domingo, 31 de dezembro de 2006

Desejos Para 2007

-A abertura do Grande Bordel das Artes e do Vinho, o nosso novo cantinho no Velhinho Porto.
-A passagem dos caloiros josé-caralho, pedro-caralho, e saca-rabos a Tunos. Espero mesmo que eles consigam.
-Uma actuação no Aljube, em formato "De Dentro Para Fora".
-A entrada do Senhor Nogueira no Curso de Pastelaria financiado pela União Europeia.
-O início da nova série "Ao Serão na Tasca do Araújo", obra criativa aberta à participação todos os Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que explorará temas mundanos do noite-a-noite da nossa Casa de Fados.
-A descoberta de que um de nós (dos que já cá estão, não quero ninguém de fora), é canibal - ou antropófago que é outra forma de a gente dizer.
-A pacificação das relações com o Senhor Gepeto - as suas rabugisses estão perdoadas.
-Um Inimigo, por favor, Um Inimigo.
-Amigos novos nas ruas do Porto. Gostava muito que aquele acordeonista cego que anima há muitos anos a porta do Antiquiário na esquina de cima da Rua José Falcão nos acompanhasse num sarau.

-Mas sobretudo, a Prorrogação do Dom de Fazer as Pessoas Felizes.

Vou Já Cagalhão!

Antes que o Ano acabe...












...a Vinicultuna devolve o que não é seu:

"Aqui tem a sua Caixa de Ferramentas, senhor Gepeto.
Usamos alguns parafusos, mas as brocas do berbequim e o cabo do martelo já estavam partidos.
Muito obrigado. Desejos de um Feliz 2007."

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XXI


Da Execução do Castigo...

...que atendendo à excepcional seriedade dos actos, foi entregue às mãos de um profissional competente, cujo trabalho é de há muito estrela, bússola, luz do percurso da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto.

"O meu avô também era barbeiro", disse o Tuno Honorário Mineteiro

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XX


Do Solene Conselho de Tuna.
Em que são julgados as desrespeitosíssimas acções do caloiro saca-rabos.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XIX

Onde se demonstra a falibilidade das avaliações de integridade, salubridade e maturidade de outrém, por juízes com princípios de camaradagem e bem-querer, com o exemplo concreto dos Bons Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que, influenciados pela diligência, presteza e entrega observadas no caloiro saca-rabos na arte ultrapassar os desafios e ardis apresentados durante a Vida de Tuna, o interpretaram como apto a integrar a Embaixada da Tuna ao Casamento da Gentil Senhora Donzela Dona Rute, e o Senhor Tuno Fundador, Dom Velho Cinderella; em que se dá conta do Grave Mal de Protagonismo, Engraçadismo, Maioralismo, Espertismo-Saloio, Melhor-da-Sua-Ruísmo, -Terrismo ou Cantareirismo, Vedetismo, Xico-Espertismo, Mania-Que-os-Pitos-Comem-Alfacismo, e se alonga o relato para, abdicando-se da descrição as infâmias contra a honestidade das moças, se enumerar as sucessivas garotices e mumices desenroladas pelo caloiro saca-rabos ao longo da cerimónia, desmerecendo a confiança depositada, traindo Vinicultunos, incomodando convidados, ofendendo noivos e pais.
E os Tunos, “Sabes o que é?...Confiança a mais.”.
E a Mãe da Noiva, a Senhora Doutora Armandina “Isto realmente,... francamente... Isto realmente.”
E o Pai do Noivo, o Senhor Doutor Alfredo, “Grandessíssimo Filho da Puta!”, ele que até nem é dado a essas linguagens.
E a Irmã da Noiva, a Donzelíssima Senhora Doutora Ariana, recolheu aos lavabos, para, recatada, chorar.
E o Tuno Xiclete, à entrada dos lavabos, apelando a sua Dama, Musa e Senhora, “Não estás a ver bem isto, deixa lá, abre a porta, chega-me a esfregona, eu limpo tudo enquanto retocas a maquilhagem, esta noite só vai acabar lá para as cinco da tarde, e vai-não-vai, deixo tudo num brinquinho”, não se sabendo se seria verdade ou paleio, pois que, há uns meses se leu neste blogue, ser a casa do Tuno Xiclete local pouco salubre, onde abundam as moscas, e os sacos com lixo.
E os noivos, coitadinhos, assistindo impotentes ao arruinar do dia mais importante das suas vidas.
E os Tunos, acusando-se em círculos “Ele faz, vocês riem-se..."
E o Senhor do Vale, "Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

