domingo, 17 de julho de 2005

Vou já cagalhão III

Porque não as retretes ornamentadas, revestidas a ouro e com motivos rococó, belos pilares gregos de sustentação ou abertura para uma cripta em arco gótica e reluzente? Porque gastar mais no candeeiro da sala do que na retrete, quando aqui podem nascer as mais brilhantes idéias do Homem, e aqui se reencontra ele com o seu "eu" divagante do dia-a-dia. Local de intimidade consigo mesmo. Sim, intimidade consigo mesmo, e sem más interpretações, vah!!. Quase tudo nós permitimos que nos façam, com maior ou menor restrição. Podemos deixar alguem especial meter-nos um dedo no nariz. Yhack!, Mas limpar-nos o protostoma no final triunfante de um jantar, por mais especial que seja, nunca...

E se os espelhos fossem colocados para nos vermos a cagar? Hmm.. Depois surgiriam as técnicas de "bem cagar", além das já existentes técnicas, puramente prácticas e sem dimensão estética, de evitar o respingo. Há várias,, o "soft landing", em que é colocado, gentilmente dobrada, uma tira de papel higiénico para que a bomba ao cair não expluda. Há a técnica do "hit and run", em que após lançamento da bomba, com ajuda de uns músculos que até ficava bonito eu dizer os nomes, ou, pelo menos, academicamente pimpão (não sei anatomia, mas obrigado pelas predecências, vou ser obrigado a saber mais cedo do que planeei, e fica aqui a promessa de então completar este post, com referências, e com horizontes de uma publicação internacional), o artista chega-se para a frente de modo a que o respingo, caso passe acima da red line, não o possa atingir pois ele já lá não está. Devo dizer que esta técnica não é segura.. São necessários muito treino e sincronização. Se se adiantarem, barram o acento da sanita com um belo motivo castanho que cortará, sem dúvida, a monotonia do reluzente plástico. Se se atrasarem, o método é ineficaz. Além desta, temos o "hit and turn", em que o artista, ao largar a bomba, usa uns quantos outros músculos quaisquer para rodar rapidamente o corpo, imprimindo movimento circular no eixo longitudinal na trajectória da bomba. A bomba têm assim facilitada a sua entrada na água, criando pela velocidade de entrada uma "baixa" pressão que "suga" a água que tenta fugir da bomba, puxando-a para baixo. Existe uma outra, e é a última, chamada "low consistence flowing jact", em que, por métodos farmacológicos (que por uma questão de ética profissional não acho correcto revelar) ou se preferirem, ir jantar ao piolho, a bomba assume a (dis)forma líquida, evitando o respingo. Têm o perigo de, caso além de jantarem no piolho beberem algum dos vinhos que eles possuem a menos de 30€, o efeito sinérgico produza efeitos fluidificantes acima dos esperados, e a bomba, por ter então alta tensão superficial, ao sair do protostoma, passe pelo processo de "bubble blast", em que apartir do momento em que as forças de coesão não são suficientes para manter a bola equilibrada, esta explode, salpicando toda a vossa holanda, e região posterior dos membros inferiores, de um padrão aparentemente caótico de pintas amareladas.
Métodos estatísticos revelaram que, embora mais dispendiosa à partida (caso desconsideremos as consequências do falhanço dos outros), o método do Soft Landing é mais eficaz, com p>0,4 (IC:99%). Testes clínico de 3 laboratórios franceses.

Vou já cagalhão!!! Pschhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh