domingo, 21 de janeiro de 2007

"As Extraordinárias Demandas do Estúpido mas Forte-de-Vontade Caloiro Saca-Rabos, na Conquista do Título de Tuno Ratoneiro, ou Tono raTuneiro" - XXVII

Em que se revela o engenhoso plano urdido pelos Tunos da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto para recuperarem com vida o seu caloiro saca-rabos, e que consistia em justapor na vertical, muito bem equilibradinhas, algumas escadas, e encostando-as à parede das traseiras da Torre dos Clérigos, por ela subirem Tunos Chiclete e Honorário Mineteiro, sem que a besta, o animal, o fedorento o percebesse, entretido que estava, na parte da frente do imóvel, com o ardiloso discurso do Velho Cinderella; e de como o que estava encaminhado se perde, porque alguém grita "Gatunos! Áquid'elrei!", e um prego que se espetara na sola do sapato de chiclete faz "clang" num degrau da escada, e o Tuno Mineteiro dá como sempre um pú muito sonoro e muito mal-cheiroso, atraindo-se sobre os escaladores as orelhas que ouvem bem no escuro, seguidas dos olhos que brilham como lanternas, seguidos do cérebro que se apercebe do logro, seguido da boca que diz "É um logro", seguido do acto.
E do grito dramático dos Tunos da Vinicultuna "Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!", sobre o qual alguém dirá que nunca estiveram tão afinados, após o que se rirá, pensando ter inventado uma piada.

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