domingo, 24 de dezembro de 2006

Caso Clínico de Ouro - Da Fraternidade -VI

"Costumávamos ir lá para um cantito das escadas, no corredor, junto aos vidros, fumar uns cigarritos.
Havia duas raparigas das doenças infecciosas, que saíam todos os dias, não sei como, e voltavam com cigarros. Havia um de Bragança que já estava internado há mais de um ano. Não sei o que é que tinha, mas era coisa séria e tal, e havia outro, do piso de cima, que tinha as pernas inchadas, mas uma mais que outra.
O de Bragança, morreu-lhe o pai. Foi um problema. Os médicos não sabiam como lhe haviam de dizer... Ele no ano anterior já tinha ido a casa por essa altura, por causa da matança do porco, e depois tinha voltado. Então eles deixaram-no ir, ele julgava que era pela mesma coisa. Depois não voltou. Nem sei o que é feito dele... Nem do das pernas inchadas, depois de sair nunca mais o vi. Não sei o que é feito desse povo..."

Sem comentários: