quarta-feira, 29 de junho de 2005

Ha um traidor entre nos

"Não sei se já alguém reparou, nem se acrescenta algo a esta discussão, mas foi incluido recentemente, no blog e pagina aeicbas, um blog de um suposto grupo da casa, "Vinicultuna", cujo conteúdo, além de vazio, é a todos os níveis reprovável. Desde a introdução, supostamente poética, e cheia de erros de pontuação até a postes de poesia pornográfica, passando por fotografias de sacrifícios animais. Será que a actual direcção da associação de estudantes se revê e compactua com estes delírios de bebâdos insaciáveis, confessados profanadores da virgindade alheia, artistas musico-decadentes e pseudo-intelectuais freqentadores de prostibulos?"

In, aeicbas.blogspot.com, post/comentario ao resultado das eleicoes.

Era manhã

Era já dia. Olhávamos uns para os outros na esperança de encontrar um pensamento colectivo...mas nada. Uns alegres, outros tristes, outros cansados, outros revoltados e outros eufóricos. A noite tinha sido longa e tortuosa.
Nós, os menores, só tínhamos uma coisa em comum... o frio... o frio e o desconforto na cabeça já por si desorientada, agora nua.
Lembro-me por ser invadido por um forte sentimento de tristeza e alguma raiva à mistura. Já não sabia o meu lugar, n sabia se pertencia ali.
Até que... uma mente sóbria e iluminada proferiu algumas palavras que na altura caíram como uma pedra sobre a minha cabeça, mas que nunca vou esquecer e que estão hoje guardadas na gaveta das recordações especiais.
"Esta noite vai ser espectacular!! Vocês não estão bem a ver!! Só vai acabar lá para as 5 da tarde!!"

Nessa noite um de nós envelheceu.

domingo, 26 de junho de 2005

Em busca do Samuel

Ia a noite adiantada
Ainda nao brilhava a Lua
Estaria avariada?
P'ra compo-la sai a Tuna

Com violas e guitarras
Cantigas ao desafio
Fomos pedir ajuda
A quem melhor a conhecia


A ideia era que, em busca do conserto da Lua, a Vinicultuna de Biomedicas - Tinto, se fosse cruzando com gente de bem, das suas relacoes passadas, presentes e futuras, que contribuisse para o bom desempenho da missao.

Exemplos:

Chamavam-lhe Prostituta
Nos chamamos-lhe Princesa
E ela maquilhou a Lua
Po de Talco p'ras Altezas

De um quiosque de cafe
A lamentar desamores
Vem o ToZe po-la no ceu
A lua retribuira o favor

Antonio SImoes do Vale
Poeta Politicamente incorrecto
Deu as instrucoes em verso
Disse o que e que estava mal



Mas ha mais, pode haver muito mais...
O Nuno Grande tambem quer entrar.

Mas o segredo para voltar a por a lua a brilhar, passa por encontrarmos o Samuel...
Informacoes so tenho estas:

Durmo embrulhado em jornal
Mas olha que nao sei ler
Deixa, anda, nao tem mal
As letras e que sao pequenas
E tao escuro ninguem as ve

No fim, a Lua brilhava, e iluminava os TUnos que entretanto se tinham perdido

A vinicultuna :... (completa)

"..." COMENTA!
(visitantes anónimos serão bem recebidos)
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V

bebe água

"À água das cisternas foi atribuída durante muito tempo a hérnia do escroto, que tantos homens da cidade suportavam não só sem pudor como ainda com uma certa insolência patriótica. Quando Juvenal Urbino ia à escola primária não conseguia evitar um arrepio de horror ao ver os herniados sentados à porta das suas casas nas tardes de calor a abanarem o testículo enorme como se fosse uma criança que lhes tivesse adormecido entre as pernas. (...) mas ninguém se queixava daqueles precalços, porque uma hérnia grande e bem conservada ostentava-se como um apanágio de homem. (...) muitos se opunham ao enriquecimento mineral da àgua das cisternas por temerem que isso lhes tirasse a sua virtude de provocar uma hérnia honrável."

A sabedoria só nos chega quando já não nos serve para nada.

O Amor nos Tempos de Cólera

sexta-feira, 24 de junho de 2005

Quadras de São João

"São João João João
Das putas bravas do rio
Acende no meu calção
Este mastro de navio"

Mário Cesariny de Vasconcelos

segunda-feira, 20 de junho de 2005

um lamento, e uma ideia

fazer-se noite sem ti
ter que estudar
dormir sozinho

dizer adeus quando existe o amor...

tropeçar no voo de qualquer borboleta
provar-lhe os lábios sumarentos
e o olhar fixo

cair outra vez no mar,
dormir ao sol, cantar serenatas á lua...

quinta-feira, 9 de junho de 2005

15 Junho, DIGRESSÃO DE TUNA

Tudo pago. Saída para Vigo, no comboio dos leões às 14:31 em ponto, 15 Junho.
Que não se desiludam os que querem ir à lua. Por motivos académicos vamos apenas 2 dias. Volta dia 17 de manhã, ou não.

