segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Grandes Frases - LXXVII

sem champagne, sem uvas passas, sem o dia de ontem, sem o de amanhã, e sem a companhia de hoje - merda para o trabalho - com foguetes ao longe, e com vocês, no Fim de 2007,

cito António Simões do Vale:
"Estou Aqui"

Para 2008

Vivam os Noivos.

Breve Ensaio Sobre o Quentinho

A lareira, pois claro.
As castanhas assadas.
O rom-rom da gata que dorme.
A cama já-com-um-corpo-adormecido.
O estômago cheio de vinho.
O reconhecer de um acorde conhecido.
O ir lá fora à-noite-ao-frio sem casaco e suster a respiração, para depois voltar a entrar e sentir os pulmões dilatar.
O saco de papel que transpira o pão fresco.
A sopa de legumes de qualquer tasco português, com mais ou menos batata.
O depois-de-cantar. O depois-da-serenata.
A outra-mão.

Rubismeraldina, a Amiga do Magister

O primeiro post apareceu num mês como este.
O blog parecia um parque de estacionamento depois da hora de recolha. Um túnel do metro depois da passagem do comboio. Faltava apenas um letreiro pendurado no monitor, que dissesse, aluga-se.
O primeiro post era apenas quase só estúpido.
Tipo "Vim só dizer Olá", ou "Vim ver como é que esta merda funciona". E ninguém estranhou.
Afinal, uma vez o Tuno Água Benta apresentara-se neste mesmo espaço só para dizer "chiki der ass", e o Tuno Inca para dizer "isto está mexido"... podia ser só um caloiro novo. O nome era amaricado, mas... há tanto tempo que ninguém escrevia...
Foi assim num mês como este. Ou como o anterior.
Depois do primeiro veio o segundo. E nada de bom augurou. O conteúdo resumia-se a uma frase feita que envolvia o conceito "caminho para a felicidade...".
No terceiro post, destruía um poema de Pessoa, menos por omitir o verso do meio, do que por tentar interpretá-lo.
E no quarto, Rubismeraldina atribuiu a um político inglês a frase de um dramaturgo da Antiguidade. Cujo sentido deturpou.
Pior, no fim desse dia, lançou no nosso blog, uma espécie de pergunta mistério, sobre a sua identidade - participação escusada - afinal, já todos nós há 2 dias nos perguntávamos "mas quem será esta vaca?"

"O Magister passou-se", afirmou-se, ou, "O Magister passou-se OUTRA VEZ", acrescentaram as más-línguas".
O Tuno Piça Quadrada, Magister da Vinicultuna e Webmaster do ideiaselamentos, entregou uma chave de acesso a uma amiguinha, foi a conclusão.

Depois do Tottenham, o Bayern - o Encontro

Ao telefone soara a Palavra - essa Palavra - essa tão Portuguesa Palavra.
Cheguei passava bem das seis, e o Sol pusera-se às cinco. Já era noite. Mas recordo a imagem num fundo claro.
Estava frio, e a esplanada do Astoria vazia. Ou melhor, parecia montada só para ele.
E, claro, embora eu estivesse a chegar, e tivesse entrado na Praça pelo ângulo mais estreito, ele é que me acenou primeiro - aquele belo aceno com a mão curvada.

Apenas uma imagem bonita ou estarei mesmo a ficar pitosga?

Na Vinicultuna Nunca Passaria o Fim-De-Ano entre dois períodos de 24 horas dentro de um edifício de 9 andares - a menos que quiséssemos

Sozinho no Fim de 2007, e manietado quer do lado de ontem quer do lado de amanhã, retribuo a consideração que a Vinicultuna teria por mim, partilhando com o nosso Universo a última hora de 2007 e a primeira de 2008.
Vai ser assim como que um programa de rádio em directo.
Vamos pôr em dia a escrita em dívida, rever o ano que já lá vai, expressar votos para o que aí vem, ter Novos Convidados Imaginários, ouvir música e beber uns copos.

Bom Ano!

Vai haver Surpresas!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Um Lamento

FOI Natal.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Do Absinto

Aqui está uma verdadeira pérola de conhecimento sobre este licor milagroso.
Com o cunho de qualidade dos cientistas americanos.

Vou já cagalhão!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Depois do Tottenham, o Bayern - Prólogo

A Mensagem:
(Senhor Nogueira)
"Se puderes, liga ao Senhor do Vale. Abraço."

Ao Acaso...

"Os clientes mais novos e os habituais "copofónicos" que aparecem pela tasca vão ao cheiro de uns lanches especiais que de vez em quando a D.Alfredina faz! São trouxas de carne com sabor típico, regadas com uns copos de tinto; sabem pela vida! «Só é pena», queixa-se a dona, «não termos licença de casa de pasto, isto ainda está com o alvará antigo, portanto não podemos servir almoços nem petiscos.»
...sobre a Adega a Floresta

"No seu apelido ecoam influências das telenovelas brasileiras, e dis seys famosos bataclans, casas onde se mistura o tinto e a cerveja, com as meninas da vida... música, crioulo e samba! O ambiente é um misto de velhos "cotas" com "mangas" que vivem de expedientes diversificados, e senhoras de província que param no Jardim da Cordoaria e estacionam em pensões e residenciais de 2ª para matar o vício dos velhos e a paulada ou ressaca dos mais novos..."
...sobre o Bataclan da Vitória

"Enquanto os seus dois empregados, um deles salgueirista dos sete costados, mas muito sofredor porque o seu clube anda pelas ruas da amargura, serviam os clientes com iscas, bucho, papas de sarrabulho e um vinho rosé da Meda (uma especialidade da casa), Maia Dias foi-nos contando as suas vicissitudes e os seus dramas actuais, não esquecendo as estórias da Viela da Neta, da Ferreirinha e da Estamparia do Bolhão"
... sobre a Adega Lá Calha

do recentíssimo "As Tascas do Porto - estórias e memórias servidas à mesa da cidade", de Raul Simões Pinto

Grandes Frases - LXXVI

"Ontem estive com a "Tuma" até às seis da manhã. Ando todo partido, mas eles chamam-me, e eu tenho de ir. O que é que hei de fazer? Tenho que Existir."

de António Simões do Vale, à conversa com o Nosso Velho, o Tuno-Fundador Cinderella

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Do Fim da Viagem

A Viagem acaba em algum Sítio. Nunca num aeroporto, apenas às vezes numa estação de comboios. A Viagem acaba onde acaba.
Uma tarde de Domingo. A volta dos palermas à Avenida dos Aliados.
Um turista inglesado estreita-se retesado contra o pedestal. Outro turista inglesado fotografa-o. O outro desestica-se e desce desajeitado do pedestal. A estátua agradece.
É "A Menina Nua", pois claro.
E dou mais uma voltinha dos palermas, agora com contra-ordenação-ligeira só para a admirar.
Serei uma besta. Não a consigo achar inferior aos Davids, Apolos e Afrodites.
E, besta-pois-sou, duvido que Humanista Fiorentino algum tenha alguma vez declamado Ode a Estátua-Maior da sua Cidade, que se iguale à de um "Poeta Politicamente Incorrecto Pretendente ao Trono Português" que, não por acaso, mas por-acaso-há-pouco-tempo foi aqui publicada.
A Viagem é isto.
A Viagem acaba aqui.

«The Times»

Sentou-se bêbado à mesa e escreveu um fundo
Do «Times», claro, inclassificável, lido...,
Supondo (coitado!) que ia ter influência no mundo...
...........................................................................................
Santo Deus!... E talvez a tenha tido!

16/8/1928 Álvaro de Campos

sábado, 1 de dezembro de 2007

Caso Clínico Bíblico

"Noé viveu trezentos e cinquenta anos depois do dilúvio. Ao todo, a vida de Noé foi de novecentos e cinquenta anos; depois morreu."

Genesis 9, 28-29

Grandes Frases - LXXV, ou Sobre as Viagem, ou Sobre o Amor


Viajante Anónimo Enamorado,
Corniglia, Cinqueterre

Lamento Sobre a Viagem e o Amor

Esqueci-me de mandar o Postalinho para a Tuna...

(...e lá ficou o Senhor Nogueira ao alto).

Acima de Tudo, a Vinicultuna Gosta de Ver as Coisas Como Elas São...




... e até já temos encontrado dinheiro!

A Vinicultuna Aprecia...



...O Pudor.

Um Lamento

Ainda agora se falou de castanhas, de Vinho é uma constante, mas nem por isso nos lembrámos de celebrar convenientemente o Dia de São Martinho... e vão dois anos.


frescos relatando a vida do Santo - Florença)

Baco e Baco


Anónimo Fiorentino,


Miguelangelo,

Museu Bargello, Florença

A Ideia


(Painel Exterior da Catedral de Sta Mª delle Fiore, Florença)
"Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar a Vinha. Tendo bebido Vinho, embriagou-se e despiu-se dentro da sua tenda." Genesis 9, 20-21

Da Vinicultuna e dos Modos com As Moças


"Rapto de Europa", Museus do Vaticano


"Rapto de Sabina", Giambologna, Loggia de la Signora, Florença


"Apolo aparece a Ninfa", Anónimo, Museu Bargello, Florença

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

"Da Igreja da Minha Terra, Vê-se o Mar e Vê-se a Vinha", ou "Viagem Por Um Paísem Festa, III"


Vernazza, Cinqueterre

"Da Minha Vinha Vê-se o Mar", ou "Viagem por Um País em Festa, II"


Corniglia, Cinqueterre

"Da Estrada", ou "Maravilhas", ou "Viagem por Um País em Festa"



San Gimignano, Toscânia

Caso Clínico


Fratelli di Giornata - il Vino e la Amessa dei Popoli - IX

"... Este frio e esta mistura de cheiros nas ruas é tão agradável, tão Outonal... Castanhas, Farturas (?!?!?!?!), Canela..."
"... ... ...!Hoje vamos beber Vinho!"

O que Cala Abelardo

Anónimo, Museus do Vaticano

Ideia - A Propósito das Novas Ceroulas de Traje Para a Tuna


A Vinicultuna Aprecia...