sábado, 30 de dezembro de 2006

Grandes Frases LIV

"Sobretudo, conservai entre vós um grande amor, porque o amor cobre uma multidão de pecados."
São Pedro, Primeira Epístola 4; 8

O Fabuloso Destino da Vaca Verde

Vaca Verde - Episódio Especial de Férias

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

A Vinicultuna...



...Já tem idade p'ra ter juízo

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XVIII






"Do Período Áureo de saca-rabos enquanto caloiro da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto; em que ele muito cresce humanamente, através do desempenho com sucesso e bravura de sucessivas missões, que não tarefas, que para essas já temos um Técnico de Execução, o Senhor Nogueira, que muito estimamos; em que são descritos os raríssimos ingredientes, há muito esgotados que o caloiro saca-rabos conseguiu disponibilizar ao Tuno Honorário Mineteiro, para que este confeccionasse, um requintadíssimo manjar; onde o caloiro saca-rabos vence, todas à uma, a hipotermia, a hipoxia e as dores de costas, que às vezes até são o pior, confundindo os sábios da Medicina; em que se dá conta de como o caloiro saca-rabos se intrometeu na coreografia de dança do Coral de Biomédicas - e das chatices que isso deu, das pessoas que se zangaram, das que deixaram de se falar, das que diz que disse, e das lágrimas que ser verteram; em que se avalia a altura do Tabuleiro Superior da Ponte de D.Luís, e se cronometra o tempo durante o qual conseguiu o caloiro saca-rabos manter entre aquele e o Senhor Douro, um jacto contínuo de urina de puro vinho, e esta proeza é que foi!;
Onde por fim e por exaustão, que não por preguiça, se omite outros, muitos outros feitos, pois que muitos mais houve!

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XVII


"Em que, uma vez resolvidos os pequenos mal-entendidos, através do nobre jogo da pancada, Tunos e caloiro apertaram as mãos, e se dirigiram a casa da Amadíssima Vaca Verde, onde, após magnífica serenata, mais pelo dedilhar de Juvenal (ah! Grande Juvenal!) na Guitarra Portuguesa, do que pela voz do caloiro saca-rabos que por esta hora ainda cuspia sangue, lhes foi franqueada a porta e servido o Tradicional Esparguete.
Que bom.
Estava quentinho."

Caso Clínico de Outro - Da Convalescença - Epílogo

"Cheguei a casa, e disse à minha mãe e à minha irmã, "Vou dormir. Vocês vão lá espreitar. Se eu estiver a dormir, deixem-me dormir."
Fui para o quarto, e sentei-me na cama. Assim, com as mãos na cabeça, pensar na coisa, a reflectir no que tinha passado.
Depois deitei-me. Deitei-me à larga, de braços estendidos. Vinha habituado às camas do hospital, parecia que estava num navio.
A minha mãe e a minha irmã foram lá espreitar, e dizem que eu estava a dormir.
Dormi seguido. Das onze da noite, às três da tarde do dia seguinte...
... Acordei cheio de fome! Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Caso Clínico de Ouro - Sobre a Doença, Sobre a Cura- X

"Veio o meu cunhado buscar-me, e fomos para o café.
Eu estava lá no café, assim acabrunhado, e... e envergonhado. Envergonhado de estar doente. Porque estar doente... é uma humilhação. É não ter saúde, que é aquilo que a gente mais tem. É sentir a fraqueza da doença.
Eu estava no café envergonhado, a ver as pessoas passar, e quando reparei, já estava ali sentado há hora e meia sem dores. Eu no hospital, tinha de estar sempre a mexer. Sentava-me. Levantava-me. Deitava-me. Não conseguia estar 5 minutos doía-me o corpo todo, doiam as costas. E ali, já estava há hora e meia sem dores.
Virei-me para o meu cunhado e disse... "Olha! Estou Bom!""

