Depois do Tottenham, o Bayern – da angústia da pontualidade, ao Bracaísmo de um Existencialista
Depois da pedreira. Depois do bairro característico semi-demolido sobre a pedreira. E do bairro incaracterístico e talvez mal-frequentado sob a via-rápida, a cuja berma subimos. Sempre em passo rápido. Para apanhar o comboio.
Eu estou perdido. Mas nativo garante que vamos a caminho da estação ferroviária. E solicita uma desvio. Porque ali há um café. Onde comprou tabaco noutra ocasião. Já só tem um cigarro. E só faltam vinte minutos para as dez e meia. Hora a que deve partir o último comboio. Mas já devemos estar perto.
O café está fechado. E no restaurante não há cigarros. Em 5 minutos pomo-nos na estação. E a composição “Destino Porto-S.Bento” parado no cais.
“Chegamos a tempo!”, incentivo.
“Não vou. Apanho depois a carreira”, desiste o único interessado. “Já so tenho cinco minutos. Ainda tenho de comprar o bilhete. Já não tenho cigarros. É uma hora e dez sem fumar. Estes comboios também não têm quarto de banho. Para ir aflito, vou à meia-noite no expresso.”, explica. “Vamos para um café. Compro tabaco. Alivio-me. Bebemos um copo.”
E conclui:
“É da maneira que vivo mais uma hora em braga.”
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