... A Maternidade.
(Anónimo Romano Antigo - Museus do Vaticano)

De Roma, da Vinicultuna

Anónimo Romano (mas não antigo)

Do Grande Livro da Vinicultuna e dos Animais - IX


Anónimo Romano-Antigo - Museus do Vaticano

Bella Roma - nós só queremos uns cantinhos só para nós






quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Hoje Só Pode Ser um Dia de Sorte - XXIII

Vou à Bola com o Senhor do Vale.

Hoje nunca poderá ser um dia de azar?

Nada pode correr mal, e essa previsibilidade limitante não augura nada de bom.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Do Vinho e da Empatia entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde - XX

A Funcionária do Sistema Nacional de Saúde:
- Vamos lá, engula as pastilhinhas!
A Utente do Sistema Nacional de Saúde:
...gllp...glllp!
A Funcionária do Sistema Nacional de Saúde:
- Já está!
O Familiar da Utente do Sistema Nacional de Saúde:
- Maravilha! Eh! Eh!Até parece Vinho Tinto!

sábado, 24 de novembro de 2007

Grandes Frases LXXIV

"Aquele que se aproxima do templo das Musas, sem inspiração e acreditando que lhe basta apenas a sua perícia, permanecerá um trapalhão e a sua poesia presunçosa será obscurecida pelas canções dos loucos"

Platão

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Hoje Foi Um Dia De Sorte - XXII

Lembrei-me de ir àquele sítio, e encontrei isto:

http://www.scsalgueiros.pt/www/hino/hino.mp3



Hoje foi um dia de azar.

Uma vez mais li a coluna d'"A Bola", "O País de Norte a Sul". Ainda não foi desta que anunciaram o regresso da equipa de futebol...
Tenho mesmo muitas saudades.

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

10.000 beijos-tinto


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Um Lamento - seis lamentos

"...Pelo menos seis elefantes asiáticos, entre os quais três filhotes, morreram electrocutados depois de se embriagarem com cerveja e baterem em cabos de alta tensão no nordeste da Índia, indicaram hoje as autoridades..."

http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=300880

lamentamos profundamente - estamos chocados

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Do Epicurismo

Ouvi contar que outrora, quando a Pérsia
Tinha não sei qual guerra,
Quando a invasão ardia na Cidade
E as mulheres gritavam,
Dois jogadores de xadrez jogavam
O seu jogo contínuo.

À sombra de ampla árvore fitavam
O tabuleiro antigo,
E, ao lado de cada um, esperando os seus
Momentos mais folgados,
Quando havia movido a pedra, e agora
Esperava o adversário.
Um púcaro com vinho refrescava
Sobriamente a sua sede.

Ardiam casas, saqueadas eram
As arcas e as paredes,
Violadas, as mulheres eram postas
Contra os muros caídos,
Traspassadas de lanças, as crianças
Eram sangue nas ruas...
Mas onde estavam, perto da cidade,
E longe do seu ruído,
Os jogadores de xadrez jogavam
O jogo de xadrez.

Inda que nas mensagens do ermo vento
Lhes viessem os gritos,
E, ao refletir, soubessem desde a alma
Que por certo as mulheres
E as tenras filhas violadas eram
Nessa distância próxima,
Inda que, no momento que o pensavam,
Uma sombra ligeira
Lhes passasse na fronte alheada e vaga,
Breve seus olhos calmos
Volviam sua atenta confiança
Ao tabuleiro velho.

Quando o rei de marfim está em perigo,
Que importa a carne e o osso
Das irmãs e das mães e das crianças?
Quando a torre não cobre
A retirada da rainha branca,
O saque pouco importa.
E quando a mão confiada leva o xeque
Ao rei do adversário,
Pouco pesa na alma que lá longe
Estejam morrendo filhos.

Mesmo que, de repente, sobre o muro
Surja a sanhuda face
Dum guerreiro invasor, e breve deva
Em sangue ali cair
O jogador solene de xadrez,
O momento antes desse
(É ainda dado ao cálculo dum lance
P'ra a efeito horas depois)
É ainda entregue ao jogo predileto
Dos grandes indif'rentes.

Caiam cidades, sofram povos, cesse
A liberdade e a vida.
Os haveres tranquilos e avitos
Ardem e que se arranquem,
Mas quando a guerra os jogos interrompa,
Esteja o rei sem xeque,
E o de marfim peão mais avançado
Pronto a comprar a torre.

Meus irmãos em amarmos Epicuro
E o entendermos mais
De acordo com nós-próprios que com ele,
Aprendamos na história
Dos calmos jogadores de xadrez
Como passar a vida.

Tudo o que é sério pouco nos importe,
O grave pouco pese,
O natural impulso dos instintos
Que ceda ao inútil gozo
(Sob a sombra tranquila do arvoredo)
De jogar um bom jogo.

O que levamos desta vida inútil
Tanto vale se é
A glória, a fama, o amor, a ciência, a vida,
Como se fosse apenas
A memória de um jogo bem jogado
E uma partida ganha
A um jogador melhor.

A glória pesa como um fardo rico,
A fama como a febre,
O amor cansa, porque é a sério e busca,
A ciência nunca encontra,
E a vida passa e dói porque o conhece...
O jogo do xadrez
Prende a alma toda, mas, perdido, pouco
Pesa, pois não é nada.

Ah! sob as sombras que sem qu'rer nos amam,
Com um púcaro de vinho
Ao lado, e atentos só à inútil faina
Do jogo do xadrez
Mesmo que o jogo seja apenas sonho
E não haja parceiro,
Imitemos os persas desta história,
E, enquanto lá fora,
Ou perto ou longe, a guerra e a pátria e a vida
Chamam por nós, deixemos
Que em vão nos chamem, cada um de nós
Sob as sombras amigas
Sonhando, ele os parceiros, e o xadrez
A sua indiferença.

Ricardo Reis, 1-6-1916

domingo, 28 de outubro de 2007

Vinicultuna - Protocolo de Velhice - III

"Na Sua Velhice, o Tuno da Vinicultuna não estará correctamente trajado, sem o seu Lenço de Escarrar."

"Na Sua Velhice, e sempre que na qualidade de Palestrante Decano Convidado, o Tuno da Vinicultuna dissertar sobre o Homem e a Doença, usará termos como "Vísceras", "Humores", "Éteres" e "Males"."

"Sempre que a Sua Velhice levar um Irmão de Vinho, a Vinicultuna expressará as condolências segurando a mão da Viúva, fitando-a com admiração, e exclamando com majestade "Minha Senhora, Foi na vezinha dele!" , no que será a máxima manifestação de consideração e respeito pelo Notável e Completo Percurso de Vida do Ausente."

sábado, 27 de outubro de 2007

Grandes Frases LXXIII

"Gosto mais de ti do que de Vinho!"

um Tuno da Vinicultuna, para a sua enamorada

Das Montanhas do Outro Lado do Mundo

Eu nunca acreditei que do Outro Lado do Mundo as montanhas fossem ao contrário.
Aliás estava convencido de que do Outro Lado do Mundo não havia montanhas.

Se calhar por isso é que não imaginava que me ia custar tanto chegar ao topo.
Se já as esperasse, já saberia com o que contava. Afinal, eu nunca fui bom a trepar montanhas. Sou bom é a correr, e nisso na Tuna, nem o Senhor Nogueira me bate.
Mesmo assim fui o primeiro. O primeiro a ver o céu outra vez. O primeiro a refrescar o rosto com a parte de cima das nuvens.
Os meninos pequeninos só conseguiram chegar a seguir.
Um desconsolo. Ver a minha proeza reduzida a uma fila indiana de crianças de mãos-dadas. Fiquei envergonhado. Sobretudo por nos últimos metros me ter regozijado ao conseguir ultrapassar os mais crescidinhos e a educadora infantil. Reflexo primário.
Mas depois eles logo desceram, serezinhos impacientes. E eu pude dessalivar-me à vontade. E arfar e massajar a dor de burro.
Acabei feliz outra vez. Satisfeito com a minha proeza-outra-vez.
Porque a tua florinha estava pousada exactamente no sítio onde eu achava que ia estar pousada uma flor.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Do Grande Livro da Vinicultuna e dos Animais - VIII

“Os primeiros a juntarem-se à nossa Trupe, foram os Cavalos, os Bois, e um ou outro Jumento, por ocasião da Longa Prédica na Trave de Suporte do Pombal por Cima do Estábulo, “O Vinho Puxa Carroças”

“Quando Borrachos, à hora de pagar e sair do Tasco, os Bichos de Conta dão um jeitão.”

“Apesar de tudo, do Respeito e das Boas Relações, a Vinicultuna não é vegetariana”

Do 21 de Maio - "nenhum fdp beberá do meu vinho" - Notas Ilustrativas




E peço desculpa uma vez mais...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Grandes Frases - LXXII


!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!,
diz o Pipo

Em que Álgebro tende para Zero

Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum
Tudo começou por um Zum Zum.
E nem Álgebro, o Professor de Aritmética, Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, nem qualquer Tuno se aperceberam. E que não se diga que estavam borrachos. Que nesse estado poderiam escutar o ténue suspiro de uma donzela que não apagasse uma vela, que não embaciasse a vidraça, na água-furtada do último prédio da Rua de Cedofeita.
Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum.
Continuou. Não era uma donzela. Nem sequer uma mosca. Apenas um ruído incomodativo, embora crescente. Nada que valesse quebrar a Alegria de Álgebro, que transbordava lágrimas de Saudade da Mal-Agradecida.
Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum
Não havia passado de fim de tarde em casa vazia com mulher ausente.
"Claro que não", diria Abelardo, o Cavalo que Cala, sentindo necessidade de evidenciar a sua erudição - único motivo, além da Boa-Educação, por que quebraria o seu quase-voto de silêncio, "É óbvio que se refere como "a que partiu", "a que o deixou", para não nos violentar com "a que morreu". Mas lessem vocês a expressão de Álgebro quando alegre chora a desgraça, como quando cantando seguis os movimentos dos seus lábios, e conseguis ler sem vacilar as letras codificadas, e saberiam como eu", um pouco presunçoso, este Abelardo, mas nunca tínhamos dito o contrário, e continuamos a ser amigos na mesma, "que a Dor de Álgebro se deve mais a...", e amigo Abelardo, a presunção é uma coisa feia, ou quem te manda falar, Cavalo Calado?, com esse ar afectado, quando pretendendo comparar a dor do Professor de Aritmético, apenas te ocorre a Dor de Corno, para opor à Dor da Alma mas nem essa serve, pois aí também dói aos desenganados, e então tentas a Dor da Morte, mas já disseste "a que morreu", e depois engasgas... e deixas a prosa a meio.
E logo um indiscreto, na mesa ao lado - "deve ter sido cancro. tão nova..."
Mas...
Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum Zum
... também não haveria falecida.
Que alheio a tudo, Álgebro, Feliz, continuava a chorar.