Caso Clínico de Ouro - Do Fenómeno -IX

"Na noite antes de ter alta, não conseguia dormir. Acordei com insónias. Tinha muita comichão. Chamei o enfermeiro, ele ligou a luz, olhou para mim assim com uma cara, e disse, "Tem o corpo cheio de pintas vermelhas e brancas. Disse "você está perdido", e foi chamar o médico.
Tinha o corpo cheio de manchas vermelhas. Foi um fenómeno."

Clássico de Natal

1997, Caderno Literário, assim debutava no Univeso Cultural Biomédico este que aqui assina.

"Consoada do Caixeiro Viajante"

Guiava sem qualquer firmeza,
E mal olhava a estrada.
Lembrava a mulher e a filha,
"Rezamos enquanto viajas..."
Mas durou pouco a tristeza,
Cedo findou a saudade,
"É Natal, mas que se quilhe,
Esta noite vou às gajas."


Perdoem-me o auto-elogio, mas digam-me se não é um magnífico exemplar do que deve ser um poema curto com drama, comédia grotesca, reviravolta e final surpreendente.

Contos de Natal por Começar

No primeiro, à Menina de Lisboa, sozinha na véspera de Natal na cidade para onde veio trabalhar, teria sido oferecida uma viagem labiríntica pelas ruas e pelas almas de um Porto que não conhece. Entre História, histórias, vidas e lugares, gente estranha e comum, ela apaixonar-se-ia.
não fosse eu tão burro

No segundo, em vez de Oh!Oh!Oh!, o Pai-Natal, de trenó vazio, regressa a casa seguindo o autocarro, com um lamento Oooooooh!


Ai, que saudades, venha o próximo Natal.

domingo, 24 de dezembro de 2006

Noite Feliz...


... como todas as outras

Aos Tunos da Vinicultuna



Hannöver, Herrenhäuser Gärten, "Grötte" Nikki Saint Phalle

Boas Festas

São os Votos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto.
Por um Natal Minimalista.

Caso Clínico de Ouro - A Salvação - VIII

"Eu nessa altura só comia os chocolates que o homenzinho me tinha dado. Comecei a obrigar-me a comê-los. Era isso, e as frutas que o meu cunhado me trazia todos os dias. Foi com isso que sobrevivi.
O meu cunhado chegou e disse
"Ah! Homem Morto, Homem Resistente!"
Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Caso Clínico de Ouro - O Enviado - VII

"Na primeira cama estava um homenzinho, um velhote que não tinha pernas. Um dia chamou-me. Acenou-me com o braço, e disse "Venha cá!, Venha cá!", muito brusco.
Pediu-me para abrir a gaveta, e para tirar de lá uma caixa de chocolates. "Dê-me um chocolate." Eu dei-lhe, e ele mandou-me tirar um. Eu não queria, mas ele insistiu "Tire um, tire um." Eu nunca tinha reparado no homenzinho. Quer dizer, sabia que ele estava ali, mas nunca tínhamos falado. Mas ele, sabia quem eu era."Você tem de o comer. Tem de o comer."
Abri o chocolate e meti-o à boca, mas aquilo não descia. Tive de dizer "Eu tenho de comer isto". E enfiei os dedos na boca, e empurrei o chocolate para o fundo.
O velhote obrigou-me a ficar com o resto da caixa "Leve o resto. Leve o resto. Você tem de comer."

