domingo, 31 de dezembro de 2006

Desejos Para 2007

-A abertura do Grande Bordel das Artes e do Vinho, o nosso novo cantinho no Velhinho Porto.
-A passagem dos caloiros josé-caralho, pedro-caralho, e saca-rabos a Tunos. Espero mesmo que eles consigam.
-Uma actuação no Aljube, em formato "De Dentro Para Fora".
-A entrada do Senhor Nogueira no Curso de Pastelaria financiado pela União Europeia.
-O início da nova série "Ao Serão na Tasca do Araújo", obra criativa aberta à participação todos os Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que explorará temas mundanos do noite-a-noite da nossa Casa de Fados.
-A descoberta de que um de nós (dos que já cá estão, não quero ninguém de fora), é canibal - ou antropófago que é outra forma de a gente dizer.
-A pacificação das relações com o Senhor Gepeto - as suas rabugisses estão perdoadas.
-Um Inimigo, por favor, Um Inimigo.
-Amigos novos nas ruas do Porto. Gostava muito que aquele acordeonista cego que anima há muitos anos a porta do Antiquiário na esquina de cima da Rua José Falcão nos acompanhasse num sarau.

-Mas sobretudo, a Prorrogação do Dom de Fazer as Pessoas Felizes.

Vou Já Cagalhão!

Antes que o Ano acabe...












...a Vinicultuna devolve o que não é seu:

"Aqui tem a sua Caixa de Ferramentas, senhor Gepeto.
Usamos alguns parafusos, mas as brocas do berbequim e o cabo do martelo já estavam partidos.
Muito obrigado. Desejos de um Feliz 2007."

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XXI


Da Execução do Castigo...

...que atendendo à excepcional seriedade dos actos, foi entregue às mãos de um profissional competente, cujo trabalho é de há muito estrela, bússola, luz do percurso da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto.

"O meu avô também era barbeiro", disse o Tuno Honorário Mineteiro

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XX


Do Solene Conselho de Tuna.
Em que são julgados as desrespeitosíssimas acções do caloiro saca-rabos.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XIX

Onde se demonstra a falibilidade das avaliações de integridade, salubridade e maturidade de outrém, por juízes com princípios de camaradagem e bem-querer, com o exemplo concreto dos Bons Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que, influenciados pela diligência, presteza e entrega observadas no caloiro saca-rabos na arte ultrapassar os desafios e ardis apresentados durante a Vida de Tuna, o interpretaram como apto a integrar a Embaixada da Tuna ao Casamento da Gentil Senhora Donzela Dona Rute, e o Senhor Tuno Fundador, Dom Velho Cinderella; em que se dá conta do Grave Mal de Protagonismo, Engraçadismo, Maioralismo, Espertismo-Saloio, Melhor-da-Sua-Ruísmo, -Terrismo ou Cantareirismo, Vedetismo, Xico-Espertismo, Mania-Que-os-Pitos-Comem-Alfacismo, e se alonga o relato para, abdicando-se da descrição as infâmias contra a honestidade das moças, se enumerar as sucessivas garotices e mumices desenroladas pelo caloiro saca-rabos ao longo da cerimónia, desmerecendo a confiança depositada, traindo Vinicultunos, incomodando convidados, ofendendo noivos e pais.
E os Tunos, “Sabes o que é?...Confiança a mais.”.
E a Mãe da Noiva, a Senhora Doutora Armandina “Isto realmente,... francamente... Isto realmente.”
E o Pai do Noivo, o Senhor Doutor Alfredo, “Grandessíssimo Filho da Puta!”, ele que até nem é dado a essas linguagens.
E a Irmã da Noiva, a Donzelíssima Senhora Doutora Ariana, recolheu aos lavabos, para, recatada, chorar.
E o Tuno Xiclete, à entrada dos lavabos, apelando a sua Dama, Musa e Senhora, “Não estás a ver bem isto, deixa lá, abre a porta, chega-me a esfregona, eu limpo tudo enquanto retocas a maquilhagem, esta noite só vai acabar lá para as cinco da tarde, e vai-não-vai, deixo tudo num brinquinho”, não se sabendo se seria verdade ou paleio, pois que, há uns meses se leu neste blogue, ser a casa do Tuno Xiclete local pouco salubre, onde abundam as moscas, e os sacos com lixo.
E os noivos, coitadinhos, assistindo impotentes ao arruinar do dia mais importante das suas vidas.
E os Tunos, acusando-se em círculos “Ele faz, vocês riem-se..."
E o Senhor do Vale, "Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

sábado, 30 de dezembro de 2006

Grandes Frases LIV

"Sobretudo, conservai entre vós um grande amor, porque o amor cobre uma multidão de pecados."
São Pedro, Primeira Epístola 4; 8

O Fabuloso Destino da Vaca Verde

Vaca Verde - Episódio Especial de Férias

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

A Vinicultuna...



...Já tem idade p'ra ter juízo

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XVIII






"Do Período Áureo de saca-rabos enquanto caloiro da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto; em que ele muito cresce humanamente, através do desempenho com sucesso e bravura de sucessivas missões, que não tarefas, que para essas já temos um Técnico de Execução, o Senhor Nogueira, que muito estimamos; em que são descritos os raríssimos ingredientes, há muito esgotados que o caloiro saca-rabos conseguiu disponibilizar ao Tuno Honorário Mineteiro, para que este confeccionasse, um requintadíssimo manjar; onde o caloiro saca-rabos vence, todas à uma, a hipotermia, a hipoxia e as dores de costas, que às vezes até são o pior, confundindo os sábios da Medicina; em que se dá conta de como o caloiro saca-rabos se intrometeu na coreografia de dança do Coral de Biomédicas - e das chatices que isso deu, das pessoas que se zangaram, das que deixaram de se falar, das que diz que disse, e das lágrimas que ser verteram; em que se avalia a altura do Tabuleiro Superior da Ponte de D.Luís, e se cronometra o tempo durante o qual conseguiu o caloiro saca-rabos manter entre aquele e o Senhor Douro, um jacto contínuo de urina de puro vinho, e esta proeza é que foi!;
Onde por fim e por exaustão, que não por preguiça, se omite outros, muitos outros feitos, pois que muitos mais houve!

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XVII


"Em que, uma vez resolvidos os pequenos mal-entendidos, através do nobre jogo da pancada, Tunos e caloiro apertaram as mãos, e se dirigiram a casa da Amadíssima Vaca Verde, onde, após magnífica serenata, mais pelo dedilhar de Juvenal (ah! Grande Juvenal!) na Guitarra Portuguesa, do que pela voz do caloiro saca-rabos que por esta hora ainda cuspia sangue, lhes foi franqueada a porta e servido o Tradicional Esparguete.
Que bom.
Estava quentinho."

