terça-feira, 20 de junho de 2006

A Tuna devia andar por ali...

Há dias tive uma noite daquelas... como voces sabem...
Tinha acabado o México-Angola, e a estacao de Hannover estava cheia de Mexicanos à procura de sítio para dormir para esperar o comboio seguinte. E eu no meio deles!
O depósito das bagagens era o sítio mais quentinho, eu até já tinha estendido a minha bandeira, mas a companhia dos comboios tinha outros planos.

Foi extremamente divertido. Sempre que um funcionário da companhia dos comboios pedia a um de nós para se levantar e sair, primeiro fazíamos de cona que nao entendíamos, mas como ao fim de muito tempo eles continuavam educadamente a pedir, nós lá nos levantávamos. Nessa altura já outros Mexicanos se tinham deitado noutro local, porque o depósito das bagagens da estacao de Hannover, é como um labirinto. Quando os funcionários dos comboios iam falar com os mexicanos que se tinham acabado de deitar, era a nossa vez de fazer o mesmo.

Havia um Mexicano especial. Era mais velho, grande, tinha barba, era muito feio, com uma borbulha grande e redondinha junto ao gigantesco nariz. Era tao especial que os outros mexicanos lhe chamavam Wookye. Estava ocupado a encher o seu colchao insuflável, e diyia que nao saia dali enquanto os outros nao tivessem ido embora.
Entao chegou um senhor gordo e bem-vestido que estava muito zangado, e, ao contrario dos fncionarios a quem dava ordens, nao sorria para ninguem

Foi entao que eu me decidi esconder dentro de um dos cofres da bagagem. Pus-me todo encolhidinho, encostei porta, mas nao a fechei, porque senao nao entrava ar nenhum, e eu podia apanhar asma.
Foi lá que a polícia me encontrou.