 de novembro de 2005

E se de repente não tivermos mais nada para dizer?

Teremos sempre alguma coisa a dizer.

Do Vinho e da Empatia entre Funcionários e Utentes do Sistema Nacional de Saúde

"- E é de qual?
-Do Tinto.
- E quantos copos?
- Assim , com sinceridade, depende. Com um assado, pode ir até aos 75 cl.
- Uma garrafa?
- Uma garrafa. Agora, se for só sopa, já não bebo nada."


"...
-E o vinho? Quanto bebe?
-Só um copinho. Ao almoço.
- E fumar?
- Fumar, nunca fumei.
- E então o vinho quantos copos?
- Meio litro.
- A cada refeição...
- Pois..."

sábado, 19 de novembro de 2005

Teoria da Conspiração, Prólogo e 1º Cap.

(Da mesma forma que algumas séries foram começadas aqui no blog, proponho esta nova, chamada de Teoria da Conspiração, em que baseados em artigos ou dados cientificamente aceites extrapolemos explicações para acontecimentos banais do mundo actual. Façamos justiça ao "Biomédicas", não só ao "Tinto". Nota: não vale usar artigos com interesse, mas isso também não é dificil ;))

Gay flies lose their nerve, Kimura et al, Nature, 438. 229 - 233 (2005)

Artigo em http://www.bioedonline.org/news/news.cfm?art=2153

"...The sexual behaviour of insects has been tweaked before by altering a gene called fruitless. Male fruitflies (Drosophila melanogaster) that have mutations in this gene often fail to make a protein called Fru. These flies do not engage in the normal mating ritual of tapping and tilting movements that attract females.
If male flies have a milder mutation in the fruitless gene, resulting in production of small amounts Fru protein, they court male and female flies alike.
On the flipside, females engineered to carry the male-specific fruitless gene suddenly begin wooing other females with the tapping and tilting routine...."

Daqui se pode adivinhar muito sobre origem das serenatas, e porque é que nós é que andamos atrás delas...

Teoria da Conspiração: Nestlé tenta escapar a escândalo sobre mutagénios utilizados nos Bolicaos, com a introdução do novo Bolicao Balance com uma composição diferente. Geração consumidora de Bolicaos apresenta maior prevalência de homosexualidade actualmente, e inversão do papel de "mosco" nas noites de sábado do Via Rápida.

Vale que há mata moscas :)

Caro Juve, as requested :P

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Nao Viajamos Sozinhos **

Viajamos com a Loucura. E quem viaja sozinho anda sempre a procura de alguem...

N

Travel Fellows - About the Wine and the Friendship between People IV

London/Stansted - 3:48 p.m.

- Where are you going?
- Home. Berlin.
- Is that Port Wine, what you are drinking?
- Yes, I had to pay for excess luggage in Porto, and i don't want it again. It cost me more than the bottles! Do you want some?
- Sure.
...

- We have to drink it all before the check in.
- Won't it get us too drunk?
- It's the only way to travel!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Não Viajamos Sozinhos *

Anonymous said...
"A Loucura está na essência da vida e a vida na imortalidade da Loucura!*"

E então cá vai:

A loucura é uma viagem fascinante desde que näo se perca o rumo - excepto se estivermos perdidos.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Os Nossos Valores - XVIII

"Se a Vinicultuna não tem, não precisa. Se a Vinicultuna precisa, arranja."

"A Vinicultuna é suspeita de tudo aquilo de que não puder ser dada como culpada."

"Mesmo quando age por mal, o Tuno da Vinicultuna é um Homem de Bem."

Grandes Frases XVI

"As únicas pessoas autênticas, para mim, são as loucas, as que estão loucas por viver, loucas por falar, loucas por serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, as que não bocejam nem dizem nenhum lugar-comum, mas ardem, ardem, ardem como fabulosas grinaldas amarelas de fogo de artifício a explodir, semelhantes a aranhas, através das estrelas."

Jack Kerouac, "Pela Estrada Fora"

domingo, 13 de novembro de 2005

Do Fim dos Tempos - II


"Então não haverão Céus nem Infernos, e a Vinicultuna triunfará!"

"...and emotion would make us all order more beer"

"Oh, how well I remember the old bull and bush,
where we used to go down of a sattaday night-
where when anythink happened, it come with a rush,
for the boss, Mr Clark he was very polite:
A very nice house, from basement to garret-
A very nice house, but ah, but it was the parrot-
the parrot, the parrot, named Billy M'Caw
THat brought all those folk to the bar.
Ah! he was the life of the bar.

Of a sataday night we was all feeling bright,
and Lily La Rose - the barmaid that was -
she'd say "Billy!Billy M'Caw!
Come give us come give us a dance on the bar!
And Billy would dance on the bar
And Billy would dance on the bar.
And then we'd feel balmy, in each eye a tear,
and emotion would make us all order more beer-

Lily, she was a girl what had brains in her head;
She wouldn't have nothink, no not that much said
If it come to an argument, or a dispute,
She'd settle it offhand with the toe of her boot
or as likely as not put her fist through your eye.
But when we was thorsty, and just a bit sad,
or when we was happy, and just a bit dry,
she would rap with that corkscrew she had,
and say "Billy! Billy M'Caw!
Come give us a tune on your pastoral flute!"
And Billy strike up on his pastoral flute,
And Billy strike up on his pastoral flute.

And then we'd feel balmy in each eye a tear
and emotion would make us all order more beer."

"Billy, Billy M'Caw!
Come give us a tune on your moley guitar!"
And Billy'd strike up on his moley guitar,
And BIlly strike up on his moley guitar"

And then we'd feel balmy, in each eye a tear
and emotion would make us all order more beer
"Billy! Billy M'Caw!
come give us a tune on your moley guitar"
Ah! he was the life of the bar!"

"The Ballad of Billy M'Caw", incluída em "Growltiger's last stand", do Musical "Cats" de Andrew Lloyd Weber, baseado em "Old Possum's Book of Pratical Cats" de T.S.Elliot

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Os Nossos Santos Padroeiros II


"lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
da vida vazia

diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos"


António Varições, patrono da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto

Santos Padroeiros - Nossos e de Outros

"O monumento pretende mostrar o poeta tal como ele foi: não um homem de corte mas um boémio arruaceiro, que vivia entre a amargura das suas paixões e a turbulência dos seus actos."

http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/escultura/cutileiro/ , sobre o "Luís de Camões" de João Cutileiro, em Cascais

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Os Nossos Valores XVII

"A Vinicultuna anda á frente dos que andam á frente do seu tempo, ou, em alternância, atrás dos que andam atrás do seu tempo."

"A Vinicultuna não é do meio, nem do centro, nem moderada, nem ponderada, nem amena, nem serena, nem calma, nem passiva, nem arreactiva, nem digna, nem nada."

A curva

A cidade é sombria, o meu caminho diário no sentido da faculdade é sombrio, os prédios altos impedem qualquer tentativa de um raio de sol entrar até a zona pedonal. são 10 minutos de abafo verdadeiramente angustiante, mas há um momento que pela sua beleza e optimismo, torna toda a viagem agradável... É na curva da igreja dos carmelitas, ali onde se começa a avistar o tasco "ancora d'ouro", é a curva onde diáriamente devido á orientação e ao campo aberto, o sol me bate na cara e enche-me a caminhada. é uma verdadeira lufada de ar fresco.

Ultimamente tem chovido.

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Os Nossos Valores XVI

"A Vinicultuna apoia o roubo da propriedade intelectual para fins da sua adulteração e exibição pública."

"A Vinicultuna é uma Instituição de Utilidade Púbica."

Os Nossos Santos Padroeiros

"Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora."

Luís de Camões , patrono da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto

domingo, 6 de novembro de 2005

Os Nossos Valores - XV

"A Vinicultuna não deixa fundos nem restos."

"A Vinicultuna Antes de o Ser Já o Era."

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Pausa

Entrei. Vi as mesmas caras de sempre.
Cobertas de tristeza numa luta difícil por um sorriso esboçado.
Eu próprio mergulhei na habitual apatia que torna aquele sítio tão agradável e tão terapeutico.
Agora o meu semblante também contava a minha história. É comum aqui.
Nessa altura apercebi-me que afinal os sorrisos esboçados não eram forçados, mas sinceros.
Para este espírito, é crucial o esforço anfitrião para o conforto. Conforto para aqueles que mais dele precisam.
Aqui o tempo não voa. saboreia-se em conjunto sem grandes trocas de palavras.