Caso Clínico de Outro - Da Convalescença - Epílogo

"Cheguei a casa, e disse à minha mãe e à minha irmã, "Vou dormir. Vocês vão lá espreitar. Se eu estiver a dormir, deixem-me dormir."
Fui para o quarto, e sentei-me na cama. Assim, com as mãos na cabeça, pensar na coisa, a reflectir no que tinha passado.
Depois deitei-me. Deitei-me à larga, de braços estendidos. Vinha habituado às camas do hospital, parecia que estava num navio.
A minha mãe e a minha irmã foram lá espreitar, e dizem que eu estava a dormir.
Dormi seguido. Das onze da noite, às três da tarde do dia seguinte...
... Acordei cheio de fome! Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Caso Clínico de Ouro - Sobre a Doença, Sobre a Cura- X

"Veio o meu cunhado buscar-me, e fomos para o café.
Eu estava lá no café, assim acabrunhado, e... e envergonhado. Envergonhado de estar doente. Porque estar doente... é uma humilhação. É não ter saúde, que é aquilo que a gente mais tem. É sentir a fraqueza da doença.
Eu estava no café envergonhado, a ver as pessoas passar, e quando reparei, já estava ali sentado há hora e meia sem dores. Eu no hospital, tinha de estar sempre a mexer. Sentava-me. Levantava-me. Deitava-me. Não conseguia estar 5 minutos doía-me o corpo todo, doiam as costas. E ali, já estava há hora e meia sem dores.
Virei-me para o meu cunhado e disse... "Olha! Estou Bom!""

Caso Clínico de Ouro - Do Fenómeno -IX

"Na noite antes de ter alta, não conseguia dormir. Acordei com insónias. Tinha muita comichão. Chamei o enfermeiro, ele ligou a luz, olhou para mim assim com uma cara, e disse, "Tem o corpo cheio de pintas vermelhas e brancas. Disse "você está perdido", e foi chamar o médico.
Tinha o corpo cheio de manchas vermelhas. Foi um fenómeno."

Clássico de Natal

1997, Caderno Literário, assim debutava no Univeso Cultural Biomédico este que aqui assina.

"Consoada do Caixeiro Viajante"

Guiava sem qualquer firmeza,
E mal olhava a estrada.
Lembrava a mulher e a filha,
"Rezamos enquanto viajas..."
Mas durou pouco a tristeza,
Cedo findou a saudade,
"É Natal, mas que se quilhe,
Esta noite vou às gajas."


Perdoem-me o auto-elogio, mas digam-me se não é um magnífico exemplar do que deve ser um poema curto com drama, comédia grotesca, reviravolta e final surpreendente.

Contos de Natal por Começar

No primeiro, à Menina de Lisboa, sozinha na véspera de Natal na cidade para onde veio trabalhar, teria sido oferecida uma viagem labiríntica pelas ruas e pelas almas de um Porto que não conhece. Entre História, histórias, vidas e lugares, gente estranha e comum, ela apaixonar-se-ia.
não fosse eu tão burro

No segundo, em vez de Oh!Oh!Oh!, o Pai-Natal, de trenó vazio, regressa a casa seguindo o autocarro, com um lamento Oooooooh!


Ai, que saudades, venha o próximo Natal.

domingo, 24 de dezembro de 2006

Noite Feliz...


... como todas as outras

Aos Tunos da Vinicultuna



Hannöver, Herrenhäuser Gärten, "Grötte" Nikki Saint Phalle

Boas Festas

São os Votos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto.
Por um Natal Minimalista.

Caso Clínico de Ouro - A Salvação - VIII

"Eu nessa altura só comia os chocolates que o homenzinho me tinha dado. Comecei a obrigar-me a comê-los. Era isso, e as frutas que o meu cunhado me trazia todos os dias. Foi com isso que sobrevivi.
O meu cunhado chegou e disse
"Ah! Homem Morto, Homem Resistente!"
Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Caso Clínico de Ouro - O Enviado - VII

"Na primeira cama estava um homenzinho, um velhote que não tinha pernas. Um dia chamou-me. Acenou-me com o braço, e disse "Venha cá!, Venha cá!", muito brusco.
Pediu-me para abrir a gaveta, e para tirar de lá uma caixa de chocolates. "Dê-me um chocolate." Eu dei-lhe, e ele mandou-me tirar um. Eu não queria, mas ele insistiu "Tire um, tire um." Eu nunca tinha reparado no homenzinho. Quer dizer, sabia que ele estava ali, mas nunca tínhamos falado. Mas ele, sabia quem eu era."Você tem de o comer. Tem de o comer."
Abri o chocolate e meti-o à boca, mas aquilo não descia. Tive de dizer "Eu tenho de comer isto". E enfiei os dedos na boca, e empurrei o chocolate para o fundo.
O velhote obrigou-me a ficar com o resto da caixa "Leve o resto. Leve o resto. Você tem de comer."

Caso Clínico de Ouro - Da Fraternidade -VI

"Costumávamos ir lá para um cantito das escadas, no corredor, junto aos vidros, fumar uns cigarritos.
Havia duas raparigas das doenças infecciosas, que saíam todos os dias, não sei como, e voltavam com cigarros. Havia um de Bragança que já estava internado há mais de um ano. Não sei o que é que tinha, mas era coisa séria e tal, e havia outro, do piso de cima, que tinha as pernas inchadas, mas uma mais que outra.
O de Bragança, morreu-lhe o pai. Foi um problema. Os médicos não sabiam como lhe haviam de dizer... Ele no ano anterior já tinha ido a casa por essa altura, por causa da matança do porco, e depois tinha voltado. Então eles deixaram-no ir, ele julgava que era pela mesma coisa. Depois não voltou. Nem sei o que é feito dele... Nem do das pernas inchadas, depois de sair nunca mais o vi. Não sei o que é feito desse povo..."

Caso Clínico de Ouro - Um Raio de Luz - V

"Então um dia lembrei-me do que o meu falecido Pai dizia de quando tinha estado internado; sempre que um doente começava a não comer, isso era um sinal de morte...
Alto lá!"

sábado, 23 de dezembro de 2006

Outro Lamento, se Possível, Mais Triste Ainda

Estava lá fora a ver os golfinhos, quando o vinho beberam.

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Lamento

Estava lá dentro a beber vinho quando os golfinhos passaram.

Grandes Frases LIII

"..."



Afonso (Quando questionado pelo pai sobre o seu estudo)

domingo, 17 de dezembro de 2006

Caso Clínico de Ouro - Da Doença - IV

"Não comia. Estava doente, não comia.
Eu que nunca tive pesadelos, até pesadelos tive! No hospital, na cama alta, tinha medo de cair. Não sei o que sonhava. Via tudo preto. Como alcatrão. Sò me via a mim, e tudo preto. Não me acontecia nada, mas ficava oprimido. Era um pesadelo.
E não comia nada.Eu pesava 76 kilos. Mais ou menos. Cheguei a pesar 43!
O que me valia é que ainda ia comendo umas frutitas. O meu cunhado ia ver-me todos os dias, levava umas frutas. E cigarros.
Uma vez falharam os cigarros, no dia seguinte andei pelo chão, a apanhar varonas...
E não comia nada."

Caso Clínico de Ouro - Do Lento Despertar - III

"É curioso, que há pessoas que têm muito pêlo nas costas, e quase nenhuma barba. Mas eu tenho bigode quase até aos olhos Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!
Então uma vez, depois de acordar, sentei-me na cama, peguei na gilette, e comecei a desfazer a barba.
Depois pus-me a olhar para o espelho, a passar a mão no rosto... e disse
"Ó menino! Estás magrinho!"... Eu por baixo desta barba, tenho cara de menino... E tinha perdido mais de trinta kilos. "Ó menino estás muito magrinho..."