Os que quiserem ficar na lua, podem.

Espalhem palavra.

Vou já cagalhão!

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Musica no ar

Hoje tava no atrio do ICBAS a fazer campanha pelo tacho quando o Juvenal aparece com a guitarra debaixo do ombro e atira "Olha esta pra tuna". Eu apanhei e pouco tempo depois surgia "Debaixo da Capa", musica com variante falada e cantada que será, provavelmente, o grande hite deste Verão que já começa.

Trata-se de uma variante de bossa nova que se cruza com a tradição oral portuguesa das histórias contadas á lareira e aquela musica do "Era uma vez um cuco que não gostava de couves"

Basicamente baseia-se numa base histórica em que uma história contada por um contador acaba por acabar sempre da mesma maneira.
Por exemplo:
"Água Benta sentiu uma imensa vontade de urinar. Chamou um trio de tunos que abraçou em circulo, pegou na garrafa que esvaziara momentos antes, colocou-a no meio das pernas e aliviou-se.... debaixo da capa"
Outro:
"Cinderela sentou-se numa mesa de café e iniciou conversação com uma donzela de mais de 60 anos. Falaram durante horas. Cinderela nunca tinha conhecido alguem com quem tivesse tanto para partilhar. Desde a insuficiência renal a david bowie, passando por molho de francesinha e chinchilas. A atração mutua era imparavel. Foram para um canto mais escuro e tudo se resolveu... debaixo da capa"
Ande so óne Ande so óne

domingo, 5 de junho de 2005

Afinal de contas, que horas é que são?

Que horas são?

São 9 da noite, e vou para casa depois de 36 horas. Vou jantar ao Galinho. Costeletão de Boi. Muito maior do que eu imaginava. Nunca conseguirei comer aquilo tudo. Sobretudo com este sono.
Devo ter adormecido. Só me lembro que antes de adormecer pensei que a Tuna me podia ajudar a comer o Costeletão de Boi. Então, sonhei. SOnhei que levava o Costeletão de Boi num saquinho, e ia ao POrto para a Tuna mo ajudar a comer. Sonhei que ia a casa buscar a capa, que a tirava lá da pilha de roupa que tenho espalhada no chão do quato. Cuecas sujas e limpas, meeias sujas e limpas, t-shirts sujas e limpas, o cachecol do Benfica e o do Salgueiros, vinha tudo junto com a capa.
Sonhei que ia para o Porto, e que encontrava a Tuna na Ordem dos Médicos. Mas antes encontrava o TóZé e o Senhor do Vale. E todos me ajudavam a comer o Costeletão de Boi que eu nunca conseguiria comer sozinho.
Foi um sonho bonito. Até estava lá o Professor Pinto da Costa a ver.
É pena ter sido só um sonho. Eu estava com tanto sono...

Que horas são?

São 5 da manhã, vou-me deitar. Já podíamos ter subido há uma hora. Eu bem achava que não é possível ressuscitar mortos. Mas eles resolveram tentar, o coraçãozinho da velha voltou a bater, e agora o Fernando ficou lá em baixo à espera que pare de vez. Antes espreito o frigorífico. Ainda há caixas de ceias. Ninguém as quer comer. Alguns tiram as peças que lhes agradam. Deixa-me ver o que ainda sobra. Eu não me importo de comer os restos. Surpresa! Puseram duas bananas (ainda presas como sairam da árvore), numa caixa. Isto nunca acontece. Geralmente a ceia é composta por uma peça de fruta, um bolo, um pão e uma bebida de pacote.
Hoje há muitas bananas. Abro as caixas todas, e decido fazer numa, a Ceia mais Fantástica de Sempre. Consigo juntar 5 (cinco!) bananas e 1(um) iogurte líquido de, adivinhem, de banana, numa só caixa.
Vou para a cama a pensar que se começar a comer uma ceia daquelas em todas as noites de urgência, ao fim de 6 meses posso conseguir uma transferência para clínica geral na Aldeia dos Macacos.
Conjecturo. Fico com consultório num quarto do Hotel da Barafunda. FAço as refeições no Casal do Mono, e emborracho-me o resto dia na Adega do Xico, a jogar cartas com o Xico e mais dois macacos que saibam jogar cartas.
Continuo a conjecturar. O Xico e um dos macacos que sabem jogar cartas morrem ao fim de poucos anos por causa do vinho, e a seguir vou eu. Apesar de ser bom médico, os outros macacos não me ligam puto. Ao meu funeral só vai o outro macaco que sabia jogar cartas, e a quem agora os outro macacos chamam bêbado, o Tratador que limpa a caca da Aldeia dos Macacos, e uma tia que já não se lembrava de mim mas viu o anúncio no jornal. Vantagens de quem lê sempre a Necrologia. Vantagens de se ser sistemático.
Adormeço, porque às 9 tenho de pegar outra vez, se o BIP não tocar antes.