Do Fim da Noite XVI

E o tempo em que nos beijávamos de olhos fechados, procurando entender o significado íntimo dos silêncios, e o tempo em que os silêncios se enchem e os olhares se encontram, para não mais se apartar. Pode viro céu cinzento, e pode nem nascer o sol. Depois do fim da noite, não mais o dia será triste.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Os Nossos Outros Valores - XXXVII

"Sempre que nas suas divagações a pé, de burrico ou a cavalo, o Tuno da Vinicultuna tropeçar na banca de uma Vendedeira Careca, comprar-lhe-á qualquer coisa."

"A Vinicultuna não paga em dinheiro às Vendedeiras Carecas. Antes lhes entrega Capachinhos de Lã de Pardal, feitos conforme ensina o Grande Livro da Vinicultuna e dos Animais."

"Nunca o Tuno da Vinicultuna retirará sem licença o lenço que cubra a cabeça de uma Vendedeira que em cuja banca tropece, e cuja escassez de capilaridade careça averiguar. Não lhe está no entanto vedado o uso da Astúcia ou do Galanteio."

domingo, 14 de outubro de 2007

Menina Nua


Menina Nua...
Menina do sorriso
lua da tua graça
tapete da tua dor,
o teu sorriso...
Sentado em quatro bicas da mesma fonte
lança a água,
no teu sorriso.
Unidas as aves
surgem em todo o lado
menos no sorriso...
António Simões do Vale, Luz do Tempo

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Vou já Cagalhão

Já não era sem tempo...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Descanse Em Paz II

Dirigi-me ao mar
Peguei num barco
E remei...
Remei durante horas com toda a força que tinha
Enquanto aguentei.
Até que esgotei.
Aí icei as velas e deixei-me à deriva
Durante horas
Dias
Semanas.
Perto do fim atirei-me ao mar alto
Na esperança de alcançar o mar profundo,
Lá onde a luz não chega
E a vida é quase impossível.
Alcancei.
Cessei os movimentos.
No escuro e no silêncio...
Veio a paz.
E lá fiquei.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Novos Instrumentos Musicais



Castelo de Vide




terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ever Wonder why you get a Hangover after a Night of Drinking?




This is part of the new documentary entitled “Inside the Living Body” on the National Geographic Channel. It premiered last Sunday and will air again this Saturday, Sept. 22. It follows our first moments in life to the final breakdown of our bodies. By seamlessly blending 3D models, CGI, and real footage it creates the illusion of a journey through a living body.

Unfortunately, I don’t get the National Geographic Channel so if anyone saw it please let me know your thoughts!

Ou seja, encharquem bem pra não secar o cerabro!!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Do Fim Da Noite - XV

"Acorda..."
"??u??a??h??"
"Acorda..."
"O que foi?"
"Shhhhhhhh.... escuta"
"..."
"..."
"O Tuno Genoval Fodido teve pesadelos outra vez?"

E adormecemos abraçados a ouvi-lo, até às 5 da tarde.

domingo, 23 de setembro de 2007

Novos Amigos Imaginários(?) da Vinicultuna ou Dos Pequenos Milagres

Eu juro, juro, juro, três vezes três vezes juro, por tudo que há mais de sagrado, pelo "Afonso", pelo Pote de Banha, pelo nosso Fundador, pela minha capa rasgada e pelas Cuecas da menina Aurora que vi a Ana Satânica, referida no poste anterior, na companhia do Senhor Do Vale há menos de 10 dias no Piolho.
O Senhor Do Vale estava claramente a apreciar a presença de tal donzela, abandonando a nossa mesa para maior privacidade com ela, e tentando mesmo que ela fosse convidada para a festa de aniversário de casamento do nosso Velho. Ela também se mostrou bastante interessada em ir, e em participar em mais encontros da tuna, porque, segundo dizia, era "Mezzo-Soprano e Contralto. Ao mesmo tempo!". Ficou de se marcar qualquer coisa...
No casamento do nosso Velho perguntei ao Senhor do Vale como estavam as coisas com ela, ao que ele me respondeu: "Deixei a gaja... não batia bem da tola! Ahahahaha!!!"

Qual será o significado místico deste estranho episódio? Que implicações terá para o futuro da Tuna?

tempo dixirit

sábado, 22 de setembro de 2007

Amigos da Tuna: Ana, a Satânica

Quem não se lembrará para sempre desta nova amiga da tuna, A Satânica?

Fica um filme para a posterioridade.

(clica na imagem para o filme)

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Da Cerveja, ou da Empatia entre Utentes e Utentes do Serviço Nacional de Saúde - XIX

Funcionária - Têm aqui um cházino e umas bolachas, para ajudar a recuperar da anestesia...
Utente 1 - Um chá? Não tem por aí uma cerveja fresquinha? Agora ia era uma cerveja fresquinha, não ia?
Utente 2 - (sorrisos) Ia, ia...
Utente 1 - Vê? E este rapaz anda a estudar para médico! Arranje lá umas cervejinhas...
Funcionária - ...! (abandona a enfermaria com ar de espanto)
Utentes - Ahah! (gargalhadas)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Do Fim Da Noite XIV

4:12 - Acordo em sobressalto de um pesadelo.
Suspiro de alívio por não passar disso, mas aos poucos tomo consciência da sua realidade.
Não consegui voltar a dormir.
Peguei na guitarra para tocar o fado.
7:45 - Parei de tocar e entreguei-me à manhã chuvosa.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Vinicultuna - Protocolo de Velhice -II

"Sempre que, na Sua Velhice, um Tuno da Vinicultuna entrar em palco de carcela aberta, e não reparar, deverá continuar assim até ao final da actuação."

"Na Sua Velhice, sempre que adormecer num cadeirão, o Tuno da Vinicultuna verá o produto excessivo da sua salivação ser aparado pelos lenços perfumados de rosas, dedelicadas senhorinhas que sairão de baixo da sua lapela, em danças graciosas, como se de bailarinas de caixa de música se tratassem."

"Sempre que, na Sua Velhice, um Tuno da Vinicultuna entrar em palco de carcela aberta, e reparar, deverá pousar o instrumento musical, desabotoar as calças, desbragá-las, dar-lhes um jeito, é às fraldas da camisa, para não ficarem de fora, repuxar as calças até ao umbigo, puxar-lhes o jeito, para não apertar muito os meios, coitados, e voltar a abreguilhar-se sem se trilhar, o mais rapidamente possível, para não deixar ficar mal-vista, o resto da Tuna. Mas se por causa do tremor, não conseguir abotoar, deixe lá, aperte o cinto mais um furo, e já está. "

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Caso Clínico Dr.Bayard, ou Dos Rebuçadinhos e da Empatia entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde - XVIII

O Funcionário - E as picadas? Têm estado altas?
A Religiosa, acompanhante da Utente - Oooh! Ela veio a chupar um rebuçado...
A Utente - Eram só três
A Religiosa, acompanhante da Utente - São daqueles do - passe a publicidade - Dr.Bayard


A título de curiosidade, acrescenta-se que os três protagonistas partilharam também a terceira parte do Primeiro Número IV desta rubrica, publicada na véspera de Natal de 2005.

Grandes Frases - LXIX, LXX e LXXI

"Um prato de Tremoços!"
...
"Mais um prato de Tremoços!"
...
"Outro prato de Tremoços!"

Anónimo Popular vindo à tona, enquanto se afogava em Tonel de Boa Pinga

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Quadratura do Círculo

O Problema de Aritmética formulado há milénios, que a Vinicultuna de Biomédicas-Tinto se propõe resolver ao longo do mês de Setembro.

São precisas sugestões!
Se todos colaborarmos, estou certo, encontraremos a solução!!!

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Grandes Frases LXVIII

Há quem navegue de porto em porto, quem navegue de bar em bar,
Há quem procure fama e fortuna, eu procuro naufragar.
Telefonei para Tokyo, só p'ra te ouvir cantar
Pensei que a tua voz me pudesse animar...


Sitiados, in "Esta vida de Marinheiro (está a dar cabo de mim!)"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Vinicultuna - Protocolo de Velhice - I

"Na Sua Velhice, o Cajado fará parte do Traje do Vinicultuno, que poderá ser utilizado, entre outras funções, como bordão de apoio à marcha, falso instrumento de cordas, ou arma de arremesso."

"Na Sua Velhice, no Fim da Noite, o Tuno da Vinicultuna guardará a dentadura, numa malguinha de Tinto, que terá sempre pousada na mesinha de cabeceira."

"Na Sua Velhice, após cada Serenata, o Tuno da Vinicultuna deverá subir à varanda da Sua Donzela, que deverá recebê-lo e à Tuna, com as seguintes palavras, proferidas para o interior dos seus aposentos «Querida, faz um favor à Vovó, e serve umas torradinhas com manteigas a estes Senhores», ao que deverá a menina ser ensinada a responder, «E eles não quererão um Calicezinho de Porto para as molhar?»"

Antes Disso, Já Nós...

www.blackle.com, a versão ecran-negro do google.

A Vinicultuna preserva o Ambiente

Vinicultuna - Protocolo de Velhice

Para que um dia não ouçamos dizer a alguém "Estão xéxés, coitadinhos...", nem ensejo de que esse mesmo ouça por resposta "O Vinho encolheu-lhes o cérebro. Fizeram por isso, bebessem menos!", vamos tratar de estipular desde já, a forma de actuar um dia-além.

Grandes Frases - LXVII , ou, Sobre a Morte de um Tuno

"Olhe, Deu-lhe, e Ficou."

Anónima Triste

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Do Fim da Noite de Tokyo


Sou desperto de um sonho, por um tremor de terra.

Por muitos barcos vim ate aqui,
a esta terra onde Sol primeiro se consome,
antes de atravessar todos os ceus do Mundo.