Olhei...o copo já estava vazio.
- Obrigado D.Elza...Sr. Zé, até amanhã.
- De nada...até amanhã menino.

Somos sonhadores porque ainda acreditamos que a vida tem alguma beleza

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Mitologia da Tinto - IV - O Inca

1438-1532 O Imperio Inca atinge o seu auge.
1532-33 Pizarro e 160 espanhóis capturam e posteriormente executam o Inca Atahualpa, pondo um fim ao Império Inca
1536 Manco Inca (Manco, portanto Coxo, mas näo Perneta), tenta retomar o controlo dos Altos Andes, mas depois de estar quase, quase, quase, quase, quase a conseguir, tem de retirar para selva.
1544 Manco Inca é assasinado. E os Incas, bem... os incas... Fala-se de novas cidades perdidas, onde os Andes se cobrem pela selva...
E os incas, bem, os incas... Os seus sucessores perdem-se, vitimados pelas doenças europeias, pela dor, pela tristeza, pela assimilaçäo da cultura do conquistador.

Mas havia uma Inca que era mais esperta do que as outras. Sentadinha no seu canto, sem abrir a boca, como se pretendia da sua condiçäo feminina, mas fazendo-o täo bem, täo bem, que conseguia passar desepcebida a ponto de evitar as canseiras da lida de casa, permanecia de olhos e ouvidos abertos, com uma atençäo filha-da-puta, acumulando uma sabedoria invejável.
Quando soou o toque de retirada, temendo as agruras das montanhas, e os mosquitos da floresta tropical, além da perseguiçäo do inimigo ganancioso, pensou:
"Nááááá, eu vou é esconder-me aonde eles nunca me häo de ir procurar. Nas suas próprias pipas de vinho". E vai daì, pchhhhhhhhhhhhhhh!
Passou despercebida aos olhos do conquistador, näo passou aos olhos apurados de um passaräo que se distinguia dos demais pois via a dobrar, e de lá de cima, "oh!", topava a tudo, e decidiu, "é aquela que eu quero."
E, mergulhando entre os cavaleiros espanhois, confundindo-os com o seu voo ziguezagueante, único nos da sua espécie, fez ouvir um segundo pchhhhhhh! antes do fechar da tampa de carvalho da barrica escolhida, mesmo antes desta começar a ser rolada para o poräo de um navio.
E assim se viu o a Inca Madraça na companhia do Condor que tinha a Cabeça mais vermelha dos Andes, no esconderijo eleito por ambos. E já que ali estavam e havia um oceano para atravessar...
Foi o bom e o bonito. Foi mais a torto que a direito. Foi de todas as formas e feitios.
Näo foram encontrados, porque, apesar de ter sido dado "vazao" ao conteúdo da barrica, é sabido que nao se pode encontrar o que nao se procura.
Näo padeceram de fome porque é sabido que o vinho alimenta.
Näo sofreram do escorbuto porque é sabido que o vinho tem muita vitamina, e conserva a dentadura.
Näo abafaram, porque o Condor se ia peidando debaixo do vinho, e iam respirando as bolhinhas à vez.
Näo entupiram nem rebentaram porque como o vinho era de qualidade, só faziam vinhi e vónhó.
Näo se afogaram porque como a barrica fora escolhida a dedo, e quando o barco naufragou, no cemitério de galeöes a que os antigos capitäes de mar puseram o nome de "ali entre o "ao largo de Leixöes" que tem uns escolhos afiados como lâminas, e a "barra do Douro" ora puxa para dentro ora para fora, quando os soldados espanhóis nas suas armaduras douradas pesadas, e os marinheiros espanhóis nas suas camisolas de lä ensopadas e barretes de lä ás riscas ensopados se afogaram todos, a barrica emergiu, flutuou, cerceou os escolhos, e mareou a barra, e navegou o Bravo Douro pela primeira vez.
Entäo, com o bom filho queà casa torna, como o sangue que puxa o sangue,como o gato que dá sempre com a casa, como aquele cäo esperto dos filmes, e tipo pombo-correio ou boomerang, a Barrica de Bom Vinho finalmente encostou às terras altas de onde lhe parecia que proviera.
A Inca e o Condor näo sairam de mäos dadas, nem palavras ternas se lhes ouvira. Porque ele carregava mudas de fraldas, uma cadeira de segurança, babetes e carapins e resmungava "podias ajudar era a carregar esta tralha que ele já sabe dar uso às asas, e voar para o garrafäo", no que ela, com o memino ao peito respondia "Mas o vinhinho das maminhas da mamä é que faz bem à saudinha. Que riquinho."
E ao povo que fundaram chamaram Ar-Mamar.

Grandes Frases - XV

"Uma mesa sem päo nem vinho é como um homem sem colhöes."

Dona Gusta, propietária da Adega dos Caquinhos, Guimaräes

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Grandes Frases - XIV

"Por fin libre y seguro, puedo cantar"

Mariano Melgar

Grandes Frases - XIII

«Para se fazer música com prazer tem muita importância a amizade entre as pessoas. Não se pode fazer música friamente e com cálculo, profissionalmente, no mau sentido da palavra, a receber x à hora. Não pode ser assim.»

Carlos Paredes

sábado, 29 de outubro de 2005

Vou Jà Cagalhao!


Pchhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!

Companheiros de Viagem - Sobre o Vinho e a Amizade entre os Povos - III


"Nao está suja. É vinho."

Minetum Expertis, Tuno Honorario da Vinicultuna de Biomedicas Tinto, post a ilustrar brevemente.

Travel Fellows- about Wine and Friendship between People II

"Tomorrow we will leave in a bus like a big family. So, if you want to bring something, like a bottle of wine, you are wellcome. You are more than wellcome."

Paulo, da Agencia de Rafting

"How did you like Rome?"
"Well, I like the food, and I like to drink"
do autocarro, a resposta, é de um London-Irish (assim se auto-intitula.)

sexta-feira, 28 de outubro de 2005

encontrado num alfarrabista III

" - Quem vos ensinou a tocar assim, vós, que dizem os demais, não tendes mais por vosso do que essa capa, essa cítara e esse alforge de vinho?
- Foi um melro do campo, minha Senhor. Do campo que vosso pai pensa ser seu, mas onde mandam os ventos e o cervo amigo. Do campo onde anjos e querubins foram roubar o verde para vos dar a graça dos vossos olhos e o amarelo para vos doirar os cabelos.
- Entrai."

in "Diálogos e Episódios da vida de um Tunante - Tomo II " (Datação provável-sec XIV)

encontrado num alfarrabista II

" - Como podeis vós, que viveis nas mansardas mais infestas deste reino, aceitais o abrigo e o consolo de mulheres sem nome, mendigais esmola aos próprios pobres e trajais da forma mais suja e andrajosa, querer cortejar as princesas e donzelas da corte? Não tendes porventura um oficio vosso?
- Não temos outro ofício senão provocar a desordem. Nas ruas do burgo, e nos corações humanos."

in "Diálogos e Episódios da vida de um Tunante - TomoIV" (Datação provável-sec XIV)

encontrado num alfarrabista

" - Mas como vos podeis chamar de irmãos? Perfilhais a mesma ordem monástica, ou a mesma sociedade secreta? Sois filhos bastardos do mesmo Pai? Sereis ao menos Irmãos de Leite, nutridos do mesmo peito?
- Somos irmãos, Frade. Irmãos de Vinho."
in "Diálogos e Episódios da vida de um Tunante - Tomo I " (Datação provável-sec XIV)

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Os Nossos Valores XIV

A Vinicultuna é Gentil, Bonita e Charmosa.

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Porque Aqui Tambem Se Aprende

www.charangoperu.com

Sobre um instrumento de cordas em vias de extincao.

terça-feira, 18 de outubro de 2005

Contratempos e Desenrascos (nao usemos o termo desenrascanço)

Contratempo - Nao saber do Multibanco dois dias antes da partida, à meia-noite, véspera de urgência, no dia a seguir a noite de Tuna. Provável última utilizaçao - pagamento da portagem.
Desenrasco- Encontrar o talao da portagem. Foi paga com o cartao da caixa geral de depósitos que, como funcionário público sou obrigado a ter. Encontrar alguns minutos depois o cartao no bolso da camisa de há 2 dias.

