sexta-feira, 13 de março de 2009

Homem Só, Meu Irmão

Tu, a quem a vida pouco deu

que deste o nada que foi teu em gestos desmedidos.

Tu, a quem ninguém estendeu a mão

e mendigas o pão dos teus sentidos

Homem só, meu irmão.


Tu que andas em busca da verdade

e só encontras falsidade em cada sentimento

Inventa, inventa amigo uma canção

que dure para além deste momento

Homem só, meu irmão.


Tu, que nesta vida te perdeste

e nunca a mitos te vendeste,

dura solidão!

Faz dessa solidão teu chão sagrado,

agarra bem teu leme ou teu arado,

Homem só, meu irmão.


(de Luiz Goes)

1 comentário:

Anónimo disse...

Grande poema!