Fábula

"Um Belo Presente de Natal", pensexclamei, ao descobrir o título no alinhamento da prateleira. Muito bonita a edição da Prefácio, com motivos de tipografia, a preto na capa branca, e a escoltar o início de cada capítulo.
"Um belo presente de Natal... para quem?", continuei comigo, folheando a obra.
Já com a resposta em mente, deixei a aleatoriedade da pesquisa, e abri as páginas do índice, "Vamos lá ver quantas fábulas foram dedicadas a temas do Nosso Bom Vinho."
Com muita satisfação, vi confirmada a predição, ali estavam "A aranha e a uva", "O aldeão e a videira", "A parreira e a velha árvore", "O salgueiro e a videira", mas sobretudo, a acabar, a extraordinária fábula que aqui deixo:

O Bêbado e o Vinho

"Um camponês, numa tarde em que tinha bebido mais do que a conta, disse à mulher:
- Traz-me outra garrafa.
- É a última- respondeu a mulher, dando-lhe a garrafa - .Se a bebes não sobra nenhuma.
- Óptimo - exclamou o camponês -. Quero esgotar todo o vinho que haja cá em casa, quero acabar com ele. E, cheio de raiva, bebeu um copo atrás de outro, até esgotar a garrafa.
Ofendido, o vinho decidiu vingar-se do seu bebedor.
Quando o camponês saiu para apanhar um pouco de ar e acalmar o ardor que sentia no corpo, o vinho fê-lo trocar as pernas, atirando-o de cabeça para a mais suja das estrumeiras."

Fábulas,
Leonardo da Vinci

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XVI


Da Tolada do Magister .

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XV


Durante o qual a Donzela Vaca Verde se volta para se despedir com olhos lânguidos de vaca do caloiro saca-rabos, assistindo à execução das tesouradas e unhadas que lhe cabiam; apercebendo-se o caloiro saca-rabos da testemunha inesperada da sua humilhação, sente-se na obrigação de se elevar perante os olhos grandes, tristes, húmidos de vaca da sua Senhorinha, pelo que, apelando ao vetusto Código de Praxe, reclama, uma vez aplicada a pena, o direito de "jogar a pancada" com os seus verdugos; sucedem-se as sucessivas recusas em "jogar a pancada", por parte do Tuno Fundador, o Velho Cinderella, com o pretexto válido de ser Mestre de Artes Marciais, e Veterinário, não podendo jogar a pancada com animais; do Tuno Honorário Mineteiro, alegando a contra-indicação total para o jogo da pancada que é o porte de óculos; e do Senhor do Vale, a pretexto de ter de ir para a paragem, para não perder o autocarro das 5 da manhã; no qual se perfilam perante o caloiro saca-rabos, e são sucessivamente derrubados através do "jogo da pancada", os Tunos Água Benta, Inca, Grande Morsa e Fodido, sendo que ao Tuno Grande Morsa coube a pior parte, já que, antes de ser derrubado, viu-se por dentes afiados, atacado nas partes baixas, a que os homens rudes chamam colhões, e os de dizeres refinados quilhões;
por momentos temer-se-á o pior, valendo para sossegar os aflitos, a justificação por parte do Tuno Grande Morsa de ser o triângulo preto visível entre suas coxas, a parte anterior de umas cuecas muito sujas, e não um buraco fundo; em que exclamando "...Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuf! Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!" entre o local da refrega, e a paragem de autocarro, o Senhor do Vale conclui a récita de um poema épico .

Valerá a Grande Morsa que ninguém se lembrará de fazer a observação, de que, a não ser o triângulo preto que separara as suas coxas um buraco negro, como é possível que dali saia a cabeça do Tuno Fodido?

sábado, 16 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XIV


No qual, após a saída da Senhora Donzela, se confronta o caloiro saca-rabos com a indelicadeza cometida por este, apresentando-se acompanhado em jantar de Tuna sem aviso prévio, e pelo total alheamento durante todo o jantar, privando os Tunos da sua companhia.
Como é habitual nestas graves infracções, à reprimenda segue-se a aplicação do inevitável e pedagógico castigo.
"Isto custa mais a nós do que a ti!", diz com algum pesar o Sábio Tuno Inca.

Caso Clínico de Ouro - da alienação parcial dos estados de desorientação transitórios - II

"Levaram-me para o Hospital de São João, e internaram-me numa enfermaria.
Sò que não havia camas na enfermaria de homens, tiveram de me levar para a enfermaria de Doenças Infecciosas de mulheres. Eu estava numa sala sozinho, numa espécie de corredor de passagem. Tinha uma enfermaria de mulheres para um lado, outra enfermaria de mulheres para o outro. Mas naquele quarto do corredor só estava eu.
Eu nos primeiros dias só dizia:
"Tenho fome! Tenho fome! Tenho fome!"
E do outro lado uma mulherzinha respondia.
Não sei o que é que ela dizia, só sei que era ela de um lado e eu do outro, Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! "Tenho fome! Tenho fome! Tenho fome!" Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

A la Table avec la Tune, le Ménu à Le Minétiére a la minute - I

parce que nous sommes un group académique, et la céne des groups académiques, elle doit commencer par le fin, nous irons commencer cette rubrique avec une Déssert

Banane aux Compote de Cérise

Ingredientes:
- une banane descasquée par notre Singe de Cuisine;
- deux, trois, quatre, cinque, je ne sai pas, depend du tamanho da banane, couilléres de compote de cérise (moi-même, je use la Compota de Cérise des "Compotas Tradicionais de Lamego", parce qu'elle a des piéces de Cérises intiéres a son coeur);
et deux, trois, quatre, cinque, je ne sai pas, depend du tamanho da banane,
de les cérises intiéres qu'y on été mergulhé ao coeur de la compote

La importance de la dégustation d'un bon plat, passe tant par la forme comme il doit être cozinhé, presentée, mais também mangée.
Dans le case de cette déssert ça y est FUN-DÁ-MEN-TEL
La joie de manger ce déssert passe pour l'art de la mangée. Le plaisir ser proportionel a la dificulté de la manger.

Le Garçon, doit placer la Banane Descasquée dans deux doits (Le Polegar, et l'indicateur) du Gourmet.
Le Gourmet doit ségurer la Banane son extrémité inférieur (la extrémité qui a la parte noirette et dur)
Le Garçon placera des Cérises Intiéres aux long de la Banane.
Depuis, le Garçon servira la Compote. Il doit laisser la compote, en un fio trés fino, aux long de la Banane, pour molhar tout sont comprimento.
Ici, sera temp pour le Gourmet demontré son agilité. Il doit manger la Banane avec Compote de Cérise avec grandes trincadelles, et il doit éviter que les pingos de la compote tombent dans la table.
Comme le faire?
Il doit d'utiliser les doits de l'autre main.
Quand un pingo de compota va a tomber, le doit de l´autre main servira comme une séconde banane qui va apanher la Compota.
Le Gourmet doit soucer le doit pour dégouter la Compota.
Mais... et quand la Compote qui a tombé de la Banane pour le Doit de âutre main, va tombé une autre fois pour la table?
Mais... Ça c'est l'objectif!!!
Le Gourmet doit utiliser la Banane pour éviter ça!
Le Superbe-Gourmet est le que est habile pour passer le même Pingo de Compota entre la Banane de son Main Doite, et les doits de son Main Gâuche mille fois, enquanto mange le resto de la Banane.



Hmmmmmm!... Que delícia!
Mnhã, Mnhã!
Slurrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrp!
Buuuuuuuuuuuurp!
Soube a pouco.
E a toalha ficou limpa!