Contratempo - Deixar o cartao Multibanco na maquina do aeroporto depois de fazer um levantamento.
Desenrasco - Voltar ao aeroporto, ir as informaçoes, depois a administraçao do aeroporto, esperar pelo funcionario do banco que por acaso era o senhor do Vinho do Porto e do Pisco, e ter o problema resolvido em menos de 45 minutos.

Contratempo- Deixar o anti-malarico em casa
Desenrasco - Ir à Farmácia e comprar

Contratempo- Deixar a chave do quarto na mesa do pequeno-almoço do hostel
Desenrasco - Voltar ao hostel, falar com a senhora pequenina que tinha servido o pequeno almoço, e que a tinha recolhido e guardado.

Contratempo- Entregar uma nota de 100 em lugar da de 10 ao motorista do táxi - Um rombo de cerca de 5 contos.
Desenrasco - Entrar sem pagar no Mosteiro de Santa Catarina, e, em menos de 24 horas recuperar mais de 25% da quantia perdida.

Compañeros de Viage - del Viño e de la Amistad entre los Pueblos

-Caballero?
-Vinho.
- Branco? Tinto?
- Vinho Tinto.
... (pchhhh)
- E señor, para si?
- Para mi el mismo

...

- Es de que parte de Brasil?
- Sou Português.
-Ah Portugues. Estubie en Portugal. En Porto.
- Eu sou do Porto.
- Porto. Bebemos viño en todos los lados. Lo fermientan en barricas en los barcos
-(nao é bem assim, mas está bem) Sim, sim, no outro lado do rio. E quantos dias lá estiveste.
- Dos. Pero nos emborrachamos todo el tiempo.
- Vou tentar fazer o mesmo aqui.
- Si, con Pisco.

Os nossos gostos:

Não gostamos:

1-El niño
2-Seriedade
3-Previsibilidade
4-O amor

Somos indiferentes:

1-Ao futebol clube de cucujãs
2-Aos virtuosos
3-Aos sufragistas
4-Ao envangelho

Até curtimos:

1-O Teixeira
2-O Sr. Grosso
3-A vida académica
4-A anarquia

Adoramos:

1-As nossas mães
2-A Sua Majestuna
3-O progresso
4-O Amor

Ainda não sabemos o que pensar sobre:

1-O nascer do dia
2-A ressaca
3-o Hélder Monsanto
4-O exército Português

do principio do dia

...acordei, com a mesma ressaca com que me deitei ontem. Saí á rua, olhei de frente o Sol, e entrei cantando pelo dia dentro...

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Dos Bons e Dos Maus

"Os bons vi sempre passar
no mundo graves tormentos,
e, para mais me espantar,
os maus vi sempre nadar
em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assim
o bem tão mal ordenado,
fui mau. Mas fui castigado.
Assim que só para mim
anda o mundo concertado. "
Luiz De Camões

Ensaios

Boas.!
Daqui vos escrevo, de um sítio diferente do qual tenho passado os últimos dias, a minha cama... sim estou doente, e ainda não é amanha que vos vejo, fiquei em sjm porque ainda não estou "pronto" para as "aulas" :)
Estive em conversa com o Tuno Maximus Morsa da Tinto pelo messenger, e ficou claro que temos que marcar ensaios. Melhor, temos que "marcar" ensaio! Semanal... Gostaria de abrir aqui em questão alguns pontos.. E gostaria da opinião do Tuno Água Benta da Tinto, pois ele é o ensaiador. Primeiro é preciso decidir o dia do ensaio, portanto digam os dias que "não podem". Eu só posso ficar até tarde na terça, mas posso ensaiar segundas, terças e quartas. Outra questão é o número de vezes por semana que se ensaia. Como deveremos fazer..? Apenas 1 ensaio, em que toda a gente aparece, e torná-lo rentável? E será que com 12 ou 13 pessoas é rentável 1 ensaio de 2 horas? Ou fazer 2 ensaios por semana? Não será mais complicado fazer com que todas as pessoas vão a 2 ensaios por semana? E depois, caímos no problema de se começar a ir apenas a 1 deles, e o que falta saber, as alterações que forem feitas, etc etc, será que são bem transmitidas? Será que não é sobrecarga deixar a vida, ir trajar, ensaiar, e voltar pra casa, 2 x por semana, para quem está no quarto ano, ou terceiro? (e estou a excluir os jantares) Vamos tentar pensar daqui a 2 ou 3 ou 4 meses quando começarem trabalhos, etc etc etc.. Nessa altura, se houver apenas 1 ensaio não será mais "rentável"? Dei a minha opinião e não queria, mas queria que isto fosse pensado para chegarmos a uma "afinação". A tuna é utópica e assim tem que continuar a ser, mas os ensaios a 2, 3 ou 4 não são aquilo a que eu me estou a referir. Isso faz-se em casa. Leva-se o instrumento para o fim de semana e treinam-se os acordes e a mão direita :) Eu estou a falar de uma questão práctica, ensaiar. Vamos olhar pro ano passado e ver o que se tentou fazer e não funciona. O que se passa nos jantares isso sim acaba por ser utópico e é melhor não falar aqui para não assustar ninguém ;) Outro ponto, como primeira actividade do nosso Técnico de Execução de Tarefas Nogueira, "alugar" uma sala ao conselho directivo para a "ensaios da vinicultuna"?
Como informador ele já me tinha dado a conhecer o interesse que a tuna feminina de ciências tinha em fazer um jantar connosco. Achei melhor deixar passar umas semanas pk não íamos levar akeles gajos que chegaram pra fazer vergonhas sem saberem, ao menos que saibam :) Ahhh, e se as capas da mesa tivessem mesmo até ao chão, de maneira a que não se vissem os flashes, podíamos começar a nossa tarefa de reunir as fotos das pernas das gadjas boas como disse uma sardanisca. Onde é que ela anda? :)

Abraço

domingo, 16 de outubro de 2005

URGENTE - PROCURAM-SE

A Vinicultuna não convive bem com a aceitação. A Vinicultuna não pode continuar a ser benquista por muito mais tempo. Como se depreende da Reacção a "Reacção aos Resultados", esta onda de simpatia que nos vem envolvendo poderá levar-nos à auto-destruição.

Precisa-se Urgentemente:

INIMIGOS

Maledicentes
Bem-Falantes
Falsos Padres
Hipócritas
Pais-de-Todos
Verborreicos
Abstémios
Monocórdicos
Lavadinhos
Só-Depois-dos-Casamentos
Nervosinhos
Indignados
Retóricos
Cocozinhos Moldados
Questores da Santa Inquisição
Portadores do Santo Graal
Sorrisinhos Pepsodent
Cães de Raça
Gatos de Exposição
Minhocas com Pedigree
Filhos da Puta
Gente Conhecida
Apelidos Sonantes
Gente Que Fala Muito
Famílias Importantes
Leis-Secas
Defensores de Honras Ofendidas
Herdeiros do Bom-Nome do ICBAS
E Da Tradição de Hipócrates
Telefonemas Para a Polícia
Ultrajados
Ultra-trajados
Engomadinhos
Incomodados
Enjoados
Melindrados
Rabinhos Rosados
Colhõezinhos Perfumados
Atilados
Sensatos
Sábios
Senhorzinhos
Meninos Senhores

Será que desapareceram todos?

Parto.

Não temam por mim.
A coisa mais estúpida que já fiz, nunca foi tão estúpida como a coisa mais estúpida que podia ter feito.
Voltarei.

sábado, 15 de outubro de 2005

Marketing

Caro fã:
Para teu gáudio informamos-te que já é possível teres no teu telemóvel toques polifónicos, reais e monofónicos das tuas músicas predilectas da vinicultuna. e tambem imagens alusivas à tua tuna de eleição. para isso basta deixares o teu contacto e o nome da música que pretendes, como comentário a este post.

Surpreende os teus amigos com os originais toques e imagens da vinicultuna no teu telemóvel. Reserva já.

sexta-feira, 14 de outubro de 2005

Como usar este blog?

aqui vão algumas sugestões, declarações e avisos que permitirão que todos os visitantes deste blog tirem o máximo partido da sua visita.