Neste outro mundo flutuante, onde as margens do dia cedo se apagam,
tudo sao cores no olhar, estranhos perfumes e suaves sabores nos sentidos.
Onde todos os sons dancam em redor de fogos de artificio,
e giram e estoiram no ar e brilham como mil sois!


Fecho os olhos.
E de repente sao so as estrelas e um grande rio de pedras, e o mar...

E e tudo escuro, menos os teus olhos.
Como dois grandes farois na distancia.
Atraves dos mares, montanhas, rios, cidades, selvas e desertos.
Como uma luz antiga, tremula e quase perdida,
a indicar-me o caminho...

De volta.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Vou Já Cagalhão! - Mais provas da Existência do Japão

"Antes no Japão, é depois em Portugal!"

"Ou seja, Lá, é primeiro que Cá."

"E se fizermos uma coisa mais cedo, mais tarde é ao mesmo tempo."

"Ou então é por sermos todos da Vinicultuna."

"E tudo isto está provado, porque o post que vem antes, e o que vem a seguir, são ao contrário."

"Pchhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!"

Os Nossos Outros Valores - XXXVI

"Perante semelhantes provas, a Vinicultuna afirma que apenas por má fé, pode alguém duvidar por um segundo que seja, da existência do Japão. O Japão existe, Sim Senhor."

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Procura-se

"O coração das ceroulas
É difícil de entender,
Alegre quando tem fome,
Triste depois de comer."

in, "Folclore Pornográfico da Figueira da Foz", de 1914, atribuído a Cardoso Martha e Augusto Pinto

Reeditado Recentemente, estará disponível exclusivamente numa Livraria daquela Terra de Sereias, onde um dia não chegámos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Newsflash

A agência Biobacas aparece com uma notícia escandalosa:



domingo, 26 de agosto de 2007

A Nossa Mesa

"Junta-te, Irmão,
Puxa uma cadeira.
Escuta a oração,
Partilha a Nossa ceia."


Bem-Posta é a Nossa Mesa,
Lã negra e rasgões nas beiras,
Mal-cantada a nossa reza.
Temos Vinho, temos Pão
Mas não tábuas ou madeira
Estendam-se as capas no chão!

Bem-Posto é o Nosso Chão,
Sem talheres, sem cadeiras.
Suja o Vinho, seca o Pão
E lava o rio ou a chuva.
E se acaso não há dinheiro
A Mesa é Chão que dá uvas!

Grandes Revelações



"A Vinicultuna é a mão na Saia de Mona Lisa"

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Os Nossos Outros Valores XXXV

Instrumento de Tuna e todo o objecto capaz de produzir ruido, para o deleite de quem seja, e que possa ser transportado as costas em caso de fuga apressada.

Quando Vinicultuna se fartar desta vida tem planos para abrir um piano-circo, e uma Tabacaria voadora.

A Vinicultuna gosta de passear a chuva.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Os Nossos Outros Valores - XXXIV

"A fortuna acumulada da Vinicultuna conta-se por algumas notas escondidas no forro dos colchões velhos onde calhou dormirmos."

"Até prova em contrário, a Vinicultuna não acredita na existência do Japão."

Grandes Frases - LXVII

"Ó-i-ó-ai Quando se emborracha o Pobre
Ó-i-ó-ai Dizem, oooolh'ó Borrachão!
Ó-i-ó-ai Quando se emborracha o rico,
Quando se emborracha o rico, acham graça ao figurão!"

Quadra Popular, figurante em "Quatro Quadras Soltas", de Sérgio Godinho

Do Silêncio de Abelardo

Abelardo chegava, sentava e calava.

Discreto, no canto menos espelhado do Piolho, Abelardo, o Cavalo que Cala, pedia o café, e, depois de o tomar, ainda quente, de um golo, ficava, cascos dianteiros cruzados em cima da mesa, fixava os mesmos cascos, sem os ver, e calava.
Calava dores, pois claro. Não as suas, não donzelas – Senhoras Éguas, ou Senhoras-Senhoras, pois que em tempos com algumas delas sonhara – mas as dores de todos os Cavalos da Equinidade.
Dores de casco muitas, esporas gravadas outras tantas, Dores de flechas crivando flancos, de lâminas decepando patas, lanças trespassando pescoços, em nome do realismo da Batalhas; Calava a sede, a fome, em esqueletos cobertos de pele, assim colocados para dar nome à Seca, ao Deserto; e as cornadas fatais em dias de infelicidade.Calava cacetadas, varadas nas costelas de Rocinante; a morte do último Unicórnio, e o triste fim nunca esclarecido daquele cavalo -seria um burro?a dor era a mesma – com cuja queixada Sansão derrubou um exército de filisteus.
Calava as penas de todos os Cavalos da História, de todos os Cavalos de todo o Mundo. Do pelo queimado dos corcéis do carro de Hélio, aos tóxicos que reduzem drasticamente as populações de cavalos-marinho. E os esforços, os castigos, sofridos às mãos de lavradores injustos, carroceiros rudes, e donos de circo cruéis.

E se, no fim de tanto calar, a hora de ir embora coincidia com mais um brinde da Tuna, que diante do seu Silêncio ensaiava, Abelardo erguia-se e calava mais alto. O brinde era seu. Pedíamos Vinho, pedíamos Broa. E Abelardo Calado, logo brindava.
Era o Brinde das Sopas de Cavalo Cansado.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Os Nossos Outros Valores XXXIII

A Vinicultuna nao usa caldos Knorr.

A Vinicultuna gosta da gorda do presunto.

A Vinicultuna e um delirio colectivo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Portfolio de Nomes para Tunos e caloiros de Tuna - I

Para usar nos futuros Tunos e caloiros de Tuna da Vinicultuna,
Para trocar com Tunas Amigas,
ou simplesmente para Coleccionar

Para caloiro de Tuna:
-Balancé
-Elefantino
-Pimpão

Para Tuno:
-Ogrão
-Malagueta
-Balsemão-Além-Mares

Os Nossos Outros Valores - XXXII (Especial Digressao)

Se a Vinicultuna fosse um barco, seria uma lancha poveira.

A Vinicultuna gosta de dormir ao relento, nas noites de Verao.

Sempre que pode, a Vinicultuna traz consigo um pote de banha. Para o que der e vier!

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Álgebro, Professor de Aritmética, Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto

Enquanto Álgebro, o Professor de Aritmética foi o Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, não mais um Tuno trocou uma letra, não mais a segunda metade da segunda estrofe encaixou na primeira metade da primeira estrofe, não mais palavras foram soluçadas à pressa ou interrompidas a meio.
Álgebro, sentava-se invariavelmente num lugar lá para o meio, onde ninguém desse por ele, ligava uma lanterninha de espreitar gargantas, prenda de um dos Tunos que ia mais adiantado, e apontava para os próprios lábios, para os próprios dentes, e cantava a letra no código que ele inventara, e só a Tuna entendia. E, guiada pelos lábios de Álgebro, a Tuna cantava certinha, certinha, certinha, pauta acima, pauta abaixo, mesmo quem tinha faltado aos ensaios, e quem não aparecia há muito tempo, embora levasse bocas na mesma.
Álgebro não sabia as letras. Sabia o código. Álgebro não cantava. Excepto quando não havia mesas livres lá para o meio, e Álgebro se tinha de sentar nos lugares junto à parede, lado a lado com o reflexo dos espelhos. Então, Álgebro lia os lábios do Reflexo do Reflexo da sua própria imagem, a soletrar o Código, e então conseguia cantar. Menos no dia em que, em lugar de olhar para os Lábios do Reflexo do Reflexo, olhou directamente os Lábios do Reflexo da própria imagem, e cantou tudo invertido. O pior é que uma velhinha ouviu, e julgou que era coisa do Diabo-VadeRetrum.
E se calhar era, porque era um código difícil, com números, contas de multiplicar e dividir por mais de dois algarismo, e com tantos Pis, Rós, Xis e Quis Quadrados, que houve quem garantisse que Álgebro era da Faculdade de Letras. Pois apesar do grau de dificuldade a verdade é que, Álgebro nunca precisou de dar explicações aos Tunos para que estes aprendessem o Código. E nem sempre as contas eram fáceis. Umas vezes apareciam muitas cervejas a mais, noutras sobravam Restos esquisitos. Mas como a Tuna cantava bem, as cervejas iam por conta da casa, e os Restos Esquisitos, dava o Tuno Grande Morsa a comer aos caloiros – isto se não lhe soubessem.
Houve a noite em que Álgebro cifrou o repertório da Tuna num problema de torneiras e tanques, e de facto, quando a actuação acabou, a sala que começara vazia, estava a transbordar, e Álgebro disse que o segredo era um enunciado com Vinho.
E Álgebro, o Professor de Aritmética, conheceu o máximo expoente enquanto Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, na noite em que, sem combinar, Álgebro começou a silabar por algarismos, incógnitas e potências, a cifra do Próprio Fado Cantado, e a Vinicultuna cantou à primeira, sem nunca ter ensaiado ou sequer mirado pauta, a História do Amor Desgraçado de Álgebro, Abandonado pela Mulher da Sua Vida – e toda a gente no Piolho aplaudiu – embora algumas pessoas tenham ficado com a certeza de que a senhora tinha morrido.
Mas do que Álgebro mais gostou foi da noite em que sem combinar, o Magister Piça Quadrada apresentou “O Primo Álgebro”, e Álgebro cantou o “Fado do Trinta e Um”.

sábado, 11 de agosto de 2007

Jogos de Sorte :: parte I

Após árduo regresso de Aveiro, cujas marcas se manifestaram por, pelo menos, uma semana nos meus glúteos doridos e cara de tons ciganóides, eis que chegamos à Póvoa de Varzim.
Após termos gasto em duas rajadas quase tudo o que tínhamos, à excepção de "uns pretos", como diz o tuno Inca, decidimos seguir caminho para despistar um amigo do ToZé que nos tinha aparecido e jurava que estava connosco. Foi preciso pedir-lhe que nos deixasse duas vezes, até este se encaminhar para o mar.
Quando demos por ela, tinhamos passado por um letreiro duma casa gigante que dizia
"Casino da Póvoa"... com um cartaz duma perna duma moça, tanto quanto me lembro, e que dizia que era possível jogar com 1 cêntimo. Ora, cêntimos era o que não faltava!
Então, rapidamente descobrimos que os finos eram a 80 cêntimos, com vista para os chineses a apostar aos 3000 contos por ficha na roleta! E os cafés 30 cêntimos. Para que é que gastámos tanto em frango!
Logo nos dirigimos para a entrada... onde somos muito bem recebidos por um senhor engravatado que nos diz que aquela situação era inédita! Os instrumentos tinhamos que deixar a porta! e as capas talvez... ia falar com o superior.
Perante esta hipótese sombria, impossível de aceitar, decidimos esperar.
Vem o tuno Fodunt:
"-Diz-lhes que se fossemos Árabes também não íamos tirar as burkas!"
Vem outro senhor engravatado, este com ar mais bem disposto, dizer-nos o mesmo...
Digo eu: "- Se fossemos Árabes também não íamos tirar as burkas!"
E diz ele... "- Pois... Deixe-me falar com o meu chefe."
Afasta-se uns metros e diz, com ar de riso... "-Sr. Engenheiro..... estão aqui uns... " o resto foi imperceptível mas após tentar medir as nossas intenções, indicou-nos prontamente o caminho do bar, mas não sem antes nos tentar dissuadir a tirar as capas. Se soubesse que dois caloiros tinham inclinações sadomaso e estavam a usar gravata e colete sem camisa... tería-nos indicado a sala vermelha para um show às loiras de 50 anos. Mas como discrição é uma característica nossa, nada foi descoberto, e fomos às loiras fresquinhas, a sair na hora.