Caso Clínico de Ouro - De um Encontro Prometedor ao Diagnóstico - I

De costas para o Piolho, alguns metros afastado da porta. Rosto avermelhado a sobressair da barba, do chapéu e do sobretudo. Está frio. Abre os braços e o sorriso:
"Que saudades!"
Já não nos víamos há mais de um mês.
"Vamos beber um copo?Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Uma das melhores viagens do mundo faz-se à noite entre o Piolho e o Aviz. A passo lento, muitas vezes interrompido para dar conta dos pormenores.
Desta vez fizemos uma variação, pela Travessa de Cedofeita, um snack-bar árabe que não conhecia. Foi-me apresentado, bem como a donzela. Depois José Falcão, até ao início da Rua da Fábrica (que ali se chama de Santa Teresa, corrigiria o TóZé), onde se reavivou a memória.
"Lembra-se do outro dia, da pancadaria? Não voltaram a aparecer, mas se voltassem, até podia vir um grupo, não havia problema. Eu dantes tinha uma supremacia... E mesmo agora, se não me tivesse dado a meningite..."
"..."
"Foi em 1993, por esta altura. Tinha feito anos no dia 20, e três ou quatro dias depois, deu-me a meningite."

Ontem Foi Um Dia de Sorte - XXI

Depois de ter saído tarde do jantar-oficioso-de parte-do-serviço, na Adega dos Caquinhos, onde, por distracção acabei por beber a garrafinha de verde tinto, e ido para casa preparar o caso clínico para a reunião de serviço, acabei por ser elogiado no fim da apresentação.
Estou orgulhosíssimo.

Ontem foi um dia de azar

Passei o dia todo rameloso e com os olhos vermelhos. Espero que não tenha nada a ver com o macaquito que há um mês me trepou para o colo, e eu, antes de me lembrar que era uma coisa muito estúpida porque há macacos que passam micróbios para a gente, lhe enfiei o dedo mindinho na boca, e deixei que me mordesse.
É que eu já sou míope, e não quero ficar cego.

Os Nossos Outros Valores - XXV

"A Vinicultuna rege-se pelos códigos da Cavalaria Errante."

"Os Tunos da Vinicultuna sabem apertar os cordões na forma de Nome de Donzela."

"O s elementos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que não sabem tocar guitarra foram proibidos pela Senhora Dona Amália, de continuar a ficar atrás delas a fazer coreografias patéticas quando ela aparece ao serão na Tasca do Araújo. Agora sentam-se na primeira a patear e pigarrear."

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

Notícia Agradável entre Riso de Histeria Contida, e Sininhos de Felicidade

HiHiHiHiHiHiHi!
Indagando por ti
ouvi
que indagavas por mim.
Sim!Oh! Sim!
Timdrlimdrlimtimtim!

domingo, 10 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XIII


Em que, num acto repetido ao longo dos séculos por quase todos os caloiros de Tuna, o caloiro saca-rabos se apresenta em jantar de confraternização da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, em companhia de sua amada, que, lamentavelmente, não apresenta aos Senhores Seus Tunos, de quem se alheará durante toda a refeição, só tendo olhinhos para ela.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XII


No qual, num gesto que para o comum mortal será incompreensível, a Vinicultuna abre os seus compridíssimos braços, para receber a prodigalidade de saca-rabos, e fecha os seus comprídissimos braços para abraçar a prodigalidade de saca-rabos, e a isto se chamará "Perdão"; e como a Vinicultuna é grande, Grande, Muito Grande, Enorme (além de Biomédicas-Tinto), ao caloiro saca-rabos será oferecida a Serenata.

Muito bonito o pormenor da lágrima que do olho esquerdo da donzela, cai no focinho de saca-rabos.
Esperemos que não lhe entre à-uma na narina e estrague o olfacto, nem provoque pneumonia ou pior. Ou pior.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XI


No qual reaparece, Tão Triste, Quase a Chorar, o caloiro-saca-rabos, e em que, durante a execução da sentença devido às repetidas faltas injustificadas aos encontros e aprontamentos da Vinicultuna, se descobrem as razões do reaparecimento, e disso se faz gozo e troça, no que finalmente as lágrimas rolam. E caem.
E o TóZé, na qualidade de Senhor Nogueira, Informador da Vinicultuna, conta à gente os detalhes daquela tristeza, antes apurados quando o Senhor Nogueira, na qualidade de TóZé, Confidente e Amigo dos Tunos da Vinicultuna, escutara o caloiro-saca-rabos.

quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

Em cerimónia oficial realizada na passada madrugada, na sagrada Fonte dos Leões, foram declarados abertos os festejos comemorativos do 10º aniversário da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto. Entre outros actos simbólicos, a população do Porto pôde assistir, maravilhada, a faustas exibições de dança e música, a provas atléticas de nivel inegualável e ao arremesso de um Sofá-Cama.
Os jogos estão abertos!

quarta-feira, 6 de dezembro de 2006

Os Nossos Outros Valores - XXIV

"Às vezes, a Vinicultuna reune-se para combinar coisas."

"Os Guitarristas da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, continuam a acompanhar a Senhora Dona Amália, sempre que ela aparece nos serões da Taberna do Araújo"

Vem Aí...

O Melhor Caso Clínico de Sempre:

A Meningite do Senhor do Vale

Relatada com palavras do próprio

Em capítulos para coleccionar

domingo, 3 de dezembro de 2006

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - X


No qual o TóZé, na qualidade de Senhor Nogueira, Informador da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, explica os motivos da ausência do caloiro saca-rabos ao ensaio, para grande desapontamento dos Tunos que, semana após semana, apesar dos exames, dos pesados calhamaços deixados abertos em cima das camas, do adiamento dos encontros com múltiplas inúmeras donzelas, e das coisas combinadas, marcam sistematicamente presença no aprumo vocal e instrumental da Vinicultuna.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - IX


No qual pela primeira vez aparece o Senhor Nogueira, na qualidade de "Tó-Zé, Confindente dos Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto", e no qual o Caloiro Saca-Rabos partilha os seus tropeços e avanços, na conquista daquela que ama.

quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Do Pinheiro

Do encontro com a donzela
“-Já vais? Mas ainda não cambaleias.”
“Eu nunca cambaleio. Só bebo água.”
”E desde quando é que a água impede alguém de cambalear?”

Do copo com um cavalheiro:
“Sozinho?”
“Não. Vou encontrando companhia... Como se demonstra.”

Do Feliz encontro com meudeusquepelepérolacetimsedaporcelanarosaalvobrilhoéaluasópo-deseraluaesorriaefoielaquemfmeviuequemfalouprimeiro:
“-BoaNooite!”, E riu, frescocristalinoalegreeinocentegenuínodivertidoseráqueficoumesmocon-tentepormeencontrar
“-Boa-Noite, Senhora, senhoras” – pois que outras havia mas nãos as via - “para onde ides?”
“-Vamos sem destino.”
“-Pois então aí 'inda esta noite nos encontraremos”, e por essa certeza, sem remorsos me afastei.

Do sítio que vocês sabem:
“- Olá, Meninooooo!!!!!
Como estás?!!!
Vens beber uma garrafinha?”