1-leiam
2-ou não
3-a leitura poderá ferir susceptibilidades, ou sarar.
4-n é nosso escopo ofender ninguem
5-comentem
6-qualquer tipo de emoção durante a leitura é salutar
7-mesmo as negativas
8-leiam desacompanhados
9-após a leitura procurem companhia
10-só está previsto pararmos de postar quando atingirmos um número de posts superior ao número de visitantes.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

Dr.Jekyll & Mr.Hyde

O discreto Técnico de Execução de Tarefas Nogueira, transforma-se à noite n'O Terrível TóZé, Sicário da Vinicultuna.

do fim da noite IV

...ás vezes o fim da noite começa mais cedo. ás vezes duvidamos. tantas vezes duvidamos... ás vezes rimo-nos. ás vezes choramos. ás vezes reencontramo-nos. e basta. seja no inicio ou no fim. da noite...

segunda-feira, 10 de outubro de 2005

A Eterna Questão

Proponho por este meio a atribuição de dois cargos (embora não saiba até que ponto eles são compatíveis) ao nosso ex-mero admirador, ex-maior admirador, ex-acompanhante, ex-relações públicas, ex-estafeta, ex-TozÉ, agora Nogueira e desempregado no ambito do Staff da Vinicultuna de Biomédicas - Tinto, assim, Nogueira deverá, no meu entender, ocupar o cargo de INFORMADOR da tuna como já foi briamente sugerido, acumulado com o cargo de "FAZ TUDO" da tuna, este cargo servirá como o próprio nome indica para que o Nogueira possa ser por nós requisitado para os mais variados propósitos sem nos dizer na cara "isto não é do meu departamento". MAs cuidado...não se estiquem...o Nogueira não é nosso escravo.
O título "faz tudo" poderá ser substituído após concenso pelos títulos "handyman", "moço de fretes", "office boy" ou até "escravo".

Opiniões? Sugestões? Comentários?

Da Cama Onde Aspiramos Um Dia Pernoitar

"Cada um de nós tem a sua e não se devem sobrepor"

"Trabalhamos juntos para esse fim"

"Os lençois não precisam ser de linho"

"A companhia é indespensável"

"Não precisa de ser cama"

Reação aos Resultados

A Vinicultuna saiu destas eleições com a mesma dignidade com que entrou.

sábado, 8 de outubro de 2005

Jantar de boas-vindas ao mal cheiroso

Terça-feira, dia 11, jantar de boas vindas ao caloiro. Todos os caloiros machos, com sangue na guelra, devem comparecer às 18h29min no Piolho com um isqueiro.

Bom Natal!

Saudações Desportivas

A Vinicultuna de Biomédicas-Tinto saúda os seus irmãos Angolanos pela histórica e sensacional qualificação para o Campeonato do Mundo de Futebol, a disputar em 2006 na Alemanha.
Não sofrendo de mal de inveja, a Vinicultuna celebra com os irmãos Angolanos dispersos pelo mundo, e não tem vergonha de afirmar que também sonha um dia disputar a fase final do FIFA WORLD CUP.

E mais se lembra: o Professor Nuno Grande deu aulas em Luanda.

quinta-feira, 6 de outubro de 2005

Vou Já Cagalhão V

Estava eu a fazer cocó, e concluí :

Os Mancos são coxos, mas nunca são pernetas.
Os coxos podem ser só mancos, ou também pernetas.
Pernetas podem ser coxos se tiverem uma perna, ou podem não ser coxos se não tiverem as duas pernas.

O Long John Silver era o Coxo Perneta da "Ilha do Tesouro" de Stevenson. Durante o livro algumas vezes era mau, outras vezes era bom, virava a casaca facilmente, mas nós gostávamos dele.
O Serafim Guimarães era o Manco Coxo da Medicina 1 no tempo em que eu fiz a cadeira. Durante os exames era quase sempre mau, mas no fim às vezes até era bom, mudava de humor facilmente, e nós não gostávamos dele.
A Vinicultuna de Biomédicas-Tinto ainda não tem nenhum Coxo nas suas fileiras. Olhando para a estatística dos exemplos citados, e tendo em conta a manutenção do bom ambiente dentro da Tuna, seria preferível que o primeiro Coxo da Tuna fosse Perneta e não Manco.

E então concluí: Pchhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Caralho said...

quem é actualmente o nosso relaçoes publicas? É a pergunta que se impoe.Embora algo retorica é na minha opiniao uma pergunta que pode e deve ser respondida.No caso de não se chegar a um consenso, proponho que se abra um casting para o lugar de relaçoes publicas (ou qualquer outro tipo de relações de interesse para a tuna)

E eu acrescento:
Há dias em conversa telefónica com o Tuno Chiclete, foi por este proposto que o TóZé passasse a ocupar o cargo até aqui inexistente de Informador da Vinicultuna.
Eu subscrevo a proposta.

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Procuram-se Tunagers

Para a gravação da série "Morangos Com Vinho Tinto" que revolucionará o panorama da ficção nacional para televisão.

Contactem o nosso Relações Públicas.

Do Café Onde Podíamos Ensaiar

"Ou se Gosta, ou não se Gosta..."

"Até há quem esteja hoje muito bem, e amanhã, oh!, está na merda!"

"Se se confia, confia, se não se confia..."

terça-feira, 4 de outubro de 2005

Procuram-se Fadistas

Se és, ou gostarias de ser, fadista, ou apenas marialva, escreve um SMS com os teus dados pessoais seguidos de asterisco para o 965035813. Exiguem-se e oferecem-se referências.

sábado, 1 de outubro de 2005

Do Início dos Tempos

A Vinicultuna no Jardim do Éden

Do Fim dos Tempos

"... e quando desvanecido o eco da trombeta que terá anunciado o Juízo Final, os que se encontrarem de olhos abertos erguerem os braços aos céus e as vozes em cânticos de louvor à Infinita Bondade, então destacar-se-á o canône trôpego do "Afonso". E então se perceberá que eles estão do lado dos Justos..."

domingo, 25 de setembro de 2005

Ensaio geral

Todos os tunos e caloiros de tuna devem estar na praça dos Leões, com os respectivos instrumentos, a postos para começar um ensaio às 21h em ponto na Praça dos Leões, este domingo.

Cumprimentos

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Habemus Millis

Já temos visitante 1000!
Será que fui eu e não dei fé?

Grandes Frases - XII

"Cada vez mais gosto desta puta desta Tuna"

de um Anónimo da Tuna, que eu acho que então se chamava Rhu-ânus, então caloiro de Tuna, em epíteto de suplemento - também conhecido por excremento - da revista "I"

CORRIJO - A FRASE É DO TUNO CHICLETE, como honestamente, reconhece Maximus Morsae, ontem Rhu-ânus.
Tem carácter, tem carácter.

domingo, 18 de setembro de 2005

Mitologia da Tinto III - Minetauro




"Ao acordar achou-se só, e agrilhoado.
O seu pensamento voltou-se para os outros. Julgou-os mortos ou também condenados ao degredo eterno. Então seria o fim? Não teria escapado mesmo ninguém?
Lamentou-se. Chorou.
E só depois se voltou para si. Condenado à masmorra, aos ratos, à humidade.
Nunca mais as tardes de sol à sombra, com amigos, música, donzelas e vinho. Nunca mais o sabor salgado da escorricha das moças, se juntaria ao adocicado amargo do Tinto na sua língua tão-sensível-tão-musculada. Nunca mais a roda dos companheiros, cantando em círculo o novo sucesso do que haviam baptizado de Minetaurus - Mineteiro Pai - Taurus da Mãe.
E então, naquele esforço que sempre tenta encetar o pensamento que sucede ao pranto, os olhos arregalados ainda não completamente enxutos das imagens invocadas, começou a formar-se a solução...
"he...he...he...he..." Mineteiro esforçou-se por se concentrar "he...he...he...he..." Mineteiro já quase de olhos enxutos fez mais um esforço "Ploch!" caiu um cagalhão, e Mineteiro disse "Caralho! É isso!"
E então curvando-se sobre si mesmo, fez aproximar todas as suas extremidades, à custa das costelas partidas, de imagens de curvas perdidas. E aplicando a sua arte a si mesmo, promoveu o congresso do seu leite-de-bovino-guerreiro, com os óvulos arredondados que as moças aveludadas haviam depositado com um suspiro nos cantos e covinhas da sua língua, aquando da sua visita.
E durante as semanas seguintes do seu cativeiro, mesmo quando subjugado à dor, à tortura, e a uma crise de espilros, Minetauro não abriu a boca. Não porque tivesse segredos a proteger. Mas porque o quentinho do seu silêncio, incubou durante semanas a Progérie da Vinicultuna"...