E assim começou que poderia ter sido horas a beber cerveja, se não tivéssemos estourado 14 euros em cervejas de lata e 5 euros em águas frescas pela grade de um café fechado!

---Fim da parte I

Nota: Durante a realização deste filme nenhum caloiro foi ferido, e a identidade dos dois caloiros supra-referidos será protegida, sendo que um deles é menor. Mas já sabem traçar a capa!

domingo, 5 de agosto de 2007

Do Fim da Noite XIII

Luz da manha suspensa
sobre dois enamorados
Quarto sem cortinados

Do Fim da Noite XII

A bordo do autocarro:
"E que tal se nao saisemos na nossa paragem. Pode ser que a proxima nos leve para mais perto do nosso destino.
Seja ele qual for..."

Os Nossos Outros Valores - XXXI

"A Vinicultuna conhece a Velha do Arco. E nem a acha nada de especial."

Da Demanda de Sezaltina

Sezaltina nunca chegará a encontrar a Vinicultuna.
Mas procurá-la-á incessantemente por todo o lado.
E um dia, anos mais tarde, muitos muitos anos mais tarde, por alturas da, benzamo-nos, cruzes credo, arre-arreda-mafarrico, longe vá o agoiro, Sua Morte, não olhará para esse insucesso com amargura, como sonho interrompido ou desígnio poor cumprir antes como a sua condecoração enquanto Cavaleira do Graal.
Sezaltina nunca chegará a encontrar a Vinicultuna.

Na sua busca infindável, contará mil motivos para voltar à estrada, contará mil histórias a filhos, sobrinhos, netos, sobrinhos-netos, a um bisnetinho que então, nessa hora maldita-longe-vá-a-desdita, terá, e a muitos muitos mais ainda, médicos burros - “Isso cá para mim é cansaço”, “Está com um esgotamento”, “Deve ser princípios de Alzheimer”, “Hmm, hmm, está a fazer uma Trombose”, “Isso que me está a contar é muito estranho”.
Porque de cada vez que se escapuliu da vigilância da filha crédula e do médico burro, para rumar ao Porto guiada por sonhos, sinais, cartas, cartazes, por ideias, por lamentos, e uma vez por um motorista da carreira que já estava tocadito, Sezaltina viveu deslumbrantes peripécias. Aventuras. Loucuras.

Seguiu um cão-esperto, que a viera esperar à Central, e riu-se com as finezas do bicho a entrar nos talhos, a andar em duas patas, a prender os ladrões; a pular para as caixas das camionetas, a molhar-se nas fontes, e a roçar-se nas moças, e dormiu na sua casota;
Da vez seguinte à do Cão-Esperto, deitou-se a adivinhar como um detective, e desmascarou uma senhora que deitava remédio no chá dos velhinhos para lhes ficar com o cheque das pensões;
Foi entrevistada-de-rua para um programa de televisão – e ela até nem via o programa!;
Uma noite em que por três vezes lhe disseram que a Vinicultuna estava lá, só que quando ela chegava, a Tuna já tinha partido para ali, e ao chegar ali, tinha ido para acolá, e acolá, tinham voltado para cá, porque afinal a gente é de onde pertence, e por isso, Sezaltina voltou para a Terrinha;
Num dia de ventania, ao defender-se do vento com um guarda-chuva que lhe tapava as vistas, embarrou sem querer com um polícia, e sem querer vazou-lhe um olhinho;
Noutra noite ouviu o eco da “Feiticeira” filtrado pelas folhagens das árvores do Jardim da Cordoaria, só que quando lá chegou era só uma lagartixa, mas cantava parecido;
Perdeu o medalhão com a fotografia d'O Falecido para na mesma noite o encontrar noutro sítio, com a improvável ajuda de um cidadão Tailandês (dão de facto muito jeito – precisamos mesmo de arranjar um);
E a vez que esteve mais perto da Vinicultuna, foi quando encontrou um Professor de Matemática, mas com aspecto desarranjado, sentado na borda do passeio, com os pés na valeta, num dia a seguir a muita chuva com os bueiros entupidos, a chorar a despedida, só que Sezaltina não percebeu de quem se tratava, e deu-lhe um rebuçado de mel, para não se constipar;

Mas Sezaltina nunca chegará a encontrar a Vinicultuna.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Grandes Frases - LXVI

"Cada qual é como Deus o fez, e muitas vezes ainda pior."

Sancho Pança, em "D.Quixote de la Mancha",de Miguel de Cervantes, Segunda Parte, Capítulo IV

Vinicultuna, a conquistadora!

algures entre um parque infantil e o casino da póvoa - 2007

Abelardo, o Cavalo que Cala

Se alguém houve que tenha reparado nele, só pode ter sido um dos frequentadores mais antigos, dos tempos das reuniões do reviralho, e que ainda não perderam o hábito de pesquisar no Piolho a presença de discretos observadores.
Abelardo entrou discreto, de gabardine e óculos de sol, como só pode andar quem quer passar despercebido, e sentou-se num canto a ler o jornal, escondido no entalhe entre a coluna-mestra e a parede, no ponto-vácuo dos espelhos.
Portanto, não poderá sido a Vinicultuna a reparar nele, mas ele a reparar na Vinicultuna. Quantas vezes terá escutado os nossos ensaios? Já estaria lá quando preparávamos o Casamento do Velho, e depois saiu tudo ao contrário? Ou quando o Velho ainda era Novo? Mas nesse caso o Senhor Nogueira tê-lo-ia topado – que saudades de o ver a espreitar pelo espaço entre as revistas penduradas nas traseiras do quiosque do Senhor-Nogueira-Pai. Ter-se-á alguma vez sentido incomodado pela nossa presença? E se sim, como é que se terá dado a reviravolta da antipatia para a simpatia?
Certo é que já nos estudava há muito. E sem dúvida simpatizara connosco. De outra forma nunca teria quebrado o silêncio da forma que quebrou, no dia em que, sem reparar, nos havíamos sentado a seu lado, encurralando-o entre a harmónica-algazarra-em-preparação e o entalhe da coluna-mestra na parede, no ponto-vácuo dos espelhos. Simulando que precisava de se levantar, simulou que olhava o relógio e que ficava surpreendido com o mostrador, para poder simular que nos abordava para confirmar o atraso...
“Ó Crscalho...” - demonstrando a sua enorme categoria na atrapalhação com que se forçou a mal-disfarçar o palavrão - “...que horas são?”,- e na cortesia com que, denunciou a sua condição, pois que ao dirigir-nos a palavra pela primeira vez, retirou o chapéu que cobria sempre o cabeção.
E pela primeira vez o eco do brinde foi quebrado, pois que aos múltiplos “São as Horas que Eu quiser!”, alguém respondeu,
“Ó Carago! Um Cavalo que Fala!”.
Era Abelardo, um Cavalo sim, mas em vez de falar calava.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Da Doença de Sezaltina

"E agora, Doutor, que à Mãezinha dá-lhe para sair de casa porque diz que tem de ir não sei onde, ir ter ter com uma gente que a gente nem sabe se é parente da gente se é gente que ela ouviu falar a outra gente, ou sequer se é gente, e desaparece-nos horas mesmo dentro de casa, mete-se na cave, anda para lá aos tombos com a luz apagada, e a dizer coisas trocadas! Será Alzheimer?"
E o médico, que era burro,
"Hum...Isso deve ser Alzheimer!"
E Sezaltina, de si para si, bem-pensou
"E que bem que sabe!", e melhor-lambeu uma gota de Tinto da Cave que lhe ficara no canto dos beiços.
E enquanto o médico, que era burro, passava umas vitaminas e um calmante para o Alzheimer da Mãezinha, escapuliu-se do consultório, desceu as escadas de um salto, e escondeu-se na garagem da carreira para o Porto que ficava ao lado do consultório do médico-burro, e que estava mesmo a sair. Já por isso negociara com a filha "não ir à Caixa que os de lá não querem saber da gente, e ir por ir, ia a pagar, ao que fica ao lado da garagem da carreira, que dizem que sim, é muito bom."

