domingo, 24 de julho de 2005

Férias nas Biomédicas, Regresso ao Recreio da Minha Escola - Jogos e Cantigas da Nossa Infância - II

O jogo da pedra.

Este é um jogo ao qual estive muito ligado e pelo qual nutri um carinho especial aquando da meu "passeio" pelo ensino secundário. Apesar das evidentes semelhanças com o jogo "o "Tê"", sinto-me no dever moral de relar o "jogo da pedra" devido aos momentos de pura alegria infantil que me porporcionou, embora corra o risco de me tornar repetitivo, ao que peço desde já desculpas.

Terreno:
De preferência um terreno liso e com muito pouco atrito, para que a pedra possa deslizar com velocidade satisfatória...tijoleira será indicada, mas quando há mesmo vontade qualquer terreno será jogável (o chão do átrio do icbas é perfeito).


Material necessário:
Fita-cola (prescindível)
Uma pedra do tamanho de uma nóz(imprescindível)

Preparativos:
Com a fita-cola traçamos no chão uma circunferência com cerca de 10 metros de diâmetro (dimensão ideal mas não obrigatória) que será o limite do campo; caso nos seja impossível demarcar a circunferencia no terreno, os limites do campo serão acordados entre os jogadores (Homens de palavra) e serão honrosamente respeitados.

As Regras:
Todos os jogadores se posicionam dentro dos limites da circunferÊncia, ostentando um deles a pedra na mão.
A pedra será depois pousada no chão. A partir deste momento o objectivo é chutar a pedra para pater no pé (ou perna) do(s) adversário(s), contudo, note-se, a pedra só será chutada uma vez.

Hipótese 1 -Caso acerte em algém, o feliz contemplado com a pedrada na tíbia terá que correr para fora dos límites da circunferencia, enquanto os outros jogadores se precipitam na sua direcção com o escopo de o pontapear com destreza em qualquer região do membro inferior (glúteos incluídos). Só cessaram as amistosas agressões quando o fugitivo conseguir sair da circunferencia.
Hipótese 2 -Caso o xuto na pedra seja inglório e não acerte em ninguém, o jogador que efectuou o pontapé será penalizado pela sua falta de pontaria, com o mesmo tipo de agressões decritas na hipótese 1, agressões estas que só cessaram quando o jogador conseguir fugir do terreno de jogo (circunferencia).

Últimas palavras:
É de frisar que neste jogo os jogadores não deverão levar a mal as tentativas enérgicas e desenfreadas dos adversários, de xutarem os seus membros inferiores, sob pena de se perderem boas amizades.
Advirto também para uma situação comum neste jogo: por vezes, dada a velocidade que a pedra atinge em terrenos com menos atrito, é-nos impossível destinguir se a pedra xutada acertou no seu alvo. nestas situações gera-se a confusão, porque ninguem sabem bem em quem á de descarregar a energia, se no xutador, se no jogador-alvo e por vezes nem os mesmos sabem. Resolve-se xutando em toda a gente que passa á nossa frente, enquanto nos percipitamos para fora do círculo. É dos momentos mais bonitos do jogo.
Não se enguem...é um jogo muito táctico...ninguem arrisca muito desferir um pontapé na dita pedra. É sempre perigoso.


Uma canção:

laranja doce tem a casca fina...
o amor do homem é uma menina...
laranja doce tem a casca fina
o amor do homem é...
uma menina.