...do "Livro da Prisão"

A Vinicultuna em 2005

*AhahaAHHAhahaHAHahAHAHAHah*

Texto para oa Agenda do Caloiro.AE

Vinicultuna de Biomédicas – tinto
(ou como perder todo o couro cabeludo em menos de uma semana)

Assim, sem se preceder por nenhum tipo de agoiro, a não ser uma ligeira náusea em meia dúzia de funcionários do Estado Novo, uma amálgama de gente de fardas academiformes entrou por ali a dentro e, retirando os gorros numa vénia, apresentaram-se. Ninguém se lembra muito bem do nome porque, além do 78 estar a passar na cordoaria a 130 km/h, a sala estava vazia. Só um veado embalsamado que agora já nem sequer está lá porque uma vez a Deolinda entornou-lhe sem querer um balde de lixívia nos cascos ao ponto da peça ter perdido qualquer interesse anatómico ou pedagógico que alguma vez possa ter tido. No entanto, e já na maca a caminho do Sto. António, o cervídeo sussurrou: “parece-me ter ouvido que os moços se chamavam pluricultura de biomédicas traço afeganistão”. O nome permaneceu incólume durante 3 ou 4 eras para ser adulterado nos fins de 1996 para Vinicultuna de Biomédicas – Tinto, por um bando de badamecos no piolho, um tasco ao lado do colégio onde na época estudavam (ou leccionavam [?]).
Desde então têm-se dedicado quase exclusivamente à prática da magia negra, exceptuando o Tó-Zé, que utiliza a magia verde. Encontram-se regularmente às 4tas feiras à noite para desafinarem os instrumentos e no resto da semana assaltam carrinhos telecomandados a crianças com mais de 23 anos e lançam piropos inocentes a raparigas culpadas pela dor, pelo vinho, pela vida, afinal.
Raramente são vistos a chorar pelos motivos certos. Costumam antes utilizar o riso para afugentar a tristeza de outras pessoas, chegando quase a consagrarem-se como fanfarra musical de eleições e funerais, não tivessem sido corridos a pontapé de uma câmara ardente lá para os lados de Vila-Pouca-de-Aguiar. Relativamente ao choro, guardam-no mais para o Outono, ou qualquer outra reunião de condições que acabe com as folhas a caírem das árvores.
Basicamente são uns bons rapazes que gostam de boas raparigas e poder beber uma boa dúzia de seven-ups com a malta do colégio assim ao fim dum dia de aulas. Adoram dar festinhas a cães e meter a língua na máquina de fazer rocas de açúcar. Detestam cheques pré-datados e raparigas que não façam arranjos de costura. Gostam mais ou menos de passear de barco e esperar pela sua vez na fila do banco. Desgostam mais ou menos de serem chamados à atenção e de meter o nariz onde são chamados.
Desde os primórdios até ao verão de 2005 reuniram 0 medalhas de ouro e 1 corridela de pano no Tetro Sá-da-Bandeira, mas nunca se gabam disso nas reuniões do condomínio. Nenhum dos membros tem filhos com o mesmo último nome, nenhum deles usa água-de-colónia, nenhum deles estudou sapateado, nenhum deles tira os sapatos antes de subir a palco ou maca.
Todos eles se apaixonam facilmente por uma donzela que venha a janela, todos eles adoram deixar cair objectos à beira de umas boas mini-saias (ex: secção de roupa de senhora dos Armazéns Marques & Soares), todos eles fazem sapateado em palco, todos eles sabem construir tipis e totens, caso necesário.
Em caso de interesse ou desinteresse, ligue o 93876783X ou o 93876783X, respectivamente. Para outro tipo de situação, dirija-se a qualquer casa de banho pública com mais de dez anos,

P’la direcção de Apoio ao Cliente
___________________________h^»

Nota: Texto feito pelo Joel. Depois de enviado e já estando toda a edição na gráfica, por curiosidade, telefonei para o número (que estava completo) para me certificar que não pertencia a ninguém. E qual o meu espanto, quando começa mesmo a tocar, e o "sr." me tentou entretanto já contactar 3x? Fica pra memória :)

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Do Grande Livro da Vinicultuna e dos Animais II

"A Vinicultuna é um grande Tubarão verde que não se alimenta de peixe"

"A Vinicultuna é o Tubarão-Baleia"

"Os cães ladram e a Vincultuna uiva"

"A Vinicultuna foi criada por Gansos da Califórnia"

Da noite anterior

Acordei ás oito da manhã. O sol já ia alto, mas o bulício da cidade apenas começava. Estiquei-me, desenrolei-me da capa. O Senhor do Vale já lá não estava, tinha compromissos urgentes em Braga. Ele não tem propriamente a nossa vida... Os patos nadavam no lago em círculos, mais ao menos elípticos. A cabeça não me doía, mas as costas não estavam tão bem tratadas. Os dois jovens resistentes que me acompanhavam dormiam ainda o seu sono livre e descansado. Ergui-me, sacudi o pó, lancei a guitarra ás costas. E, com a sensação intíma de dever cumprido, pensei que era altura de ir para a cama.

Grandes Frases XI

"Dá-me o teu amor Biomédicas"
António Simões Do Vale

quinta-feira, 15 de setembro de 2005

Do Grande Livro da Vinicultuna e dos Animais

"A Vinicultuna é Amiga dos Animais"

"À partida a Vinicultuna é amiga de TODOS os animais."

no entanto

"Há animais que são piores do que as pessoas."

"Pelo que, a Vinicultuna pode deixar de ser amiga de alguns animais, em função do seu comportamento"

"A Vinicultuna tem em sua posse provas irrefutáveis que demonstram que as fábulas que povoam a imaginação populo-infantil se passam no futuro, "No tempo em que os Animais Falarem"."

"A Vinicultuna está envolvida no desenvolvimento do ramo das Ciências do Comportamento e Sociologia que defende que a evolução do Homem passa pela imitação e adaptação progressiva do ethos animal."

da Editorial Araújo, de quem mais poderia ser?

Os Nossos Valores XIII

"A Vinicultuna é Feliz."

"A Vinicultuna não considera o sexo "Uma Coisa Porca"."

"A Vinicultuna não precisa de andar a apregoar a sua qualidade, mas apenas de andar a apregoar."

domingo, 11 de setembro de 2005

Os Nossos Valores - Perdidos e Achados - Desígnio de Tuna

Onde está o CAderno de Tuna da Digressão a Coimbra?
A última vez que o vi foi na casa muito suja, com sacos de lixo esvoaçados por moscas na cozinha, do Tuno Chiclete, sita à Rua do Carvalhido, no Porto, por data do Regresso da mesma Digressão, no dia de abertura do Campeonato da Europa de Futebol de 2004.
Creio que é um desígnio de Tuna enconrá-lo.

Dão-se alvíssaras a quem trouxer informações úteis, e v.q.p.r.d. q.b. a quem o recuperar.

Os Nossos Valores - Inventário

Minetum Expertis, Tuno Honorário da Vinicultuna de Biomédicas Tinto declara que possui em ambiente de Tuna :
- Uma flauta de bisel de plástico branco, como são recomendadas nas aulas de Educação Musical
- Uma Capa Académica
- Uma muda de cuecas de entre os vários pares que tem em casa, que transporta no bolso ou enrolada na capa. Destaca um par às riscas azuis e brancas, umas outras azuis marinho, com uma mancha branca provocada por lixívia.
- Duas ou três esferográficas pelas quais zela como se fossem o seu bem mais precioso, para que não lhe aconteça ficar sem nada para fazer, sem nada que escrever
- Uma pasta académica, ou em alternativa uma pasta vermelha não académica, que ele diz ser o estojo da flauta como pretexto para a poder usar, só que não é, onde guarda folhas de papel, algumas das quais de rascunho, porque é amigo do ambiente.
- Roupa decente, variável.
- Uns óculos que também usa na vida de futrica, e dos quais depende para a deambulação segura.

Férias nas Biomédicas, Regresso ao Recreio da Minha Escola - Jogos e Cantigas da Nossa Infância - IV

Um Jogo - "Estrelinha Cai-Cai"

Este jogo, do género "Partida", enquadra-se perfeitamente na salutar tradição académica do "Gozo ouTroça". Na dificuldade de o integrar no hipotético quadro competitivo de umas Olimpíadas de Jogos Tradicionais, já aqui propostos, atrevo-me a sugerir, que uma "Estrelinha Cai-Cai" fosse executada durante a Cerimónia de Abertura de todas as edições daquele evento, como símbolo da União e Partilha entre os Homens.