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

Informações do Ártico

Alheios a toda a polémica que recentemente envolveu a Vaca Verde, os Pinguins do Polo Norte continuam a fazer aquilo que melhor sabem... cantar. Inspirados pela Vinicultuna, em particular, e pelo seu membro Arnaldo Duran, em geral, decidiram fazer uma versão do conhecido clássico de sempre My Way. A Vinicultuna agradece, e promete cantar a "novel version" num dos seus futuros shows. Esta é a performance, notável a todos os niveis, e aqui fica a letra, para os ouvidos menos habituados ao Castelhano do Polo Norte:

"Yo se, se termino nuestro amor divino.
A mis amigos les declare, les dire, que estoy seguro
Que es un hombre sin nada mas,
Si no un senor con lagrimas.
Debe decir, debe gritar, debe sentir en la verdad!
Luche y gane, sobrevivi
Y lo hise MYYYYY WAYYYYY!!!"

terça-feira, 28 de novembro de 2006

Da Estrada

Ao avistá-los levantou-se da berma, sacudiu o cu do capote e acenou-lhes.
Ao verem os seus sinais, fizeram parar as bestas, e o que as conduzia perguntou-lhe
"Para onde vais?"
Dos buracos da lona que descobria a carroça sairam dezenas de cabeças que escutaram.
"Para além", disse apontando o horizonte. "E depois para lá de além", disse, apontando os montes, ou as cidades, ou os oceanos que não se viam por terem o horizonte à frente.
"Já temos o carro cheio, e os animais estão cansados. Dominarás porventura os sons de algum instrumento musical?"
"Se não considerardes o som que as pedras que meus pés jogam, fazem ao rolar na terra, ao poisar na erva, ao desaparecer nas poças, terei de responder não.", disse tornando a sentar-se. "E a minha voz rivaliza com a das ovelhas", acrescentou cruzando as pernas, já depois de passar as mãos pelo solo, e pelo cu do capote.
"Óptimo, sobe e escolhe um instrumento. Precisamos de um solista para o novo original que prometemos apresentar na próxima paragem. Entra depressa pois terás de nos ajudar. Desde o fim da noite estamos com imensa dificuldade, falta de criatividade, dores de cabeça, fotofobia, mal-estar gástrico, alguma pirose, um de nós com palpitações, outro com cagamalcheira, para o compor."

Porque a Idade Não Justifica a Calúnia;

Porque a Vinicultuna de Biomédicas-Tinto ~jamais ficará com aquilo que não lhe pertence;
o Senhor Gepeto não mais será Bem-Vindo na nossa mesa.

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

Caso Clínico de Sonho

Peço desculpas por os estar a incomodar a desoras, mas tenho lá em baixo o nosso primeiro Caso Clínico de Sonho - depois do desvanecido em não confirmação caso do Abstinente Alcoólico Centenário.

Anão. Anão de Circo. Do Circo Itinerante que agora visita Guimarães. Com um Irmão Gémeo que o trouxe e está na Sala de Espera. O Circo Itinerante que agora visita Guimarães tem uma dupla de Anões de Circo Gémeos.
Coma Alcoólico após ingestão de cerca de 600 g de alcool, traduzidas em duas garrafas de Whisky.
Está deitado em decúbito dorsal, com os braços erguidos na posição de Dança de Baile, sinal patognomónico de Homem que Sabe Agradar a Senhora.
Glasgow 10 (olhos abertos a estímulos dolorosos, resposta verbal imperceptível e de certeza inapropriada, localiza a dor).


Aproveitando este Caso Clínico de Sonho num artistas de Circo, aproveito para recordar a importância de uma anamnese bem colhida, que deve sempre incluir a profissão do doente. Neste caso temos um Anão de Circo com Irmão Gémeo, com um Glasgow 10, que na realidade corresponde a 12,5, depois de ponderada a média com o seu semelhante que, de Olhos Abertos, Orientado, e executando indicações, aguarda na Sala de Espera. Porque como toda a gente sabe, e ainda que não pareça, os Irmãos Gémeos, sentem/sofrem sempre o mesmo, e na doença vão buscar forças à saúde do outro, ainda que o mar os separe. Sobretudo se forem anões.
Menos importância ainda teria a mesma escala de Glasgow, se a nós tivesse chegado, no mesmo estado o Faquir do mesmo Circo. Homem habituado a tolerar a dor e a, através da concentração alhear-se do mundo que o rodeia, a mesma pontuação, ou até mesmo um 3 na Escala de Coma de Glasgow, corresponderia a um 15 numa pessoa, e em grande erro acometeria, aquele médico imprevidente, que por não perder tempo a conhecer aquele ser humano/pessoa que tinha pela frente, o julgasse em elevado perigo de vida.

Mário Cezariny de Vasconcelos (1923-2006)

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco

domingo, 26 de novembro de 2006

Os Nossos Outros Valores - XXIII

"A Vinicultuna apossou-se da Careca de Pierluigi Collina, utilizando-a não apenas na construção do seu Golem, mas também na decoração da cabeça dos seus caloiros."

"A Vinicultuna tem imenso respeito pela Ciência e Conhecimento do Rabi Loew, mas sendo o tempo tão curto, e a Torah tão comprida, o Golem da Vinicultuna não será animado pela Palavra, mas pelo talhar Ferramentas de Gepeto."

NOTA - o Departamento Logístico da Vinicultuna, na dependência das competências do Técnico de Executor de Tarefas, o Senhor Nogueira, acrescenta, a título informativo, que a Caixa de Ferramentas de Gepeto não se encontra listada no Inventário da Propriedade da Vinicultuna.
Ao contrário do Olho de Camões, do Punho de Miguel de Cervantes, da Perna de Long John Silver, da Orelha de Van Gogh e dos Ouvidos de Beethoven, a Caixa de Ferramentas de Gepeto não foi adquirida, mas, como qualquer Caixa de Ferramentas, pedida emprestada.
Não é nossa. Se ainda não foi devolvida, é porque ainda é necessária.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - VIII


Em que se demonstra a Incomensurável Bondade da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, que após perdoar a ofensa do seu novel caloiro, lhe oferece a Primeira Serenata.
"Vocês não estão bem a ver!!!", ri-se o Tuno Xiclete, enquanto esfrega as mãos, "Isto vai ser uma Noite que só vai acabar lá para as 5 da tarde!", continua, em jeito de segredo.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - VII


No qual através Baptismo, Saca-Rabos obtém o relevo das suas faltas.

"Bem-Vindo à Academia, caloiro Saca-Rabos!"

sábado, 25 de novembro de 2006

Vaca Verde - A História Nunca Contada (Preâmbulo)

O blogue das nossas candidatas a inimigas teve, recentemente, o desplante de revelar ao grande público as verdadeiras origens da Vaca Verde, deitando por terra todas as manobras em que este vosso escriba e o seu bando se tornaram peritos para lançar a confusão sobre o seu passado. A Vaca Verde entrou numa depressão profunda que lhe levou mesmo a equacionar a sua participação no ENEM deste ano, o cessar dos seus esforços no sentido de levar os Pinguins do Polo Norte e o Canguru Perneta a assinar o armistício, e até a uma súbita vontade de beber águas Vidago Maracujá até á indigestão.
No entanto, após uma apurada reflexão na companhia dos que mais estima (A Galinha Ana do Palácio de Cristal, o Teletuby Preto e a Vinicultuna de Biomédicas-Tinto), a Vaca Verde decidiu, por fim, assumir inteiramente toda a sua história, tal como ela é, e mais pediu que esta fosse publicada neste nosso/vosso blogue.
Como comentário final, esperamos que nada disto possa por em causa a grandeza de tal personagem, e que as Bio-Bacas se retratem publicamente pelo mal que fizeram, e que quase levava á destruição da Vaca Verde, da Humanidade, do Universo Tal-Qual-O-Conhecemos e do stock de águas-Vidago-fora-da-validade que a UNICER orgulhosamente preserva, para todos os vindouros.
Terminamos, felizes, com o poema:
-
"Cor de Verde, é a Vaca... É a Vaca, Cor de Verde." - Cesário

