quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Outro Lamento do Senhor Bernardino

"No fundo, há três fases!", e sorri vagamente, ou ri nervosamente, procurando um olhar de anuência, "Uma em que um ama e o outro ama, outra em que um não ama e o outro também não ama, e outra em que um ama e o outro não ama...".
E não esperando pelo silêncio, conclui, depos de outro sorriso vago, de outro riso nervoso:
"Esta, a meu ver, deve ser a fase mais complicada!"

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Grandes Lamentos - IC

"No fundo, nós somos todos em média diferentes",

o senhor Bernardino, sobre os seus desamores, tentando ser vagamento concreto.

E na Vinicultuna também somos todos em média assim.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

como tocar Castanholas



Quando teremos um caloiro a tocar castanholas?

Quando teremos o Juvenal a tocar guitarra portuguesa assim com uma orquestra?

Para Ontem, Sugerimos

smartinho.blogspot.com

«O S. Martinho, como o dia de Todos os Santos, é também uma ocasião de magustos, o que parece relacioná-lo originariamente com o culto dos mortos (como as celebrações de Todos os Santos e Fiéis Defuntos). Mas ele é hoje sobretudo a festa do vinho, a data em que se inaugura o vinho novo, se atestam as pipas, celebrada em muitas partes com procissões de bêbados de licenciosidade autorizada, parodiando cortejos religiosos em versão báquica, que entram nas adegas, bebem e brincam livremente e são a glorificação das figuras destacadas da bebedice local constituída em burlescas irmandades. Por vezes uma dos homens, outra das mulheres, em alguns casos a celebração fracciona-se em dois dias: o de S. Martinho para os homens e o de Santa Bebiana para as mulheres (Beira Baixa). As pessoas dão aos festeiros. vinho e castanhas. O S. Martinho é também ocasião de matança de porco.»

(in As Festas. Passeio pelo calendário, de Ernesto Veiga de Oliveira, Fundação Calouste Gulbenkian, 1987)

NOTA - A Vinicultuna dá valor a estas coisas.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Uivando... algures, Pelo Fim da Noite

A Lua por trás da torre
Faz a torre diferente.
A verdade quando morre
Morre só porque não mente.

Mente a Lua que se esconde
Por trás da torre de aqui.
Mente a torre porque é onde
A Lua não está ali.

A Lua é só um reflexo,
A torre é um vulto somente,
E assim, num íntimo nexo,
Qualquer diz verdade e mente.

E é desta mista incerteza
De verdade e de mentira
Que nasce toda a beleza -
Que desta hora se tira.

Saibamos, dando guarida
Ao que tudo é de metade,
Fazer bela a nossa vida
Mentindo com a verdade.

29-9-1933 Fernando Pessoa

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Ponto Informativo

"
O ACTIMEL fornece ao organismo uma bactéria chamada L.CASEI. Esta
substância é gerada normalmente por 98% dos organismos, mas quando é
administrada externamente por um tempo prolongado, o corpo deixa de a
fabricar e 'esquece- se' que deve fazê-lo e como fazê-lo, sobretudo em
pessoas menores de 14 anos. Na realidade, surgiu como um medicamento
para essas poucas pessoas que não a fabricam , mas esse universo era
tão pequeno que o medicamento se tornou, não rentável; para o tornar
rentável, foi vendida a sua patente a empresas do sector alimentar.

A Secretaria Estado da Saúde (Espanha) obrigou a ACTIMEL (a
sereíssima) a indicar na sua publicidade que o produto não deve ser
consumido por um tempo prolongado; e cumpriram, no entanto de uma
forma tão subtil que nenhum consumidor o percebe ( p.ex. 'desafio
actimel: tome durante 14 dias').


Se uma mãe decide completar a dieta com ACTIMEL, não recebe nenhum
aviso sobre a sua inconveniência e não vê que pode estar a causar um
dano importante ao futuro dos seus
filhos ou ao seu devido às manipulações publicitarias da
multinacional DANONE para incrementar os seus benefícios, sem se
importar com a saúde dos consumidores.
"

E voçês perguntam... qual a relação do ACTIMEL com a Vinicultuna?
Eu também não sei caros Amigos e Inimigas, mas o Tuno Pissa Cúbica acutilantemente estragando todo o momento diz o seguinte:


"Mas e a bolha?
", e esboçando um sorriso afasta-se em silêncio.

domingo, 8 de novembro de 2009

Da Vinicultuna, Sobre Maneiras

- Porque bebeis o Caldo da malga?
- Mas haverá alguma forma de ele saber melhor?
- Nesse caso porque pedistes que vos trouxessem as colheres?
- Porque temos maneiras! De outra forma não passaríamos de animais.

O "Primo de Praxe" do Nosso Velho, o Tuno Fundador Cinderella, chamava-se Rui Maneiras. Nunca passou pela Vinicultuna, mas era um Amigo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Gato que Comia Com a Gente

A gente estava a comer. O Gato chegava, entrava, dirigia-se à nossa mesa – há sempre um lugar vazio -, sentava-se e comia com a gente.
Com mais modos ate, que ele tinha bigodes e raramente lhe respingava para a toalha. E não falava com a boca cheia. Alias, não falava. No que até era um bocado desagradável. A gente ali, e ele nem uma nem duas. Chegava, sentava, sem pedir licença, e comia com a gente. Nem se dava ao trabalho de olhar para a lista ou interpelar o Senhor Filipe. Comia com gente do que a gente estivesse a comer – pedimos sempre para mais um. E ainda se dava ares de superioridade, olhando-nos de canto, se acaso nos respingava para a toalha ou falávamos de boca cheia. Não implicava, mas havia reprovação naquela maneira de olhar.
No fim, uma vez comido com a gente, levantava-se, pousava o guardanapo, e ia embora com ar de enfado, sem se despedir

Não podemos dizer que sentíssemos simpatia por este Gato que comia com a gente, mas não tínhamos outro. Que saibamos, ninguém tem. E há pessoas muito piores.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Do Grande Livro da Vinicultuna e dos Animais - XI


Novos Instrumentos Musicais


A caminho da Lua...

...parámos na Serenata,
e por ali ficámos quase para aí até
lá para as cinco da tarde.

Os Nossos Fétiches - IV


Do Fim da Noite XXI


Os Nossos Fétiches - III

As Nossas Lendas - VI

- Uma vez a Vinicultuna desapareceu. Disse-se muita coisa. Nós ficámos preocupados, mas a seguir encontrámo-la.
- Nas actuações da Vinicultuna já participaram: gatos, cães de passagem, pombas ao ar livre, uma galinha-estandarte, patos variados em noites de cerimónia, um gatinho numa caixa, um salmão numa grelha, um coati numa foto-novela, provavelmente coelhos de estimação e cavalos da GNR, decerto também ratos, o nosso Magister era meio Golfinho, outro Magister venceu um concurso de rádio enquanto Peixinho Dourado, e o Cão do Homem da Lua, quando lá chegarmos pelos nossos próprios meios.
- A Vinicultuna já teve uma Pandeireta Voadora Assassina.