Terreno de Jogo - Qualquer recanto, nas traseiras da escola, suficientemente resguardado dos olhares de curiosos dada a solenidade da cerimónia, e do contínuo da escola, mas arejado para permitir a dissipação dos fluidos.

Participantes - Elemento Central - ou Estrelinha, é escolhido por unanimidade pelos colegas mais travessos. Invariavelmente o Elemento Central tem a particularidade de se salientar fragilidade física, ingenuidade, e labilidade emocional que o tornam vítima preferenciais de patifarias e brincadeiras ousadas.
Deve permanecer no Centro da Estrela, rodeado pelos colegas. Deve ostentar uma camisola à cintura , e uma venda nos olhos. Deve elevar os braços ao céu, e repetir a cantilena "Estrelinha-cai-cai, Estrelinha Cai-Cai".

As pontas da Estrela - Dispostos em círculo em torno do elemento central, devem ajudá-lo numa primeira fase a invocar a Queda da Estrela, acompanhando-o em coro no Cântico "Estrelinha cai-cai, Estrelinha cai-cai".
Numa segunda fase, surpreendem o elemento central, com a concretização da queda da estrela. Sem deixarem de cantar, levam as mãos braguilha, desabotoando-a, e, todos à uma, apontam os pirilaus, e urinam na direcção do Elemento Central. Devem afinar o jacto por forma a atingir a camisola disposta pela cintura, por forma a ensopá-la bastante, antes que
o amigo seja avisado pelo ruído, odor ou tacto de que está a ser alvo de uma trapaça. Nessa altura, todos à uma, os idealizadores do convívio devem celebrar as lágrimas do surpreendido com o grito de júbilo "Caiu!"

Técnicas de jogo - Aqueles mais hábeis na arte de manusear o mangalho podem atestar a autoria da partida, assinando o seu nome com urina, nas costas do infortunado.
O segredo de qualquer desporto colectivo está na coordenação de todos os elementos da equipa. O responsável pela partida deve assegurar-se que todos os companheiros se dirigiram às bicas do recreio ou às torneiras dos lavatórios que funcionarem, e ingeriram água em quantidade suficiente para iniciarem a execução da farsa, de bexiga cheia.
O Elemento Central, deve ser induzido, sob pretexto que a imaginação das crianças não terá dificuldade em inventar, a beber também ele algumas golfadas de água. No domínio deste ponto está a destrinça entre os verdadeiros Mestres de "Estrelinha Cai-Cai", e os jogadores medianos. Aqueles, são os que conseguem que o Elemento Central solte urinas e não apenas lágrimas como desenlace triunfal .

Regra Opcional válida para Jogadores Experientes. Aqueles que pelo infortúnio escolar se destacam dos colegas pela idade, e em virtude das alterações hormonais induzidas por esta, puderem chamar a si mesmos Homens, podem optar pela masturbação em lugar da micção, conseguindo a admiração dos companheiros se conseguirem ejacular, no momento em que "à uma" soa o grito "caiu".

Uma Canção:
Quim, Quim, Quim,
Há tantas formas de cagar,
Quando sai um Cagalhão,
Fica logo a fumegar

(Vou já cagalhão! ... pshhhhhhhhhhhhhhhhhhhh)

Os Nossos Valores XII

"Os Tunos da Vinicultuna devem ter presente que às vezes são seres limitados."

...adaptado de Maximus Morsae, quando requestado por Cinderella, em noite de Tuna - para que não se perca nos limites da nossa memória.

Os Nossos Valores XI

"A Vinicultuna descobriu o forno Micro-Ondas, inventou a teoria da Relativiade Geral e deduziu o molho de Francesinha."

"A Vinicultuna sabe que a Lua brilha com luz própria."

Grandes Frases XI

"Música, eu nasci para a música."
José Cid

Noticias do Araújo

"Leça do Balio, mais concretamente o Araújo, encheu-se de cor, alegria e devoção no passado domingo com a realização da majestosa procissão em honra da Nossa Senhora dos Remédios. Crianças, adultos e idosos saíram, uma vez mais, à rua para ver passar os andores e adorar toda a sua envolvente. Trata-se de uma romaria com mais de cem anos que teve como pontos altos a realização da missa solene durante a manhã e a procissão, percorrendo algumas artérias da freguesia de Leça do Balio.Todos os anos esta celebração atrai milhares de pessoas. A procissão começou a sair da igreja de S. Pedro de Araújo passavam trinta minutos das cinco da tarde. Era bem visível nos rostos da população presente todo um sentimento de curiosidade e satisfação ao ver passar os andores.A organização destas festas não é tarefa fácil. Quem o afirma é Manuel Pinto, da comissão de festas. “A organização é sempre difícil, mas tudo se faz”, confessa adiantando que não estão a perder tradição e pede que nunca sejam piores.Considerando a procissão como o ponto alto a nível religioso considera que atrai muita população à freguesia. Da mesma opinião é o presidente da Junta, Francisco Araújo, ao considerar que é uma tradição consagrada e enraizada que as pessoas vêm alimentando há muitos anos. “Todos os anos a freguesia brilha e prepara-se para receber os forasteiros. Por outro lado, defende que, como tudo, tem altos e baixos. “Tem aumentado no seu povo e nos seus forasteiros e diminuído nos seus divertimentos comerciais, mas a festa é religiosa e não comercial”, defende. A tradição tradição mais que centenária que começa por um acontecimento do carvalho santo que ao deslizar por um talude se manteve em pé. O facto de brotar em fonte fez com que as pessoas considerassem um milagre. Surgiram assim as águas milagrosas e como a fé é que salva essas águas curavam feridas. Os jornais da época já ‘diziam’ que as águas eram comercializadas no largo do Araújo para curar doenças. Duraram algum tempo e atraíram muita população. Porém, foi criada a festa em Honra da Senhora dos Remédios e como o carvalho secou mandaram fazer a imagem da Senhora dos Remédios. Assim começou a ser venerada no largo do Araújo, apesar do padroeiro ser o S. Pedro."
in "Araújo Hoje"

quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Os Nossos Valores X

"A Vinicultuna é um mal necessário."

do fim da noite III

...ler e reler este blogue, esta tuna, do ínico ao fim. Interpretar todos os assomos das correntes niilistas, das correntes realistas, das surrealistas, das anarquistas, das modernistas, das neo-classisistas e das marítimas. Tentar perceber os paradoxos ímplicitos e os gratuitos, admirar a verve bem pensante, verificar a alternância e varieadade de estilos, de formas, de métrica, de vocabulário, de sintaxe, de semântica e de hermenêutica. Distinguir a realidade do sonho e o sonho da surrealidade. Lembrar as personalidades de cada um de nós, os nossos actos, os nossos valores. Escutar a nossa musica. A música de cada um, e a música de todos. Procurar um sentido de tudo isto. Uma linha condutora. Um ponto de contacto.
Encontrado: o Amor. No fundo, somos pouco mais que românticos...

Os Nossos Valores IX

"A Vinicultuna entende que definir algo como impossível é pouco prático."

A quem interessar

Alguns de vocês estarão interessados em conhecer este site, acho eu. Divirtam-se! (Agora é que este blogue vai ficar com fama negativa...)

terça-feira, 6 de setembro de 2005

Os Nossos Valores - APELO

Aguardo com urgência pela formulação de Valores que já existem no Inconsciente da tuna, que já ouvi em noites mágicas na boca de alguns de nós, e que definem dentro da Tuna os conceitos "proibido", "impossível",e "ser limitado" .

quarta-feira, 31 de agosto de 2005

Grandes Frases X

" Usa os talentos que possuis: Os bosques seriam demasiado silenciosos se nenhum pássaro lá cantasse para além dos que cantam bem."

Henry Van Dyke

quinta-feira, 25 de agosto de 2005

Semi-Mitologia da Tinto II - Aqua Bentis


Nome: Semi-Deus Aqua Bentis
Anatomia: Meio Homem, meio Cabra
Adorado como: Semi-Deus da Fertilidade da Tuna

Oriundo de Arcos de Valdevez, este Semi-Deus passou a sua infancia a encantar o mais comum dos mortais com seu instrumento de eleição, a trompete. Alguns documentos mais vetustos induziram-nos à ideia de que por vezes também se fazia acompanhar por uma guitarra, contudo, não seria tão comum. Conta-se que consegia transformar qualquer objecto alongado em torre Eiffel e que inventou os hamburgers.
Detentor de uma aguda voz, cedo se fez notar entre vários coros de Semi-Deuses, seus contemporaneos. Na gravura aqui apresentada, evidencia-se a sua fertilidade ao constatarmos que tinha o "instrumento no sítio" e a sua destra em posição.

