quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Pausa

Entrei. Vi as mesmas caras de sempre.
Cobertas de tristeza numa luta difícil por um sorriso esboçado.
Eu próprio mergulhei na habitual apatia que torna aquele sítio tão agradável e tão terapeutico.
Agora o meu semblante também contava a minha história. É comum aqui.
Nessa altura apercebi-me que afinal os sorrisos esboçados não eram forçados, mas sinceros.
Para este espírito, é crucial o esforço anfitrião para o conforto. Conforto para aqueles que mais dele precisam.
Aqui o tempo não voa. saboreia-se em conjunto sem grandes trocas de palavras.

Olhei...o copo já estava vazio.
- Obrigado D.Elza...Sr. Zé, até amanhã.
- De nada...até amanhã menino.