sexta-feira, 31 de março de 2006

Elegia

É toda a minha alma um desconcerto.
Ora sou eterno, ora morro, lutando.
Agora erro, agora acerto,
Em busca do cuidado, do beijo terno,
Em doce malviver estou penando.

Embriagado me trago, em sonhos acordados.
E tão depressa me desfaz, uma palavra,
A alma em cem bocados.

Trago-vos em cada cantiga,
Tanto que vos quero,
Minha linda, doce e ausente inimiga.

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