Agradeço a quem tiver informações adicionais sobre esta personagem, que nos informe.

Numa próxima oportunidade falarei de um outro Semi-Deus...meio homem meio golfinho.

Semi-Mitologia da Tinto

Após a descoberta bibliográfica revelada a 20 de Agosto de 2005 por MINETUM EXPERTIS, despertámos para o facto de que existe uma semi-mitologia a envolver este agregado orto-neo-musical a que chamamos de Vinicultuna de Biomédicas - Tinto. Decidimos ,por isso, concentrar as nossas pesquisas bibliográficas nesta semi-mitologia de forma a publicarmos alguns dos mais importantes semi-Deuses e suas histórias. A pesquisa é incompleta, e agradecemos que quem encontre alguns outros documentos elucidativos da historia destes semi-Deuses, nos comunique, para que a mitologia seja desvendada.

quarta-feira, 24 de agosto de 2005

Os Nossos Valores - VIII

"A Vinicultuna não divide o Mundo em pessoas boas e pessoas más, mas em pessoas de quem gosta, e pessoas de quem não gosta. "

"Sem prejuízo do anterior, o Mundo também pode ser dividido em pessoas que gostam da Vinicultuna, e pessoas que não gostam da Vinicultuna."

As duas Formas de Divisão do Mundo Segundo a Vinicultuna são coincidentes, o que atesta a sua validade.

Enquanto aguardamos pelo Perfume do Amigo do Mês de Agosto...

... e aproveitando uma visita relâmbulânciago a Coimbra, com paragem para leitão à sucapa na Mealhada, apelo às recordações colectivas, deixando-vos um poema naïvo-popular-português de Julho de 2004, que celbrava então o amor de um novo-tuno.

Carolinda, Erva dAninha

No chão, verde caulezito
Pisado, calcado de maldade
Cresce em teus lenhos a seiva
E afasta tuas folhas do xisto
E ergues-te, planta viva,
Cara Linda de Erva Daninha.

Ao riso do menino emcorrida
Deixas-te no embalo da brisa
Sabes que traz por baixo
Mão que amortece o pezinho.

O borracho que tropeça,
Por ver-te cai de joelhos,
A cabeça tomba, mas suave
Segura-lhe o queixo o tal deus.
E ele com dedos trôpegos te abraça
Descobre pétalas, descobre teus olhos
(suspiro) - Cara Linda de Erva daninha
Que lentos se encerram na imagem
Dum beijo em tons lábios-tintos...
(suspiro)Os meus...

A Origem do Caloiro

Quem alguma vez disse que os antigos gregos estavam errados, não conhecia o mais asqueroso dos bichos: o caloiro. Parece-me perfeitamente claro que este animal muito inferior nasceu por geração espontânea. Senão, veja-se:
Que mulher alguma vez admitiu ter gerado tão asqueroso ser (quase) vivo? Alguma vez se registou um qualquer macho digno desse nome, ou até mesmo entre os não dignos, que aceitasse filiar criatura tão vil? Apresentem-me esse homem ou essa muher, e mostrar-vos-ei um ser humano de inesgotável caridade, que até aceita dar o nome a estas criaturas inomináveis.
O próprio Cuvier, ao tomar conhecimento da existência dos caloiros, desistiu de imediato de defender a Teoria Catastrofista. Isto porque Cuvier não conseguia conceber que Deus, ao eliminar e refazer a vida, permitisse o aparecimento de criatura tão imperfeita e mal-cheirosa. Já Darwin sentiu-se incomodado quando se contrapôs a sua selecção natural com a existência inexplicável da criatura nojenta e sem qualquer vantagem evolutiva, pelo menos visível. A única dúvida que resta é: do quê?
Geração espontânea a partir do quê?
A minha primeira hipótese foi da merda, mas não consigo admitir que possa ter nascido algo tão nojento da minha merda. Talvez da merda de um polícia, por exemplo, mas da minha, nunca! Qual de vocês está preparado para admitir tal heresia?
Por isso sugiro o lixo. Aquele lixo da parte mais antiga de um aterro, já tão podre e digerido que está perto a transformar-se em terra. Sugiro que esse lixo segue um de dois caminhos: transformar-se em terra fértil, ou transformar-se na gosma infértil que compõe um caloiro.
Lanço aqui esta discussão, sabendo que são todos cientistas sérios e inteligentes, que certamente terão muito a acrescentar a esta discussão secular.

Textos para caloiros

Qual de vocês acredita que caloiro sabe ler? Façam antes uns desenhos, e muito simples de preferência.
Textos para caloiros... Eles até precisam que lhes digamos para inspirar e expirar! E normalmente borram-se nas cuequinhas porque ninguém está para os levar à casa de banho e dizer: FAZ FORÇA!!

O 1000º visitante

Proponho uma jantar à base de carne e vinho assim que se atinja o 1000º visitante deste blog. este 1000º visitante deverá ser premiado com uma serenata caso se trate de uma donzela (sujeito a comprovação anatómica), ou com uma entrada directa para os quadros da Vinicultuna de Biomédicas - Tinto (entenda-se como entrada com DISPENSA às nossas habituais provas de aptidão e selecção) caso se trate de um senhor (não sujeito a comprovação anatómica, a menos que algum membro da Tuna faça questão, o que não condenamos.....mas o nosso magister não pode saber).

Para podermos proceder em conformidade....aquele que seja premiado com o título de 1000º visitante, deve comprová-lo com um simples "print screen" transformado em formato de imagem jpeg e enviado para o seguinte endereço:

departamentodeselecção@Vinicultuna.icbas.pt

terça-feira, 23 de agosto de 2005

Declaração em Doze Pontos

Maximum Morsae, tuno da Vinicultuna de Biomédicas Tinto declara:

1-é tuno da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto

2-é tolo e tem todo o direito a sê-lo

3-está em processo de decadência criativa e artistica irreversivel

4-tentará ultrapassa-lo

5-ou não

6-é contra a erradicação dos arrumadores

7-pois pretende tornar-se num

8-ou então coveiro

9-como alguem lhe disse que sabia cantar devia imediatamente parar de o fazer

10-mas é teimoso

11-está apaixonado

12-Feliz Natal

sábado, 20 de agosto de 2005

"...destes grupos musicais universitários que animam serões e serenatas das cidades da Iberia, alguns há que pela sua qualidade sobreviverão ao varrer metódico do tempo. Poderia citá-los, mas deixo a profecia ao cargo do leitor, que saberá interpretar em concordânciaas minhas exaustivas apreciações.
Há no entanto um desejo que não posso reprimir, uma afirmação que não me posso negar. Dentro dos grupos que mais destaco, um há que, maldito, não constará das futuras enciclopédicas temáticas, dos manuais escolares que abordem a Tradição Académica.
O nome Vinicultuna de Biomédicas-Tinto será apagado de todos os documentos escritos. A tradição oral propaga-lo-á. Os nossos bisnetos assegurarão a sua elevação à condição de Mito, pois é de Semi-Deuses que falamos."

da "Crónica Enciclopédica do Melómano ViajanteVolume VI-Península Ibérica", nota introdutória, por anónimo inglês. Traduções da Editorial do Araújo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2005

Grandes Frases IX

"Dá-me Vinho que a Vida é nada"
Fernando Pessoa

segunda-feira, 8 de agosto de 2005

AJUDA - Texto de boas vindas aos novos caloiros.

Peço a quem tiver disponibilidade e inspiração. um texto de boas vindas aos caloiros para a agenda do caloiro (da AE), e um outro, o mais confuso e inspirador possível, para o caderno do caloiro. Carlos? :) Coloquem sugestões em comentário pf, até 1 Set.. Peço também sugestão para uma foto, ou imagem..



O triunfo de baco, em que já é possível ver ao fundo o Sr. do Vale.

Abraço e boas férias.

sábado, 6 de agosto de 2005

Férias nas Biomédicas, Regresso ao Recreio da Minha Escola - Jogos e Cantigas da Nossa Infância - III

Um Jogo - O Futre.