Vaca Verde - A História Nunca Contada - Parte Primeira

Vaca Verde - A História Nunca Contada - Parte Segunda

Vaca Verde - A História Nunca Contada - Parte Terceira

Vaca Verde - A História Nunca Contada - Parte Quarta

Vaca Verde - A História Nunca Contada - Parte Quinta

Vaca Verde - A História Nunca Contada - Parte Sexta

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

A la Table avec la Tune, le Ménu à Le Minétiére a la minute

Porque naquela noite no Teatro Sá da Bandeira, realizei uma Fantasia - não, não é essa em que nos sujávamos todos, essa ainda virá; falo da outra, quando a tela estava recolhida e nós é que estávamos em palco, e eu grelhei uns filetes de salmão temperados com laranja e Vinho Tinto~e servi que servi numas tostas com queijo Brie, e Pimenta;

Porque a Culinária também é uma Arte;

Porque a Boa Música soa melhor numa Boa Mesa;

Porque o Liça engordou trinta quilos num ano;

e o Sérgio teve de rapar o tacho na República Ò-Ay-Ò-Linda;

Passo a assinar a Nova Rubrica, onde apresentarei os segredos da minha Cozinha.


Hmmmmmm!... Que delícia!
Mnhã, Mnhã!
Slurrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrp!
Buuuuuuuuuuuurp!
Soube a pouco.

domingo, 19 de novembro de 2006

Porque, embora honrado, motivado e estimulado pelo convite, não posso aceitar ser Inimigo das Biobacas

Porque estamos a ir depressa de mais.
Porque tenho receio que ao passarmos a ser inimigos, isso possa estragar a nossa amizade.
Porque acho que precisamos de dar um tempo.
Porque, embora elas tenham tudo o que eu quero, não sei se é mesmo isso que eu quero.
Porque acabo sempre por magoar as pessoas.
Porque estou muito confuso, e não quero confundir as coisas.
Porque não as mereço.
Porque pretendendo-se que o cargo de Inimigo seja um cargo oficial, o convite deve ser endereçado ao Departamento de Relações Públicas da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, organismo na dependência do Técnico Executor de Tarefas, o Senhor Nogueira, que o analisará e submeterá às mais elevadas estruturas da Vinicultuna.

Lamento

O Santo Dia de São Martinho não foi devidamente assinalado neste espaço este ano.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - VI


No qual o caloiro saca-rabos-viegas-caralho é repreendido pela desalinhada indumentária e comportamento associal apresentados durante o seu Primeiro Jantar de Tuna. Uma Vergonha! Entretanto lá fora, o Magister Piça Quadrada, enquanto aperta o colete e aconchega a barriga empinando-a um bocadinho para a frente, pergunta ao Tuno Honorário Mineteiro, "Então que te pareceu?". "Gostei, foi muito divertido."

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - V


Em que após sugerir umas águas para a indisposição, Cinderella propõe que se sirva o café, e se dá por encerado o relato do Primeiro Jantar de Tuna do caloiro saca-rabos-viegas-caralho.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - IV


Em que se prossegue o relato do primeiro Jantar de Tuna do caloiro saca-rabos-viegas-caralho

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - III


Do primeiro Jantar de Tuna, do caloiro saca-rabos-viegas-caralho.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - II


Em que Saca-Rabos é apresentado a Cinderella, Tuno Fundador e Velho da Vinicultuna de Biomédicas Tinto, e reduzido à sua insignificância, não sem que antes tenha sido enxovalhado, com uma brincadeira clássica, a da troca de nome, e foi assim:
- És o Viegas?, pergunta Cinderella, de mão estendida
-Saca-Rabos.
-Muito prazer, Viegas!, confirma Cinderella com um afável aperto de mão
- Saca-Rabos!, corrige, educadamente, o recém-chegado
-Pois, Viegas... Vem comigo, Viegas.
...e então Saca-Rabos Viegas assume a posição natural e acompanha Cinderella ao longo da rua-abaixo.

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - I


De como Saca-Rabos abordou a Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, e requeriu ser um dos seus.

sábado, 18 de novembro de 2006

VOoooooooooooooouuuuuuuuuuu....

Os Leões Marinhos das Galápagos saúdam a Vinicultuna (de Biomédicas - Tinto, insistem em completar)

Das Galápagos, com Amor

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Iremos ver na Vinicultuna, aliás Aqui, neste ponto de referência da Cultura Académica...

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono Ratuneiro, para ser mais engraçado."

Os Nossos Outros Valores - XXII

"A Vinicultuna faz pouco de si."

NOTA - Outro dos Nossos Outros Valores cujo verdadeiro sentido se perdeu na estrada do tempo. Os investigadores que se debruçaram sobre o objectivo deste Outro Valor nunca concluiram se este se destinava à auto-crítica se ao gozo e troça do Próximo.
Os Herdeiros desses Senhores Primeiros Tunos, não contribuem para esclarecer a dúvida, uma vez que quando inquiridos, repetem o Outro Valor até à exaustão "A Vinicultuna faz pouco de si."E ante a insistência. "A Vinicultuna faz pouco de si." E se a pergunta é repetida, "A Vinicultuna faz pouco de si.", criando no investigador a sensação de que se referem à sua pessoa-séria-credível.
Mas o bom observador, estuda a Tuna no seu habitat, e aí as dúvidas renascem... e levam à reformulação da pergunta "Afinal de quem estão a fazer pouco?"... desencadeando o mecanismo que desperta um terrível ciclo interminável.
"A Vinicultuna faz pouco de si."

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

E por Falar em Barril,...

... mas agora cheio, de Vinho do Porto, em Casco de Carvalho,
ainda tenho de pagar ao Tuno Inca os 20 euros da prenda de Casamento do Velho.

Eu não sou caloteiro.

E por falar de Baú, no Barril Vazio ponho, - III

O Esqueleto do Leão do Palácio que desapareceu do Salão Nobre do ICBAS, e, lembrei-me agora, estava esquecido no fundo do Baú de lá de casa!

Do Fim da Noite IX

Esqueci-me de ti,
Como se esquece um objecto precioso
No fundo de um baú.

Às 3 de 10

Ainda quero ver na Vinicultuna...

1- Um tuno não humano.
2- A candidatura ao festival eurovisão da canção com a cantiga "Olá copo".
3- Um caloiro Polaco.
4- Uma actuação traduzida em linguagem gestual.
5- Um clube de Ódio.
6- Um veículo ao nosso total dispor com respectivo motorista.
7- Um baixo acústico.
8- Uma noite de Poesia.
9- Menos de 10 donzelas enamoradas.
10- Um ensaiador de voz.


Talvez não saibam mas a Vinicultuna...

1- Teve ensaiador de voz.
2- Em tempos denominou-se "Tonicha e os carpinteiros de José".
3- Já Fez uma digressão à Austrália.
4- Partiu o baixo em palco.
5- Costumava frequentar o Zé Bota...
6- ...e até gostava.
7- Sabe o que é uma pausa de semínima.
8- Nasceu p'ra musica.
9- Tem uma Mãe.
10- É amena e de brandos costumes.


E aquela vez que a Vinicultuna...

1- Atravessou o Douro num contentor de lixo.
2- Descobriu o cerne da questão.
3- Subiu ao palco no casamento.
4- Teve a quarta voz.
5- Levantou voo.
6- Passou uma noite a seco.
7- Cantou o fado.
8- Declarou o Araújo como habitat natural.
9- Encontrou um rato morto na rua...
10- ...mas não o comeu!

