Depois do Tottenham, o Bayern – Em Que se Vive Mais Uma hora em Braga*
Em que se compra tabaco.
E se toma um café.
E se apanha algum frio.
E se passa em frente ao palacete de uma tia. “do Vale”. Abandonado.
E se conhecem mais duas caixas multibanco, de dois bancos de Braga.
Entre cada conhecido que entra no café, relata mais um episodio da ultima digressao.
E de volta à casa de partida, na esplanada retirada do Astoria, ouvimos três alemães amistosamente embriagados, a cantar uma versão anti-turca do jingle-bells, sob a vigilância de dois sonolentos policias.
E se comenta que os ingleses eram mais. E que os suecos do “Hammardeen” mais seriam.
E se entra para o calor de mais um café, numa casa histórica.
E entre cada cara conhecida que entra no Astoria ouço das aventuras de uma outra noite de bola, mas com mais Tuna. Era noite de digressão. E de ritual de passagem. E o Tuno Água Benta “Senhor do Vale, quer vir a Braga?”. “Braga!?! Vamos Lá!!!”. Com os suecos do “Hammardeen”. E o da Vila das Aves. E o de São João da Madeira. Os suecos a rir depois de perder. Nesta mesma sala. Ao som das guitarras. E depois da polícia. No fim da noite. A beber cervejas e a cantar fado. Numa varanda de uma sala especial. No piso de cima do Astoria. Que o dono – outro conhecido – abriu para os suecos do “Hammardeen”. 4-0! “Dessa vez não fomos ao estádio. Mas juntámo-nos na varanda. Com as guitarras. E o regresso no comboio, com os suecos do “Hammardeen”. A cantar depois de perder.
E nos despedimos na carreira com o aceno do costume. “Uma vez fui parar a Famalicão. Só cheguei ao Porto lá para as 5 da manhã! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!”
*com nota dedicatória ao Tuno Hammarby
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