Caso Clínico de Ouro - Da Fraternidade -VI

"Costumávamos ir lá para um cantito das escadas, no corredor, junto aos vidros, fumar uns cigarritos.
Havia duas raparigas das doenças infecciosas, que saíam todos os dias, não sei como, e voltavam com cigarros. Havia um de Bragança que já estava internado há mais de um ano. Não sei o que é que tinha, mas era coisa séria e tal, e havia outro, do piso de cima, que tinha as pernas inchadas, mas uma mais que outra.
O de Bragança, morreu-lhe o pai. Foi um problema. Os médicos não sabiam como lhe haviam de dizer... Ele no ano anterior já tinha ido a casa por essa altura, por causa da matança do porco, e depois tinha voltado. Então eles deixaram-no ir, ele julgava que era pela mesma coisa. Depois não voltou. Nem sei o que é feito dele... Nem do das pernas inchadas, depois de sair nunca mais o vi. Não sei o que é feito desse povo..."

Caso Clínico de Ouro - Um Raio de Luz - V

"Então um dia lembrei-me do que o meu falecido Pai dizia de quando tinha estado internado; sempre que um doente começava a não comer, isso era um sinal de morte...
Alto lá!"

sábado, 23 de dezembro de 2006

Outro Lamento, se Possível, Mais Triste Ainda

Estava lá fora a ver os golfinhos, quando o vinho beberam.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Lamento

Estava lá dentro a beber vinho quando os golfinhos passaram.

Grandes Frases LIII

"..."



Afonso (Quando questionado pelo pai sobre o seu estudo)

domingo, 17 de dezembro de 2006

Caso Clínico de Ouro - Da Doença - IV

"Não comia. Estava doente, não comia.
Eu que nunca tive pesadelos, até pesadelos tive! No hospital, na cama alta, tinha medo de cair. Não sei o que sonhava. Via tudo preto. Como alcatrão. Sò me via a mim, e tudo preto. Não me acontecia nada, mas ficava oprimido. Era um pesadelo.
E não comia nada.Eu pesava 76 kilos. Mais ou menos. Cheguei a pesar 43!
O que me valia é que ainda ia comendo umas frutitas. O meu cunhado ia ver-me todos os dias, levava umas frutas. E cigarros.
Uma vez falharam os cigarros, no dia seguinte andei pelo chão, a apanhar varonas...
E não comia nada."

Caso Clínico de Ouro - Do Lento Despertar - III

"É curioso, que há pessoas que têm muito pêlo nas costas, e quase nenhuma barba. Mas eu tenho bigode quase até aos olhos Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!
Então uma vez, depois de acordar, sentei-me na cama, peguei na gilette, e comecei a desfazer a barba.
Depois pus-me a olhar para o espelho, a passar a mão no rosto... e disse
"Ó menino! Estás magrinho!"... Eu por baixo desta barba, tenho cara de menino... E tinha perdido mais de trinta kilos. "Ó menino estás muito magrinho..."

Fábula

"Um Belo Presente de Natal", pensexclamei, ao descobrir o título no alinhamento da prateleira. Muito bonita a edição da Prefácio, com motivos de tipografia, a preto na capa branca, e a escoltar o início de cada capítulo.
"Um belo presente de Natal... para quem?", continuei comigo, folheando a obra.
Já com a resposta em mente, deixei a aleatoriedade da pesquisa, e abri as páginas do índice, "Vamos lá ver quantas fábulas foram dedicadas a temas do Nosso Bom Vinho."
Com muita satisfação, vi confirmada a predição, ali estavam "A aranha e a uva", "O aldeão e a videira", "A parreira e a velha árvore", "O salgueiro e a videira", mas sobretudo, a acabar, a extraordinária fábula que aqui deixo:

O Bêbado e o Vinho

"Um camponês, numa tarde em que tinha bebido mais do que a conta, disse à mulher:
- Traz-me outra garrafa.
- É a última- respondeu a mulher, dando-lhe a garrafa - .Se a bebes não sobra nenhuma.
- Óptimo - exclamou o camponês -. Quero esgotar todo o vinho que haja cá em casa, quero acabar com ele. E, cheio de raiva, bebeu um copo atrás de outro, até esgotar a garrafa.
Ofendido, o vinho decidiu vingar-se do seu bebedor.
Quando o camponês saiu para apanhar um pouco de ar e acalmar o ardor que sentia no corpo, o vinho fê-lo trocar as pernas, atirando-o de cabeça para a mais suja das estrumeiras."