Diálogos históricos entre Tunos e Caloiros II

"E assim vêdes, meu Irmão, que as verdades que vos foram dadas no Grau de Neófito, e aquelas que vos foram dadas no Grau de Adepto Menor, são, ainda que opostas, a mesma verdade. "

(Do Ritual Do Grau De Mestre Do Átrio Na Ordem Templária De Portugal)

domingo, 12 de novembro de 2006

Há dias propunha...



...a integração Animais Amestrados para fazer patifarias.
Pois aqui está quem me deu esta ideia.
Encontrava-se a roubar uns redondíssimos ovos de codorniz.
É extraordinário.
Ainda ninguém me soube dizer o nome disto. E já falei com Veterinários.
O mais próximo que estive de uma classificação foi a de Saca-Rabos. Mas eu tenho para mim que isto é que é um Gambozino.

Durante o dia bailará entre as nossas pernas e os nossos ombros, ondulando a cauda ao ritmo dos nossos acordes, e as donzelas subirão ao palco para lhe tentar mexer.
À noite, com uma capa negra aos ombros e uma mascarilha no rosto, para ninguém o conhecer, praticará os mais assombrosos roubos do Novo Século.
"Dêm as boas-vindas ao Tuno Ratoneiro!", anunciar-se-á.

sábado, 11 de novembro de 2006

"Del buen suceso que el valeroso don Quijote tuvo en la espantable aventura de los molinos de viento" / Diálogos históricos entre Tunos e Caloiros I

- Mire vuestra merced -respondió Sancho- que aquellos que allí se parecen no son gigantes, sino molinos de viento, y lo que en ellos parecen brazos son las aspas, que, volteadas del viento, hacen andar la piedra del molino.

- Bien parece - respondió don Quijote - que no estás cursado en esto de las aventuras: ellos son gigantes; y si tienes miedo, quítate de ahí, y ponte en oración en el espacio que yo voy a entrar con ellos en fiera y desigual batalla.

Y diciendo esto, dio de espuelas a su caballo Rocinante, sin atender a las voces que su escudero Sancho le daba, advirtiéndole que, sin duda alguna, eran molinos de viento, y no gigantes, aquéllos que iba a acometer. Pero él iba tan puesto en que eran gigantes, que ni oía las voces de su escudero Sancho, ni echaba de ver, aunque estaba ya bien cerca, lo que eran; antes iba diciendo en voces altas:

- Non fuyades, cobardes y viles criaturas; que un solo caballero es el que os acomete!

in "Don Quijote de la Mancha", Primeira parte, capítulo VIII, Don Miguel de Cervantes

sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Do Vinho e da Empatia entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde - XIII

"E levanta-se muitas vezes à noite para ir ao quarto de banho?"
"Não levanto. Não levanto porque não bebo. Os Funcionários do Sistema NAcional de Saúde já me disseram que o meu problema é nos rins e que tenho de beber muita água. Mas como é que eu hei de beber, se não tenho sede?
Eu nem Vinho bebo!..."

Os Nossos Outros Valores - XXI

"A Vinicultuna não é Santa, mas Pia."

"A Vinicultuna é Pia, mas não é Bidé."

"A Vinicultuna Pia e Canta."

Ó Maria dá o Pito, ò Maria, dá-o cá!

Os Nossos Outros Valores - XX

"A Vinicultuna actua nas Sombras de modo brilhante."

sábado, 4 de novembro de 2006

Grandes Frases - LII

"Gosto de Ti, como o Macaco gosta de Banana."

José Cid, com Amor

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Caso Clínico

Sendo o único passageiro do "Flamingo" que näo sofre de enjoo marítimo, a dita "sea-sickness", e näo tendo tido necessidade de recorrer a anti-eméticos, fui também o único que se viu acometido por um terrível mal-estar gástrico com terrível repercussäo a nível da peristalse.

Continuo a Sonhar com a Tuna, e acho que ainda posso ver concretizado - III

O Gigantesco e Estrondoso Espectáculo "Queda Abaixo do Chäo".

Um Tuno ordenado.
E tenho um Plano Diabólico que o fará sentar-se mais tarde no Trono de S.Pedro.
E o Vaticano há de tomar parte numa fase final de um Campeonato do Mundo.

Uma ideia fantástica que de täo fantástica näo posso ainda revelar, mas que, uma vez de regresso à Pátria, juro contar-vos em Secreto Conselho de Tuna, e nos fará dar as mäos e chorar de contentamento.
E tenciono já ter por essa ocasiäo preparado o Dossier!

Uma Solução* (*para todos estes problemas e outros)

A Vinicultuna de Biomédicas-Tinto:

  • capaz de deter o andamento do mundo
  • capaz de inverter a ordem das estações
  • capaz de tornar o mundo um lugar mais sólido, mais acolhedor e mais feliz

A grande potenciadora da vontade humana! (agora em tabletes)

Um Lamento

A afinidade nasce da escolha e nunca se corta esse cordão umbilical, e a menos que a escolha seja reafirmada diariamente e novas acções continuem a ser empreendidas para a confirmar, a afinidade vai definhando, murchando e deteriorando-se até se desintegrar. A intenção de manter a afinidade viva e saudável prevê uma luta diária e uma vigilância sem descanso. Para nós, os habitantes deste líquido mundo moderno que detesta tudo o que é sólido e durável, tudo que não se ajusta ao uso instantâneo nem permite que se ponha fim ao esforço, tal perspectiva supera toda a capacidade e vontade de negociação.
----(atenção, perigo, plágio)

quinta-feira, 2 de novembro de 2006

Um Poema

O Amor é como a Primavera
Não dura mais de três meses

"um caloiro de tuna"

quarta-feira, 1 de novembro de 2006

Dèjà Vu

"Que es eso?"
"Una Tortuga Negra"
"Esta muerta?"
"No! Està presa en los troncos del arbol. Quita-la"
"Para que?"
"Quita-la con el remo."
"Esta muerta!"
"Esta viva. Que si mueve, pero no consiegue salir"
"Esta muerta!"
"Esta viva."
O descrente atira àgua para cima da carapaça
"Se mueve"
"No"
O crente debruça-se e levanta as ramagens com as pròprias mäos. A tartaruga està livre, e em liberdade.
Parecia mesmo aquela tarde com o Toze e o Senhor do Vale e a gaivota morta no lago da Cordoaria.

Antes de Morrer, ainda Quero Ver na Vinicultuna - II

- A apresentaçäo do Grande Espectàculo "Vinicultuna Biomèdicas Circo"

- Animais Amestrados para fazer patifarias (hoje vi um animal muito engraçado, com um focinho comprido, e uma cauda espessa às listas vermelhas e cor de laranja, que subiu a uma prateleira e abriu uma caixa cheia de ovos de codornizes, e acho que nos daria um jeitäo)

- Dois xilofones - e passo a explicar porquê dois - acho que se sò tivermos um xilofone nunca chegaremos a um concerto com as peças todas, e depois as pessoas väo dizer que tocamos mal; no entanto com dois, poderemos sempre ir ao segundo buscar as peças sobresselentes, ou entäo os dois xilofonistas tocam coordenados, e entäo as pessoas jà väo dizer que tocamos bem.
Eu gosto muito da sonoridade do xilofone.
Claro que se conseguissemos arranjar o cidadäo Tailandês especializado em encontrar objectos perdidos, jà sò precisàvamos de comprar um xilofone.

sábado, 21 de outubro de 2006

"O Pito da Maria" ganha votação na Grande Gala do 3º Ano

(se quiser votar ainda pode!)

