sábado, 13 de janeiro de 2007

Do Inverno

Tu não sabes nada, ainda
Dos amores que caem como folhas de outono
E são veludo no vento

Tu não sabes
Que o frio nos invade
Por dentro e por cima de nós
Há muros de gelo
Onde esbarram e se estilhaçam todas as palavras
E a dor acorda e embriaga e acaba
Em calmos prazeres, quentes e tristes
Feitos de pele, como o sol de Janeiro

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