Fábulas,
Leonardo da Vinci

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XVI


Da Tolada do Magister .

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XV


Durante o qual a Donzela Vaca Verde se volta para se despedir com olhos lânguidos de vaca do caloiro saca-rabos, assistindo à execução das tesouradas e unhadas que lhe cabiam; apercebendo-se o caloiro saca-rabos da testemunha inesperada da sua humilhação, sente-se na obrigação de se elevar perante os olhos grandes, tristes, húmidos de vaca da sua Senhorinha, pelo que, apelando ao vetusto Código de Praxe, reclama, uma vez aplicada a pena, o direito de "jogar a pancada" com os seus verdugos; sucedem-se as sucessivas recusas em "jogar a pancada", por parte do Tuno Fundador, o Velho Cinderella, com o pretexto válido de ser Mestre de Artes Marciais, e Veterinário, não podendo jogar a pancada com animais; do Tuno Honorário Mineteiro, alegando a contra-indicação total para o jogo da pancada que é o porte de óculos; e do Senhor do Vale, a pretexto de ter de ir para a paragem, para não perder o autocarro das 5 da manhã; no qual se perfilam perante o caloiro saca-rabos, e são sucessivamente derrubados através do "jogo da pancada", os Tunos Água Benta, Inca, Grande Morsa e Fodido, sendo que ao Tuno Grande Morsa coube a pior parte, já que, antes de ser derrubado, viu-se por dentes afiados, atacado nas partes baixas, a que os homens rudes chamam colhões, e os de dizeres refinados quilhões;
por momentos temer-se-á o pior, valendo para sossegar os aflitos, a justificação por parte do Tuno Grande Morsa de ser o triângulo preto visível entre suas coxas, a parte anterior de umas cuecas muito sujas, e não um buraco fundo; em que exclamando "...Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuf! Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!" entre o local da refrega, e a paragem de autocarro, o Senhor do Vale conclui a récita de um poema épico .

Valerá a Grande Morsa que ninguém se lembrará de fazer a observação, de que, a não ser o triângulo preto que separara as suas coxas um buraco negro, como é possível que dali saia a cabeça do Tuno Fodido?

sábado, 16 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XIV


No qual, após a saída da Senhora Donzela, se confronta o caloiro saca-rabos com a indelicadeza cometida por este, apresentando-se acompanhado em jantar de Tuna sem aviso prévio, e pelo total alheamento durante todo o jantar, privando os Tunos da sua companhia.
Como é habitual nestas graves infracções, à reprimenda segue-se a aplicação do inevitável e pedagógico castigo.
"Isto custa mais a nós do que a ti!", diz com algum pesar o Sábio Tuno Inca.

Caso Clínico de Ouro - da alienação parcial dos estados de desorientação transitórios - II

"Levaram-me para o Hospital de São João, e internaram-me numa enfermaria.
Sò que não havia camas na enfermaria de homens, tiveram de me levar para a enfermaria de Doenças Infecciosas de mulheres. Eu estava numa sala sozinho, numa espécie de corredor de passagem. Tinha uma enfermaria de mulheres para um lado, outra enfermaria de mulheres para o outro. Mas naquele quarto do corredor só estava eu.
Eu nos primeiros dias só dizia:
"Tenho fome! Tenho fome! Tenho fome!"
E do outro lado uma mulherzinha respondia.
Não sei o que é que ela dizia, só sei que era ela de um lado e eu do outro, Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! "Tenho fome! Tenho fome! Tenho fome!" Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

A la Table avec la Tune, le Ménu à Le Minétiére a la minute - I

parce que nous sommes un group académique, et la céne des groups académiques, elle doit commencer par le fin, nous irons commencer cette rubrique avec une Déssert

Banane aux Compote de Cérise

Ingredientes:
- une banane descasquée par notre Singe de Cuisine;
- deux, trois, quatre, cinque, je ne sai pas, depend du tamanho da banane, couilléres de compote de cérise (moi-même, je use la Compota de Cérise des "Compotas Tradicionais de Lamego", parce qu'elle a des piéces de Cérises intiéres a son coeur);
et deux, trois, quatre, cinque, je ne sai pas, depend du tamanho da banane,
de les cérises intiéres qu'y on été mergulhé ao coeur de la compote

La importance de la dégustation d'un bon plat, passe tant par la forme comme il doit être cozinhé, presentée, mais também mangée.
Dans le case de cette déssert ça y est FUN-DÁ-MEN-TEL
La joie de manger ce déssert passe pour l'art de la mangée. Le plaisir ser proportionel a la dificulté de la manger.