Nota Introdutória
Por cá era o Gomes, o Chalana, o Carlos Manuel. E de repente apareceu Paulo Futre. Fintas em velocidade, cabelos longos ao vento, era o puto maravilha vindo do Montijo. Vinha o Gil y Gil e leva-o para o Atlético de Madrid. Passamos a falar dele como do Butragueno e do Michel, do Maradona, do Altobelli. Um ídolo.

O Terreno de Jogo.
Indiferente. Jogava-se no recreio na escola, mas o jogo chegou a fazer parte das brincadeiras no quarto da cave da casa minha avó.

Elementos do Jogo
O Futre - o ídolo - aquele que todos querem ser, não apenas quando forem grandes, mas também por escassos minutos, numa brincadeira com os colegas da escola. O Futre corre, finta, ultrapassa, fura entre os elementos da equipa adversária.
Os Defesas da Equipa Adversária - aqueles de que ninguém conhece o nome. Aqueles que são precisos para que um Futre se destaque. Batem, apertam, barram, empurram o Futre.

Objectivo
Ser o próximo Futre.

Regras
Não há bola.
O Jogador honrado com o desempenho do papel de Paulo Futre deve correr aos adversários, esquivando-se aos seus pontapés e rasteiras, por forma a permanecer de pé, e assim prolongar o máximo de tempo possível o título de maior prestígio no recreio.
Por seu turno, os jogadores com o papel de Defesas da Equipa Adversária, devem fazer por todos os meios ao seu alcance, os possíveis por o derrubar.
Quando alguém o conseguir, entitular-se-á a si próprio o Novo Futre. Os outros deverão respeitá-lo, dando início a nova partida.

Movimentos e Noções da Arte de Bem Jogar

O Jogador Declarado Novo Futre é aquele que entra em contacto com o Futre em Jogo, pela última vez, antes de este cair ao chão. Ou seja, no movimento Clássico
"Corrida de Paulo Futre interrompida por Rasteira-Tackle-Pelo Defesa da Equipa Adversária A", seguida de projecção aérea de Paulo Futre, sem hipótese de recuperação da posição bípede, seguida de Pontapé Seco na Região Abdomino-Lombar de Paulo Futre, pelo Defesa da Equipa Adversária B, seguido de queda desamparada de Paulo Futre", o jogador declarado Novo Futre deverá ser o "Defesa da Equipa Adversária B", ainda que o movimento executado pelo "Defesa da Equipa Adversária A" fosse conduzir inevitavelmente a derrube bem sucedido.

O jogador denominado Paulo Futre deve por iniciativa própria acumular as funções de "Relatador Radiofónico da Partida", comentando em tempo real os seus movimentos, e aproveitando para lançar acérrimos comentários acerca dos seus adversários, com o fito de os espicaçar e reavivar a acereza dos lances que afirmarão a sua identidade masculina.
A frase "Atenção, Paulo Futre com a bola!... Finta Um! Finta Dois!", ainda hoje deve fazer vir as lágrimas aos olhos de gerações, podendo ser encontrada como slogan nos posters de anúncio dos almoços de confraternização de antigos praticantes da modalidade.

O Paulo Futre não se deve queixar. Com bom perder, uma vez derrubado deve erguer-se, e mesmo que gravemente lesionado, tomar sem um queixume mas com energia redobrada o seu posto de Defesa da Equipa Adversária.

Uma Cantiga:

Minha Mãe, Minha Mãe,
Foi Comprar Sabonete de Belém
P'ra Lavar a Piroquinha,
Piroquinha Cheira Bem!

quinta-feira, 28 de julho de 2005

PUTAS A COR E DOR

Putas da minha cidade
Olhos negros, perna torta.
Cada golpe de porrada
Torna o meu verso mais forte.
(Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!)
Putas no Porto quero-as bem feias.
Doentes, transparentes, pálidas, esquálidas
Ou inchadas de vinho, vermelhas
Rotas de varizes qie rasguem as meias.
E as caras? Moídas.
Os peitos? Gretados
As conas? Rasgadas
Por piça, por piças.
E em letra mal escrita
Na pele pelas rugas
Leia quem saiba
Suas vidas duras
Quero-as podres, em merda ou pior!
A noite do Porto ganha mais cor!
Às putas meninas,
Às putas bonitas,
Às putas macias,
Às putas gentis...
Suspiro... Ternura...
Não as quero assim.
Quero-as longe da rua,
Quero-as para mim.
(Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!)

do fim da noite II

...ontem voltei a falar com ela, e de repente o passado tornou-se mais um copo vazio.

Grandes Frases VIII

"A coerência é a virtude dos imbecis."
Oscar Wilde

do fim da noite

...a forma como oscilamos entre um elistita, nobre e orgulhoso grupo de bon-vivants

e um bando de derrotados e maltrapilhos, desafinados no amor como na vida...


sem passar pelo meio.

Os Nossos Valores VII

"A Vinicultuna é essencialmente Conservadora. Sabe que o mundo é caótico e depravado por Natureza, e sente-se confortável com isso."

"A Vinicultuna é essencialmente Revolucionária. Sabe que o mundo só poderá ser salvo, caso o possa ser, pelos insubmissos. Por isso revolta-se."

domingo, 24 de julho de 2005

Férias nas Biomédicas, Regresso ao Recreio da Minha Escola - Jogos e Cantigas da Nossa Infância - II

O jogo da pedra.

Este é um jogo ao qual estive muito ligado e pelo qual nutri um carinho especial aquando da meu "passeio" pelo ensino secundário. Apesar das evidentes semelhanças com o jogo "o "Tê"", sinto-me no dever moral de relar o "jogo da pedra" devido aos momentos de pura alegria infantil que me porporcionou, embora corra o risco de me tornar repetitivo, ao que peço desde já desculpas.

Terreno:
De preferência um terreno liso e com muito pouco atrito, para que a pedra possa deslizar com velocidade satisfatória...tijoleira será indicada, mas quando há mesmo vontade qualquer terreno será jogável (o chão do átrio do icbas é perfeito).


Material necessário:
Fita-cola (prescindível)
Uma pedra do tamanho de uma nóz(imprescindível)

Preparativos:
Com a fita-cola traçamos no chão uma circunferência com cerca de 10 metros de diâmetro (dimensão ideal mas não obrigatória) que será o limite do campo; caso nos seja impossível demarcar a circunferencia no terreno, os limites do campo serão acordados entre os jogadores (Homens de palavra) e serão honrosamente respeitados.

As Regras:
Todos os jogadores se posicionam dentro dos limites da circunferÊncia, ostentando um deles a pedra na mão.
A pedra será depois pousada no chão. A partir deste momento o objectivo é chutar a pedra para pater no pé (ou perna) do(s) adversário(s), contudo, note-se, a pedra só será chutada uma vez.

Hipótese 1 -Caso acerte em algém, o feliz contemplado com a pedrada na tíbia terá que correr para fora dos límites da circunferencia, enquanto os outros jogadores se precipitam na sua direcção com o escopo de o pontapear com destreza em qualquer região do membro inferior (glúteos incluídos). Só cessaram as amistosas agressões quando o fugitivo conseguir sair da circunferencia.
Hipótese 2 -Caso o xuto na pedra seja inglório e não acerte em ninguém, o jogador que efectuou o pontapé será penalizado pela sua falta de pontaria, com o mesmo tipo de agressões decritas na hipótese 1, agressões estas que só cessaram quando o jogador conseguir fugir do terreno de jogo (circunferencia).

Últimas palavras:
É de frisar que neste jogo os jogadores não deverão levar a mal as tentativas enérgicas e desenfreadas dos adversários, de xutarem os seus membros inferiores, sob pena de se perderem boas amizades.
Advirto também para uma situação comum neste jogo: por vezes, dada a velocidade que a pedra atinge em terrenos com menos atrito, é-nos impossível destinguir se a pedra xutada acertou no seu alvo. nestas situações gera-se a confusão, porque ninguem sabem bem em quem á de descarregar a energia, se no xutador, se no jogador-alvo e por vezes nem os mesmos sabem. Resolve-se xutando em toda a gente que passa á nossa frente, enquanto nos percipitamos para fora do círculo. É dos momentos mais bonitos do jogo.
Não se enguem...é um jogo muito táctico...ninguem arrisca muito desferir um pontapé na dita pedra. É sempre perigoso.


Uma canção:

laranja doce tem a casca fina...
o amor do homem é uma menina...
laranja doce tem a casca fina
o amor do homem é...
uma menina.