quinta-feira, 2 de março de 2006

A Cruzada pelos Direitos dos Objectos

Depois do Homem, da Mulher, da Criança, dos Animais, a Vinicultuna pretende com esta iniciativa orientar a Humanidade no sentido de uma sociedade cada vez mais justa.

Para inaugurar este espaço, foi escolhido um exemplo considerado clássico da injustiça gritante que separa homens e objectos: o Jogo das Cadeiras.
Este Jogo pretende seleccionar o Humano mais apto de entre um grupo numeroso. A escolha não se faz de forma aleatória. O grupo humano, composto por N seres humanos, dança ao som de música em torno de um grupo de N-1 cadeiras. Finda a música os humanos sentam-se nas cadeiras, sendo excluído o menos apto, aquele que ficar de pé por ter sido lento e não ter arranjado assento a tempo. O jogo prossegue até que os dois humanos mais aptos dançam em torno de uma cadeira. Finda a música é declarado o vencedor final.

As injustiças:
É porventura a cadeira da final declarada vencedora?
Porque é que o critério de selecção do humano vencedor passa por uma prova de destreza e coordenação acústico-motora, e o critério de selecção da cadeira vencedora é totalmente aleatório?
O que diriam os humanos, se, finda a música de cada ronda, em lugar de acorrerem como tolos a pousarem o traseiro na cadeira, o fizessem com vagar e cavalheirismo, visto haver lugar para todos, e se limitarem a aguardar, com o coração aos pulos, que uma cadeira da organização viesse e, ao calhas, sem olhar para caras ou biótipo, pousasse uma pessoa sobre o espaldar e a retirasse do jogo?

A Vinicultuna organizará no próximo jantar de tuna um Jogo das Cadeiras no qual, pela primeira vez na História, em simultâneo com a competição para Seres Humanos decorrerá a competição para Cadeiras.
Ambas as competições serão dotadas não do mesmo prémio, porque não se pretende que a realidade cultural de uma Cadeira seja a mesma de um Ser Humano, mas do mesmo valor pecuniário.
Acima de tudo, no final, Cadeiras e Seres Humanos terão retirado da diversão exactamente o mesmo disfrute, e confraternizarão como nunca antes puderam.

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