domingo, 8 de outubro de 2006

Aparece o TóZé para Epílogo de Uma Longa Conversa ao Luar, em tarde de Domingo, com o Pôr-do-Sol filtrado pela copa das Árvores do Jardim da Cordoaria

...
"O que foi Senhor do Vale?"
(com a mão sobre os olhos) "Estou a ver... Aquilo ali é um pato?"
"... parece um pato"
"É um pato? É um pato Ah! Ah!Ah! Ah! Ah!"
"Parece um pato morto"
"Não deve ser um pato"
"É um pato"
"Se for um pato deve estar morto."
"Perdão. Seja o que for, está morto."
"Se calhar não é um pato"
"Se for um pato está morto."
"Seja o que for está morto. NEnhum bicho nada assim."
"Deixa cá atirar-lhe uma pedra... splash!"
"Ora deixa ver... Mexeu com a onda. É um pato!"
"Mexeu só com a onda, não deve ser um pato."
" Eu atiro outra. Onde é que há pderas? Splash! Merda, lancei curto."
"Olha a onda, olha olha, Mexeu!"
"Eu atiro mais"
"Não lhe acertes."
"Não lhe acerto porquê?"
"Se for um pato..."
" E se estiver morto?"
"Se estiver morto não tem mal."
"Vamos até lá ver se é um pato ou não".
Circula-se o lago do Jardim da Cordoaria.
"Daqui já não parece um pato."
"Pois não, mas daqui já parece outra vez. É um pato"
" Não é um pato."
"É uma gaivota!"
"Morta."
"Mas acho que não foi a Tuna."

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