Porque "não sei onde" era ao Porto, e "a gente" não era parente, nem se sabe sequer se é gente, porque é da gente, quer dizer da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que se trata, de quem Sezaltina não ouviu falar a outra gente, antes encontrou um autocolante varrido pelo vento de uma noite de digressão, e colado nas manhãs anteriores ou nas manhãs seguintes por um menino mau no pêlo de um cãozinho-bom , que atravessou a ganir a terra, as terras atrás e à frente, as terras à volta e as estradas que as unia, até encontrar Sezaltina que descolou com cuidado o autocolante do cãozinho, e leu, "Vinicultuna de Biomédicas-Tinto? É gente boa concerteza, e não faziam isto ao bichinho.",no mesmo momento decidindo como desígnio de velhice calcorrear o país todo para os encontrar.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

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segunda-feira, 23 de julho de 2007

Procura-se Amigo Imaginário - O Caldas-Tinto

O Caldas estava de sentinela.
O Caldas adormeceu. E foi encontrado pelo Avô Custódio.
O Avô Custódio não denunciou o Caldas, e quando a Tropa acabou, ainda lhe arranjou emprego como capataz, que é uma espécie de sentinela nas obras da Barragem.
Por isso, o Caldas prometeu, e enquanto foi vivo cumpriu, entregar na casa do Avô Custódio meia-dúzia de caixotes de laranjas da terra.
Além disso, a par do Senhor António, marido da Carminda de Pardilhó, a quem o Avô Custódio também arranjou emprego lá nas obras da Barragem, era a única pessoa que era capaz de jurar, que o Avô Custódio era um Homem Muito Bom.
E jurou-o sem mentir, até certo dia do ano em que o Caldas deixou de mandar laranjas.

Naquelas noites em que o Piolho já está fechado, e o orvalho diluiu a última gota do Vinho trazido do Solar da Elsa, dava muito jeito um Caldas-Tinto que aparecesse sem avisar, para pagar favores eternos, com Produtos Engarrafados de Região Demarcada.
O Juvenal, que esteve a 5 dias de acabar a tropa, e é Oficial do Exército Português é que nos devia ter arranjado um.
E então nessas noites, se o Senhor Nogueira já se tivesse ido deitar, o Caldas-Tinto, ficaria de olhos bem abertos, de Sentinela como nos tempos da tropa, a ver se não vinha a polícia ou a escumalha perturbar as Serenatas. E enquanto isso também fazia horas até o Sol se levantar, para voltar para casa, pela estrada cheia de curvas, que isto da noite dá sono, e isto do sono torna a condução um perigo.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A Alegria de Um Amigo Imaginário

Depois de conhecer a Vinicultuna, Álgebro deixou de ser distraído.
E voltou a ser feliz.
Numa noite de copos abraçou-se ao Tuno Água Benta a chorar as agruras da viuvez.
Noutra noite pediu com voz de lábios trementes ao Tuno Genoval Fodido, que acompanhasse à guitarra a tabuada dos 7. E como foi tocante ouvir “8x7,56” cantado, e conferir que estava certo.
Noutra abraçou-se a chorar ao Tuno Honorário Mineteiro, queixando-se que se abraçara ao Tuno Sábio Inca, a chorar a mulher que o deixara, e que este sem o ouvir lhe respondera “Pois, pois...”, no que o Tuno Honorário Mineteiro o foi consolando com as palavras sábias “Pois, pois...”
E noutra ainda invocou a chorar os tempos de Faculdade, embebedando-se com todos os Tunos. E com a tristeza sincera a embargar-lhe a voz, lamentou não ter então sido mais calão.
E numa noite em que chovia, sob protecção de um Alpendre-mas-Pouco, contou aos Tunos-mas-Muitos, a história triste da única mulher da sua vida, não escapando a ninguém as lágrimas que se diluiam nas poças.
Os figurantes da noite do Porto habituaram-se a referir-se a ele como “o das matemáticas que anda na cantoria com os cabrões dos estudantes”.

Amigos da Tuna III


Nome: José
Mais conhecido por: "Senhor Zé"
Profissão: Marceneiro e Animador Cultural de Peso da Régua (agora no Porto)
Hobbies: Fadista e Dançarino

O Senhor Zé (não confundir com o proprietário do Solar da Elza, sobre quem muito se há-de escrever!) é o amigo da Tuna que vos trago hoje. O primeiro que há dizer sobre o Senhor Zé é que ele não faz a mais pequena ideia do que é a Vinicultuna, esta nunca lhe foi apresentada, e provavelmente nunca ouviu falar nela (quem sabe?). No entanto conseguiu conquistar o coração de todos quantos Tunos se lhe atravessaram no caminho, nos escassos momentos que partilhamos com ele uma destas tardes de Verão.

O pouco que sabemos dele é que exerce a nobre profissão de Marceneiro em Peso da Régua, em part-time com um importante papel na Animação Cultural da vitivinícola cidade douriense. No mês de Julho, desloca-se à Praça Parada Leitão, Porto, sempre de directa e acompanhado do seu ocasional amigo e instrumentista, Dum-Dum. Os objectivos destas incursões são pouco claros, ou talvez demasiado óbvios, mas não interessa aqui averigua-los.

O seu riso fácil, o seu gosto pelas bebidas do espírito, os seus dotes de cantor e bailarino, o seu bigode, a sua natural boa disposição, espontaneidade e a sua total desinibição fazem-no merecedor, como poucos, da nossa amizade ao primeiro copo.

Amigos da Tuna (pequeno parentesis, vulgo nota introdutória)

Porque na Vinicultuna gostamos de fazer as coisas ao contrário, ou melhor, como achamos que devem ser feitas, vou introduzir nesta rubrica dos amigos imaginários da Tuna um amigo real.

Vai aparecer daqui a um bocadinho por cima deste post, e vou-lhe chamar "Amigos da Tuna III"- recuperando a rubrica "Amigos da Tuna", que nos anos idos de 2005 teve o seu auge, quando na sua única apresentação nos trouxe o Senhor do Vale, como se demonstra aqui.
Com isto se pretende provar que a Vinicultuna trata bem os seus amigos, sejam eles reais ou imaginários, assim fundindo as duas rubricas.
A bem de semear a confusão.

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Do Vinho e da Empatia entre os Utentes e Funcionários do Sistema Nacional de Saúde - XV

"...Tudo fino! Só ando cá com uma sede!"
"Se tem sede, beba Água!"
"Eu bebo. O problema é que a Água não me resolve esta sede..."
"Então?"
"Precisava de umas bebidas mais... picantes."

Pois é Precisamente de Novos Amigos que se Trata!!!

Amigos Imaginários!
A Nova Rubrica Onírica da Vinicultuna!

Há dias, na Noite de S.João, brincava o Nosso Velho, o Tuno Fundador Cinderella com a descendência da vizinhança, fingindo ser um Humanóide Anormalóide, que as crianças combatiam com todas as suas energias, e às tantas vai um, e entre dois pontapés, pergunta-lhe "Como é que te chmas?", e vai ele, e afastando-o com a mão em garra no peito glabro, "Joel", que é como o Nosso Velho, o Tuno Fundador Cinderella se chama, e vai o menino, e enquanto escalava o braço para chegar aos cabelos, responde "Fixe! Tens o mesmo nome que o meu Amigo Imaginário!"

Ter Amigos Imaginários é Fixe!
A Vinicultuna também vai ter os seus! E vão acompanhar-nos nas nossas aventuras!
O primeiro já foi apresentado! É, como já devem ter calculado, o Professor Álgebro, Professor de Aritmética, e Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto!

Inauguração Oficial do Verão (Com novos amigos!)


quarta-feira, 18 de julho de 2007

Granfes Frases LXV


"Dizem que ali em Lisboa
A Vida é boa,
Que boa é ela!
Andam catraias nuas
Por essas ruas,
Por essas vielas!"

Senhor Zé - Animador Cultural de Peso da Régua (ilustrado na foto acima)

Álgebro - Professor de Aritmética, e Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto - I

A Vinicultuna conheceu o Professor Álgebro num dia de vento, mas não de chuva, daqueles dias em que as pessoas andam de cabeça atirada para a frente, como os pretos quando ganham as corridas dos 100 metros, para que as suas cabeças cortem a meta antes que as cabeças dos outros pretos o façam. Os brancos também podem atirar a cabeça para a frente, mas não nas corridas dos 100 metros, porque acho que não podem participar, e por isso, os brancos atiram a cabeça para a frente nos dias de muito vento, quando por exemplo querem descer uma rua ó p'a lá, com o vento a soprar ó p'a cá.
Até hoje na Vinicultuna somos só brancos, embora tenhamos o Senhor Nogueira e o Tuno Honorário Mineteiro que são os que correm mais, e gostassem de participar em corridas de 100 metros, e por isso, naquele dia, como estava vento, íamos a descer todos a rua contra a direcção do vento, com a cabeça para a frente. Só que como quem atira a cabeça para a frente, tem de ir a olhar para o chão, e pode magoar-se porque pode ir sem ver, contra um poste de electricidade, um baldão do lixo, ou outro ser humano, íamos todos atrás do Tuno Grande Morsa, que é grande e faz um cone de vácuo atrás dele que deixa a gente ir de cabeça levantada, e também é forte, e por isso tem menos possibilidades de se magoar, se for só ele com a cabeça para a frente.
Claro que o Tuno Grande Morsa não se magoou. Quem se magoou foi o Professor Álgebro que apesar de vir na direcção do vento, também vinha com a cabeça para a frente, e a olhar para o chão, não porque precisasse – tinha o vento pelas costas, e como não é preto não estava a treinar para uma corrida de 100 metros - mas porque como Professor de Aritmética, o Professor Álgebro é muito distraído.
E foi assim que, sem os ofícios do Senhor Nogueira, Relações Públicas da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, a Tuna conheceu o Professor Álgebro.
“Magoou-se? Não foi por querer!”

terça-feira, 17 de julho de 2007

Sobre a Loucura

A Loucura tem uma componente forte de Vinicultuna.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Grandes Frases - LXIV

"Poc!",
diz a rolha!

Saudades da Estrada do Balouçar das Ondas da Barcaç que Não Mas devia ter sido construído no porto de Hamburgo e Sobretudo Saudades de Vós meus Tunos

Conheceramo-nos há 3 dias. Ao pôr-do-sol, no convés, agrupados em conversas a dois ou três, debruçados a sós na amurada a balançar e a espreitar golfinhos. Cada um por si. Um de nós fazia anos, mas cada um por si. Conheceramo-nos há 3 dias.
Desci à cozinha e abri o congelador. Após o almoço colocara o "João Pires" - Moscatel, Terras do Sado a refrigerar. Um de nós fazia anos. Trouxera a garrafa de Portugal de propósito para este momento.
Com cerimónia e espalhafato tirei todos os cálices das prateleiras e entrancei-os nos dedos. Com cerimónia e espalhafato subi as escadas a bambolear, e, outra vez no convés, abri a garrafa. Poc!, fez a rolha. Servi os passageiros, um por um, depois voltei às cabines e servi a tripulação. Sempre com cerimónia e espalhafato. Regressei ao convés e brindámos, na divisão mais apertada do convés. Afinal cabíamos ali todos.
Servi a segunda rodada a quem a ela se bateu, tratando com especial deferência aquele que de entre nós fazia anos.
Tratei da última rodada pessoalmente.
Enquanto a saboreava, único de entre dez que escolhera o chão como sofá, meditei, com o céu dourado por fundo, emoldurado pelas cabeças daquelas pessoas que já se conheciam há muito mais que três dias,e concluí
Se não fosse Tuno da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, nunca teria conseguido juntar aqueles
sorrisos naquele fim de tarde.

