quarta-feira, 14 de março de 2007

Braga 2007, De uma mais que prevista súbita vontade de ir ao futebol, e de um telefonema

“Es-tou? Es-tou?”,atende, a voz rouca que seca o espaço para o eco. O “estou” mais bem pronunciado em termos de duração pronunciação, dicção, entoação, acentuação, e dissilabação que alguma vez ouvi ao telefone. Um “estou” tão bem pronunciado, que para o escrever assim tão bem, teria que substituir o hífen por uma pausa de semi-colcheia.
“È o Carlos.”
“O Carlos? De Guimarães? Estou em Braga!”. Sendo que este “estou” se funde já no calor da tarde e da alegria esfusiante de quem proclama as vogais abertas da terra onde nasceu. (a gente é, de onde pertence, já se disse lá para trás)
Fico feliz da vida! Fica abreviada a necessidade do convite, e não é preciso esperar por quem já nos espera.
“Estou com uns amigos aqui na Avenida, junto ao Estádio 28 de Maio”
“Estou aí daqui por uma hora. Estádio 1º de Maio”
“Primeiro, de vinte e oito, Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!Já estivemos nos copos!”

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