Le Garçon, doit placer la Banane Descasquée dans deux doits (Le Polegar, et l'indicateur) du Gourmet.
Le Gourmet doit ségurer la Banane son extrémité inférieur (la extrémité qui a la parte noirette et dur)
Le Garçon placera des Cérises Intiéres aux long de la Banane.
Depuis, le Garçon servira la Compote. Il doit laisser la compote, en un fio trés fino, aux long de la Banane, pour molhar tout sont comprimento.
Ici, sera temp pour le Gourmet demontré son agilité. Il doit manger la Banane avec Compote de Cérise avec grandes trincadelles, et il doit éviter que les pingos de la compote tombent dans la table.
Comme le faire?
Il doit d'utiliser les doits de l'autre main.
Quand un pingo de compota va a tomber, le doit de l´autre main servira comme une séconde banane qui va apanher la Compota.
Le Gourmet doit soucer le doit pour dégouter la Compota.
Mais... et quand la Compote qui a tombé de la Banane pour le Doit de âutre main, va tombé une autre fois pour la table?
Mais... Ça c'est l'objectif!!!
Le Gourmet doit utiliser la Banane pour éviter ça!
Le Superbe-Gourmet est le que est habile pour passer le même Pingo de Compota entre la Banane de son Main Doite, et les doits de son Main Gâuche mille fois, enquanto mange le resto de la Banane.



Hmmmmmm!... Que delícia!
Mnhã, Mnhã!
Slurrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrp!
Buuuuuuuuuuuurp!
Soube a pouco.
E a toalha ficou limpa!

Caso Clínico de Ouro - De um Encontro Prometedor ao Diagnóstico - I

De costas para o Piolho, alguns metros afastado da porta. Rosto avermelhado a sobressair da barba, do chapéu e do sobretudo. Está frio. Abre os braços e o sorriso:
"Que saudades!"
Já não nos víamos há mais de um mês.
"Vamos beber um copo?Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Uma das melhores viagens do mundo faz-se à noite entre o Piolho e o Aviz. A passo lento, muitas vezes interrompido para dar conta dos pormenores.
Desta vez fizemos uma variação, pela Travessa de Cedofeita, um snack-bar árabe que não conhecia. Foi-me apresentado, bem como a donzela. Depois José Falcão, até ao início da Rua da Fábrica (que ali se chama de Santa Teresa, corrigiria o TóZé), onde se reavivou a memória.
"Lembra-se do outro dia, da pancadaria? Não voltaram a aparecer, mas se voltassem, até podia vir um grupo, não havia problema. Eu dantes tinha uma supremacia... E mesmo agora, se não me tivesse dado a meningite..."
"..."
"Foi em 1993, por esta altura. Tinha feito anos no dia 20, e três ou quatro dias depois, deu-me a meningite."

Ontem Foi Um Dia de Sorte - XXI

Depois de ter saído tarde do jantar-oficioso-de parte-do-serviço, na Adega dos Caquinhos, onde, por distracção acabei por beber a garrafinha de verde tinto, e ido para casa preparar o caso clínico para a reunião de serviço, acabei por ser elogiado no fim da apresentação.
Estou orgulhosíssimo.

Ontem foi um dia de azar

Passei o dia todo rameloso e com os olhos vermelhos. Espero que não tenha nada a ver com o macaquito que há um mês me trepou para o colo, e eu, antes de me lembrar que era uma coisa muito estúpida porque há macacos que passam micróbios para a gente, lhe enfiei o dedo mindinho na boca, e deixei que me mordesse.
É que eu já sou míope, e não quero ficar cego.