A Vinicultuna nasceu para fazer as pessoas felizes.



e tornou-me uma pessoa melhor.

sábado, 14 de julho de 2007

Julho, Mês do Estudo e da Piada Científica, e do Entulho para rimar com Julho!

O que é que diz uma IgA secretada para uma IgA de membrana?
- Ó mIgA... sIgA?

by Pilinha

Entulho:

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Os Nossos Outros Valores - XXX

"Na Vinicultuna, gostamos daquelas bolachas que às vezes nos dão".

"Na Época de Exames, o Tuno da Vinicultuna molha os cantos de baixo das páginas dos seus livros num Copinho de Tinto, para estudar mais depressa."

"Há coisas que a Vinicultuna não sabe."

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Festa de Final de Ano & Magnífica Digressão de Tuna

No dia 27 de Julho, sexta-feira, tens mais um motivo para ficar uma última noite cá no Porto além de fugir de qualquer lembrança do último mês a queimar pestanas.

FESTA DE FINAL DE ANO PARA BIOMÉDICAS

das 20 às 24h
cortesia do Café-Repasto-Barbearia Piolho

Programa:
Cerveja 0,33cl - 0,75 €
Cerveja 0,5L - 1€
Cerveja 1L - 1,25€
Vinicultuna de Biomédicas-Tinto - à melhor oferta

Não te esqueças de chegar cedo! À meia-noite acaba a mama :)!

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Em simultâneo, será celebrada a refeição inaugural da magnífica

Digressão de Tuna 2007


nos moldes do costume, tendo como destino, como já vem sendo hábito, um local diferente do selecionado, ainda por determinar (o selecionado, claro). Para mais informações podem consultar o nosso técnico de execução de tarefas, Pereira Nogueira, elemento com provas dadas nestas coisas das informações e corridas. E bilhar!


Saudações Académicas, bom estudo, e não rebentem!



domingo, 8 de julho de 2007

As 7 Maravilhas da Vinicultuna

A pauta do Afonso
Aurora e Outrora
A Menina Nua e as Pombas, imortalizada nos versos do Senhor do Vale
A Ventania que levar o anúncio que desfigura a Torre dos Clérigos
A Fonte dos Leões
A Estrada que Conduz ao Piolho

e a Tua Janela.


...e outras Maravilhas há...
...citemo-las, meus Tunos!

Paradoxo - ou - Reminiscências do Nosso Mês de Junho

Um RuAnão é um Ruano Muiiito Grande ou Muiiito Pequeno?

Do Fim da Noite XI


A noite - enorme.
Tudo dorme,
Menos o teu nome.




haiku

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Caso Clínico

Homem de 52 anos, admitido por Suspeita de Crise Convulsiva. Assintomático até hoje de manhã, altura em que, de acordo com a esposa, se apresentou um pouco confuso, recusando a ingestão de um Copo de Vinho.

quarta-feira, 4 de julho de 2007




Viva às piriquitas


segunda-feira, 2 de julho de 2007

Quadra de Abertura de Épico de São João - em directo por telefone, do São João de Braga

?Estou? Estou?"

"Carlos Guimarães!
Médico Simões!
Estou no Campo da Vinha
A cantar provocações!
Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

...e mais não retive, porque a borga era muita de um lado e outro da linha, mas versava Casamentos em Vila do Conde, com Rock até às 4 da manhã, e regressos na bagageira de uma carrinha de 2 lugares, e Parasitas Republicanos contra o Grande Reino do Minho...

E Assim se Fecha um Negócio

-Como está Vizinho! Como está NOVO Vizinho! A Donzela já lhe disse? Aquela mesa! É exactamente o que eu estava à procura! Para a casa de campo. Uma coisa pequena, e prática. Passei aqui na garagem e...É aquilo! Pequena, prática! A Donzela disse-me que não precisam dela. E então?... Quanto quer por ela? Nunca pensou em vender? Vá lá, um número! Não lha vou levar assim sem nada... Muito bem! Eu levo a mesa, mas com a condição de lhe pôr qualquer coisa lá em casa!...
Gosta de Bom Vinho?

sábado, 30 de junho de 2007

Grandes Piadas Científico-Brejeiras

"Eu já não devo ter nenhumas"

Senhor Professor Doutor Catedrático-Monteiro, sobre o equivalente anal das Glândulas de Bartholin

Muito Obrigado Juvenal!

O Mês de Junho, Mês da Piada Fácil, da Piada Seca, de Mau-Gosto e do Humor Bucólico-Brejeiro acaba hoje, e eu acho que foi muito bom!
Muito Obrigado Juvenal por esta tua criação!

Muito obrigado não! Muito agradecido, porque ninguém me obrigou a dizer isto!

Charada tipo Palavras Cruzadas, só que em que se chega ao fim e há uma Piada Fácil Pueril

- Palmípede do Sexo Feminino
- Pequena Mentira
- Pequena Galinácea
- Pequeno Peixe
- Meretriz

Grandes Piadas Fáceis - IV

"Oh Doutor!, Então como é? Um Médico doente?"

o Utente do Sistema Nacional de Saúde

Da Estrada

"Leva a porta aberta!",

diz o agradável condutor para o motociclista, ou para o montador do jumento...

...e em seguida responde com humor, a uma buzinadela, com o simples mas subtil:

"Passa por cima!"

e como se poderia chamar este simpático automobilista?
Querem melhor nome que...

"Senhor Moraguiar!"

Viagens no Nosso Mês de Junho

"Senhora Hospedeira, abra uma janela!"

o Divertido Passageiro de Avião

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Regressou no Mês de Junho, Mês da Piada Fácil, da Piada Seca e de Mau-Gosto, e do Humor Bucólico-Brejeiro,e Desembainhando a Espada Exclamou - V

-Sois Homens ou Sois Ratos?
-...shhhhh...

e permaneceram calados...
...que nem ratos.

Tendo Regressado no Mês de Junho, e vendo-se corrigido, embainhou a espada, e voltando a exibi-la, emendou - IV

-Ah!Ah!Ah! Defacto! Esta é boa! És um Homem, ou és um Rato?
Ao que saindo dos seus buracos, lhe responderam:
-Ah!Ah!Ah!Enganamo-lo, Senhor! Estávamos todos aqui escondidos!
-Ah!Ah!Ah! Esta é boa!
-Ah!Ah!Ah!Sois mesmo tolo, senhor!
-Ah!Ah!Ah!Agora, se não vos importais, voltai a repetir a pergunta, mas no plural!
-Ah!Ah!Ah!...e bem alto, para que todos a ouçamos!

Em Junho Regressou, e Desembainhando a Espada, Gritou - III

-Sois Homens ou Sois Ratos?
-Ah!Ah!Ah! Que engraçado! Porque falais no plural, se apenas aqui estou eu? Ah!Ah!Ah! Que engraçado!

Grandes Piadas Secas

"E o que diz a Mãe, quando o Nelinho aparece ~em casa dentro de uma lâmpada?
Oh! Desgraçado!, eu bem te disse para não ires nadar para a barragem!"

Serafim Saudade

Em Junho Regressou, e Desembainhando a Espada Enfrentou-os - II

- Sois Homens ou Sois Ratos? Defendei-vos, se é sangue o que vos corre nas veias!
- Não vos apoquenteis, senhor...
- ... somos Ratos Secos.

Em Junho Regressou, e Desembainhando a Espada Exclamou - I

- Sois Homens ou Sois Ratos?
- Ao certo não sabemos, Senhor...
- Mas temos por certo que queremos Ratas.

sábado, 23 de junho de 2007

Quadra de São João de Mau-Gosto

"Sobe a meu quarto, é São João,
Divide a cama com outro corpo.
Está tão frio...Bota-o ao chão!,
O avô deve estar morto."

Quadra Seca de São João

"São João! Acabou o vinho!
Desespero! Não há mais!
Peço um milagre pequeninho!
Senão, ai-ai-ai-ai-ai!"

Quadra Brejeira de São João

"São João, Martelo e Alho!
São João, Vinho e Putas!
Entra à Bruta o Meu Mangalho!
Dá à Cascata Mais Grutas!"

Quadra Fácil de São João

"Ai Meu Rico São João!
Ai Meu Rico São João!
Ai Meu Rico São João!
Ai Meu Rico São João!"

"História das Calças Azúis" - História Bucólica-Não Brejeira - V

Não sei se vos cheguei a contar até ao fim, a Divertida História das Calças Azuis...
Serão capazes de me dizer aonde é que eu ia, ou preferis que vos conte do início?...

Batidas de Urinol - III

"Aqui, até o Cobarde faz Força!"

Batidas de Urinol - II

"Aqui, até o Valente se Caga."

Atendendo a que Junho é o Mês da Piada Fácil, Seca, de Mau-Gosto, e do Humor-Bucólico-Brejeiro, durante este mês abdicarei de enquadrar as Piadas Fáceis, Secas ou Brejeiras de Urinol, nas habituais Quadras Poéticas que caracteriza a escrita de Casa de Banho, uma vez que fazê-lo elevaria o nível de análise e decomposição mental a um grau de dificuldade bastante superior ao pretendido neste Nosso Mês de Junho.

Chegados a Julho, pretendia que esta rubrica fosse crismada em "Poética de Urinol", deixando a Piada Fácil e Brejeira do seu Título actual, e se tornasse num dos momentos de deleite e reflexão dos leitores do "ideiaselamentos".

Batidas de Urinol

Rubrica Bucólico-Brejeira, que encerra no seu próprio título um Trocadilho Fácil e Brejeiro.
Para Piadas Fáceis de Urinol.

