segunda-feira, 21 de novembro de 2005

De como um telefonema transforma uma tarde chata de domingo.

A caminho do aeroporto.
O dia começou tarde, porque o sábado roubou seis horas e meia ao domingo.
Ao almoço familiar segue-se a ida ao aeroporto, dar continuidade à busca de uma mochila que viaja mais do que o dono.
Tarde chata. Tempo chato. Um passeio chato. Para tratar de um assunto chato. Trânsito na VCI, o Porto está cada vez pior, meto pela Via Norte, fila à entrada da Maia. O relato. jogos chatos. Estrela zero Paços zero. Naval zero Setúbal zero. Rio Ave zero, Nacional zero. Mais os jogos da segunda divisão que não interessam a ninguém.
Mochila zero. Telefonemas dois. "Queres vir aos anos do Senhor do Vale?", e "Afinal não é no Piolho, é no Estrela". E nisto se transforma a tarde domingo.
Trânsito na Circunvalação, meto por Matosinhos. Vou dar à Foz. O Vitória marca três na Figueira, e os madeirenses dois em Vila do Conde. Enquanto isso o árbitro anula três golos na Reboleira, e mantém o nulo. Na segunda divisão, o árbitro não viu um golo do Barreirense, e o Vizela deu a volta ao Marco que até falho um penalty, e no fundo tanto faz porque este ano descem 6 e só sobem 2, e os outros vão todos à falência.
Meto pela faixa da direita, que conserva o piso em paralelo, e o trilho do eléctrico, e ultrapasso todos os carros que vão no alcatrão para não gastar borracha nem fazer mal à espinha.
Chego ao Passeio Alegre, passo o Passeio Alegre, e tenho de voltar atrás. Duas pequeninas infracções, e volto ao início do Passeio Alegre.
Lá está a vendedora das Línguas de Sogra.