Grandes Frases LI

sobre o timing cada vez mais apurado da Vinicultuna, surge:

"A Vinicultuna é como eu com as gajas. Só sou bom nos primeiros cinco minutos."
Aqua Bentis

Grandes Frases L

Vendo o mundo a desabar e a luz ao fundo da porta das Biomédicas... sugerindo como origem o Piolho, enquanto uma mesa cheia acepipes mediterrâneos se esvaziava, assim como a biblioteca de química, e o tuno fodido criava as suas próprias expressões faciais que significavam... "não volto a dizer, mas quero mesmo ir embora daqui..", surge:

"Pega num copito, e anda comigo"
Pissae Cubis

Foram abertas as garrafas de Porto escondidas, que o meu radar logo acusou, a mesa começou a esvaziar-se mais lentamente, assim como a biblioteca de química, e até houve quem dissesse.. "Como é?!, eu também quero!". E surgiram decanters de vinho tinto.. No fim, as cadeiras que outrora foram confortáveis lugares de espectador daquele fantástico fim de tarde que a Oãssimoka proporcionou a quem deu o benefício da dúvida e apareceu em algo que nunca antes fora imaginado, começaram a juntar-se à volta da mesa e transformaram-se em cadeiras de convívio. E finalmente sentados, comemos presunto!

L'Amour

L’amour est un oiseau rebelle
que nul ne peut apprivoiser,
et c’est bien en vain qu’on l’appelle,
s’il lui convient de refuser!
Rien n’y fait, menace ou prière,
l’un parle bien, l’autre se tait;
et c’est l’autre que je préfère,
il n’a rien dit, mais il me plaît.
#
L’amour! l’amour! l’amour!
l’amour!L’amour est enfant de Bohême,
il n’a jamais, jamais connu de loi,
si tu ne m’aimes pas, je t’aime,
si je t’aime, prends garde à toi!
in Carmen, Bizet

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

De Como um Lamentável Mal-Entendido pode Turvar a Empatia entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde, em 3 actos- XIII

Acto I - O Utente e o Funcionário do Sistema Nacional de Saúde

"E vinho?"
"Não tenho bubido nada. O meu médico já disse que posso buber um copinho, mas enquanto aqui no Hospital não me mandarem não bebo."
...
...
...
"E o Vinho? Sempre posso voltar a buber?"
"Pode. Um copo por dia."

Acto II - O Funcionário e a Funcionária do Sistema Nacional de Saúde

"Sr.Funcionário. Viu na última sexta-feira o Sr.Utente que eu tinha seguido no internamento com uma Legionellose
(NOTA - disse-se Legionellose - aqui também se aprende! - isto é um caso clínico) há 9 meses?"
"Sim."
"E foi o Sr.Funcionário que lhe disse que podia beber um copo de vinho?"
"Fui."
"Ó Sr.Funcionário, o ano passado este senhor esteve muito mal, com uma pneumonia, disfunção hepatocelular, mal se mexia, ainda saiu daqui em cadeira de rodas..."
"Mas isso não foi por causa do vinho..."
"...Não, mas depois de falar com a mulher - e os filhos confirmaram - que ele bebia muito, tinha uma dependência, que era violento. Houve quem dissesse que tinha de se referenciar para a Segurança Social, mas ele disse que faria tudo o que esta Senhora Funcionária dissesse. E a verdade é que, de acordo com a mulher, esteve sm beber um copo de vinho desde a altura da alta há 9 meses, até à última sexta-feira, a seguir à tua consulta."
"..."
"A senhora hoje telefonou-me, muito nervosa, ela tem um cardiopatia isquémica ...
(NOTA - isto é que é um caso clínico de qualidade! agora é preciso integrar doenças de diferentes orgãos, e até de diferentes pessoas!)
... a perguntar se era verdade que o Senhor Funcionário tinha autorizado... Ela vai telefonar mais daqui a pouco, e disse-lhe que ia falar contigo."
"Queres que fale com ela, não é?"

Acto III - Ao telefone, o Funcionário e a Mulher do Utente do Sistema Nacional de Saúde

"Ó Senhor Funcionário, ele chegou a casa, e disse Já venho contente. O Senhor Funcionário disse-me que já posso beber Vinho. Eu fiquei logo nervosa. Eu não queria acreditar, disse-lhe que não podia ser, ele começou logo a mandar-me calar. Eu julgava que aquilo era história dele.
...
No Sábado chegou a casa, e, burro, em vez de se calar e guardar para ele, disse ao meu filho, Já andei nas provas dos vinhos
...
Ele esteve este tempo todo sem beber, e eu até já andava melhor, e agora, desde Sexta-Feira nem consigo dormir direito."
"...Venham cá amanhã..."

EPÍLOGO - O Funcionário, a Funcionária, o Utente e a Mulher do Utente do Sistema Nacional de Saúde.

Num episódio lamentável que me abstenho de pormenorizar, mas envolveu
- o Estabelecimento por parte da Senhora Funcionária, de Relações de Causa-Efeito entre o Nosso Bom Vinho e o atingimento hepático pela Legionella Pneumophila;
- a envergonhada tentativa de justificar a importância da abstinência vínica na prevenção da recorrência da dependência alcoólica por parte do Funcionário do Sistema Nacional de Saúde;
- a lista interminável de somatizações (NOTA- cá está mais uma, a que faltava, a referência a Psiquiatria!, que só aumenta a credibilidade da nossa publicação) por parte da Mulher do Utente, incapaz de exprimir perante o seu marido, ter sido ela a responsável pela convocatória para a vergonhosa Junta Médica;
e a natural tristeza do Senhor Utente do Sistema Nacional de Saúde, que corajosamente, mas sem glória, ainda tentou culpar o "Vírus"...

foi restabelecida a indicação para abstinência alcoólica total

terça-feira, 17 de outubro de 2006

Do Vinho e da Empatia entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde - XII

"Isto foi há precisamente oito dias. Estava a atravessar o campo com duas bengalas para ir ter com os homens que estavam na vinha, e comecei a desequilibrar e caí. Desde essa altura, não voltei a andar direito."
"E porque é que não veio a semana passada?"
"Porque tinha a Vindima.E tinha de estar lá a controlar."
"E quantos dias foram a vindima?"
"A Vindima foram 3. Mas depois era preciso tirar o Vinho, e filtrar. Eles punham uma cadeira e eu estava lá a dizer o que era preciso fazer, a ordenar."

GRANDES NOTÍCIAS!!!

Vou ser padrinho do meu primo mais novo....
E a Vinicultuna foi convidada a actuar no baptizado!

Os Nossos Outros Valores XIX

"A Vinicultuna acredita que tudo o que soa é música, incluindo os pratos e os talheres no lava-loiça, sempre que nos criem a ilusão de nos indicar por onde vai a vida."
"A Vinicultuna pensa que pressionar alguém para deixar de beber e de fumar é simplesmente sugerir-lhe que troque a sua forma de morrer por outra ainda menos eficaz."
"A Vinicultuna entende que os seus valores são universais e intemporais, por isso não hesita em rouba-los, partilha-los e vendê-los na Feira da Vandoma, ao desbarato."

domingo, 15 de outubro de 2006