Muito Mais QUe Um Jogo - Piada Fácil que de tão fácil, nem chega a ser Brejeira

"Ó Edu... Vai levar no Cu!!!"

Anónimo de Bancada do Velhinho Estádio Engenheiro Vidal Pinheiro

"História das Calças Azúis" - História Bucólica-Não Brejeira - IV

Já há muito que não vos conto a Bonita História das Calças Azúis... Quereis que vos conte?

Os Nossos Valores do Mês de Junho - III

"Os Tunos da Vinicultuna que não a têm Muito Grande, têm-na Muito Pequenina."

"Muito Grande ou Muito Pequenina, a dos Tunos da Vinicultuna é sempre como a do Cão -quandp erecta balança ao dependuro toda vermelhinha, parece um ponteiro, parece carne viva...e tem um brilho viscoso quando o sol acerta nela!"

Do Regresso... Piada Fácil

"E então?, as Férias foram boas?"
"Foram POucas!..."

"Essa é que foi!" - rubrica de histórias ensossas "que só que como" aconteceram a nós, continuamos a contar socialmente para entreter os outros - IV

"E aquele dia em que o Gilé caiu duas vezes!"

"E quando abriram a porta do quarto de banho e estava lá o Ruano em cuecas, e depois abriram outra vez, e ele ainda lá estava!"

"E quando um passarinho, quer dizer, dois passarinhos, fizeram cócó duas vezes, quer dizer cada passarinho só fez uma vez, a menos que fosse só um passarinho, na cabeça do Juvenal."

"E quando íamos a correr, um cão nos ladrou do lado de lá de um portão, assustou o Teixeira, e depois, ao virmos "ó p'a trás", o cão voltou a ladrar no mesmo sítio, e o Teixeira se voltou a assustar!"

"E quando a Senhora Maria passou um dia a chamar Senhor Jorge ao Liça, e quando nós lhe chamamos a atenção, passou outro dia a chamar-lhe Armando Lino."

Adjectivando um 5º Membro Grande como os Grandes Quintos Membros dos Tunos da Vinicultuna - Piadas Brejeiras

"É como a do Padeiro só que sem Farinha."

"É como a do Talhante só que sem o Sangue."

"É como a do Touro só que sem os Cornos."

"É como a do Cão só que sem os Dentes." - e a do Cão é bem grande, e fica ao dependuro toda vermelhinha, parece carne viva...

"É como a do Canguru, porque tem uma bolsa e dá pinotes."

Heterónimo Fácil de Mau Gosto

"D.Mário d'Aquino LaBRego"

Grandes Piadas Fáceis - III

"...e a Antónia também é uma Flor!"

D.Mário d'Aquino Lamego, ilustre aluno do Segundo Curso de Biomédicas Que Ainda Por Cá Anda, e Galanteador, de quem ainda havemos de falar, na Rubrica "Das Desventuras de Dom Mário d'Aquino Lamego, que Bem Podia Ser um Tuno"

Grandes Piadas Fáceis - II

"A Margarida é uma Flor!..."

D.Mário d'Aquino Lamego, ilustre aluno do Segundo Curso de Biomédicas Que Ainda Por Cá Anda, e Galanteador, de quem ainda havemos de falar, na Rubrica "Das Desventuras de Dom Mário d'Aquino Lamego, que Bem Podia Ser um Tuno"

Heterónimo Fácil sobre Brejeiro

"Rhu-Ânus"

Piada Fácil, Brejeira, e de Mau-Gosto

"Olha que ela é uma mulher casada."
~"Eu não tenho ciúmes."

Esta lembro-me de ouvir ao Senhor Júlio Isidro - é uma Piada Fácil, mas apropriada

"O João disse-nois que era a primeira vez que cantava em televisão, mas eu acho que já cantou duas, ... a Primeira, e a Última."

sábado, 16 de junho de 2007

Do Vinho ou Milagres de um Reino Maravilhoso

"Nas margens de um rio de oiro, cruxificado ente o calor que de cima o bebe e a sede do leito que debaixo o seca, erguem-se os muros do milagre. Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas. No Setembro, os homens descem as eiras da Terra-Fria e descem, em rogas, a escadaria do lagar de xisto. Cantam, dançam e trabalham. Depois sobem.
E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo."

Miguel Torga

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Muito Mais que Um Desporto - Piadas Fáceis dos Títulos dos Desportivos - II

"Naufrágio no Mar."

"O que é Nacional é bom." (apesar de les jogarem só com brasileiros)

"DesUnião Fatal."

Mês de Junho na Vinicultuna, Regresso ao Pátio da Minha Escola - Piadas Fáceis, Brejeiras e de Mau Gosto da Minha Infância - V

"Olá borracho!
Queres por cima ou queres por baixo?"

terça-feira, 12 de junho de 2007

Grandes Piadas Fáceis

"Ó Evaristo!, tens cá disto?"

Vasco Santana, como Narciso, n'"O Pátio das Cantigas"

Muito Mais Que Um Desporto - Trocadilhos Fáceis dos Títulos dos Desportivos

"Gil Cantou de Galo."

"Xeque-Mate no Xadrez do Bessa."

"Entrada de Leão."

sábado, 9 de junho de 2007

Os Nossos Santos Brejoeiros

Boyet - Quem é o caçador? Quem é o caçador?
Rosalina - Quer que lho diga?
Boyet - Quero sim, meu continente de beleza.
Rosalina - Pois é o que leva o arco. Subtilmente explicado!
Boyet - A minha senhora vai abater chifres; mas que me enforquem pelo pescoço, se no ano em que casares houver escassez de cornos. Argutamente atirado!
Rosalina - Nesse caso sou eu que caço.
Boyet - E quem é o vosso bode?
Rosalina - Se pelos chifres o escolher, sereis vós; chegue-se para cá. Bem atirado, na verdade!
Maria - Sempre estais a altercar com ela, Boyet, e ela atira-vos à cabeça.
Boyet - Mas ela apanha mais abaixo. Toquei-a agora?
Rosalina - Queres que a esse toque te responda com um antigo rifão que já era homem feito quando o o rei Pepino de França ainda era criança?
Boyet - Dar-me-ás aso a responder-te ao toque com outro tão velho, que já era mulher quando a rainha Genoveva da Bretanha era ainda rapariguinha.
Rosalina (canta)- Não podes lá ir, lá ir, lá ir.
Não podes lá ir, meu velhote.
Boyet (canta) - Se lá não vou, não vou, não vou
Outro qualquer lá irá.

"Canseiras de Amor Baldadas"Acto IV, Cena 1,
William Shakespeare

Caso Clínico de Mau Gosto

Senhor Benigno.
Neoplasia Maligna.

Piada de Mau-Gosto

"Já reparou que neste veículo motorizado, o lugar do morto não é ao lado do condutor?"

diz o Motorista do Carro Funerário

Mês de Junho na Vinicultuna, Regresso ao Pátio da Minha Escola - Piadas Fáceis, Brejeiras e de Mau Gosto da Minha Infância - IV

"José Miguel."
"Presente."
"Luís André."
"Presente."
"Paulo Jorge."
"Presunto!!!"

sexta-feira, 8 de junho de 2007

"Essa é que foi!" - rubrica de histórias ensossas "que só que como" aconteceram a nós, continuamos a contar socialmente para entreter os outros - III

"E quando o Gilé escorregou nas escadas!"

"E quando a porta da AE se abriu sozinhã, e estava lá o Ruano a ajeitar as cuecas!"

"E quando o Juvenal pisou cocó, que lhe respingou para as calças!"

"E quando íamos a atravessar a sair do ICBAS a correr, mas estavam a descarregar os cavalos da GNR, e o Teixeira se assustou!"

"E quando a tua irmã conheceu o Liça, mas julgou que era o António!"

Piada Brejeira de Mau-Gosto

"E ela é uma Boa Mulher, ou uma Mulher Boa?"

"História das Calças Azúis" - História Bucólica-Não Brejeira - III

Então? Não querem que vos conte a "História das Calças Azúis"?
Eram umas belas calças azúis!

Os Nossos Valores do Nosso Mês de Junho - II

"O Tuno da Vinicultuna jamais recorre à Piada Fácil, Brejeira, ou Seca, excepto quando quer parecer de espírito fácil, grosseirão ou ensosso, como neste Mês de Junho"

Mês de Junho na Vinicultuna, Regresso ao Pátio da Minha Escola - Piadas Fáceis, Brejeiras e de Mau-Gosto da Minha Infância -III

"De certieza?...Absoluta?...Analítica?...Sintética?"

Mês de Junho na Vinicultuna, Regresso ao Pátio da Minha Escola - Piadas Fáceis, Brejeiras e de Mau-Gosto da Minha Infância - II

"olha...!"
...
"P'á friente, senom cais!"

quinta-feira, 7 de junho de 2007

"História das Calças Azúis" - História Bucólica-Não-Brejeira - II

Era uma vez umas calças Azuis...
mas se não quiserem, não conto...

"Essa é que foi!" - rubrica de histórias ensossas "que só que como" aconteceram a nós, continuamos a contar socialmente para entreter os outros - II

"E quando o Gilé quase caiu!"

"E quando a porta do quarto se abriu sozinah, e estava lá o Ruano de cuecas!"

"E quando fomos à praia e uma gaivota fez cocó no cabelo do Juvenal!"

"E quando entramos de sopetão lá em casa, e o gato miou, todo eriçado, e o Teixeira se assustou!"

"E quando a senhora das fotocópias se enganou, e chamou duas vezes Antunes ao Liça!"

Refrão Brejeiro-Pueril-Não-Bucólico

"O Bacalhau Quer Alho!
É o melhor Tempero!
Quem comer Alho
Fica Rijo Como um Pero!"

O Pequenito Saul

"Essa é que foi!" - rubrica de histórias ensossas "que só que como" aconteceram a nós, continuamos a contar socialmente para entreter os outros!

"E quando o Gilé caiu!"

"E quando a porta da retrete se abriu sozinha, e estava lá o Ruano de cuecas!"

"E quando o pombo sujou o traje novo do Juvenal!"

"E quando íamos na rua a fazer muito barulho, e aquele cão nos ladrou, e o Teixeira se assustou!"

"E quando a professora passou a aula a chamar João Pedro ao Liça!"