Os Nossos Outros Valores - XXV

"A Vinicultuna rege-se pelos códigos da Cavalaria Errante."

"Os Tunos da Vinicultuna sabem apertar os cordões na forma de Nome de Donzela."

"O s elementos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que não sabem tocar guitarra foram proibidos pela Senhora Dona Amália, de continuar a ficar atrás delas a fazer coreografias patéticas quando ela aparece ao serão na Tasca do Araújo. Agora sentam-se na primeira a patear e pigarrear."

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Notícia Agradável entre Riso de Histeria Contida, e Sininhos de Felicidade

HiHiHiHiHiHiHi!
Indagando por ti
ouvi
que indagavas por mim.
Sim!Oh! Sim!
Timdrlimdrlimtimtim!

domingo, 10 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XIII


Em que, num acto repetido ao longo dos séculos por quase todos os caloiros de Tuna, o caloiro saca-rabos se apresenta em jantar de confraternização da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, em companhia de sua amada, que, lamentavelmente, não apresenta aos Senhores Seus Tunos, de quem se alheará durante toda a refeição, só tendo olhinhos para ela.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XII


No qual, num gesto que para o comum mortal será incompreensível, a Vinicultuna abre os seus compridíssimos braços, para receber a prodigalidade de saca-rabos, e fecha os seus comprídissimos braços para abraçar a prodigalidade de saca-rabos, e a isto se chamará "Perdão"; e como a Vinicultuna é grande, Grande, Muito Grande, Enorme (além de Biomédicas-Tinto), ao caloiro saca-rabos será oferecida a Serenata.

Muito bonito o pormenor da lágrima que do olho esquerdo da donzela, cai no focinho de saca-rabos.
Esperemos que não lhe entre à-uma na narina e estrague o olfacto, nem provoque pneumonia ou pior. Ou pior.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XI


No qual reaparece, Tão Triste, Quase a Chorar, o caloiro-saca-rabos, e em que, durante a execução da sentença devido às repetidas faltas injustificadas aos encontros e aprontamentos da Vinicultuna, se descobrem as razões do reaparecimento, e disso se faz gozo e troça, no que finalmente as lágrimas rolam. E caem.
E o TóZé, na qualidade de Senhor Nogueira, Informador da Vinicultuna, conta à gente os detalhes daquela tristeza, antes apurados quando o Senhor Nogueira, na qualidade de TóZé, Confidente e Amigo dos Tunos da Vinicultuna, escutara o caloiro-saca-rabos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Em cerimónia oficial realizada na passada madrugada, na sagrada Fonte dos Leões, foram declarados abertos os festejos comemorativos do 10º aniversário da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto. Entre outros actos simbólicos, a população do Porto pôde assistir, maravilhada, a faustas exibições de dança e música, a provas atléticas de nivel inegualável e ao arremesso de um Sofá-Cama.
Os jogos estão abertos!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Os Nossos Outros Valores - XXIV

"Às vezes, a Vinicultuna reune-se para combinar coisas."

"Os Guitarristas da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, continuam a acompanhar a Senhora Dona Amália, sempre que ela aparece nos serões da Taberna do Araújo"

Vem Aí...

O Melhor Caso Clínico de Sempre:

A Meningite do Senhor do Vale

Relatada com palavras do próprio

Em capítulos para coleccionar

domingo, 3 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - X


No qual o TóZé, na qualidade de Senhor Nogueira, Informador da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, explica os motivos da ausência do caloiro saca-rabos ao ensaio, para grande desapontamento dos Tunos que, semana após semana, apesar dos exames, dos pesados calhamaços deixados abertos em cima das camas, do adiamento dos encontros com múltiplas inúmeras donzelas, e das coisas combinadas, marcam sistematicamente presença no aprumo vocal e instrumental da Vinicultuna.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - IX


No qual pela primeira vez aparece o Senhor Nogueira, na qualidade de "Tó-Zé, Confindente dos Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto", e no qual o Caloiro Saca-Rabos partilha os seus tropeços e avanços, na conquista daquela que ama.