Férias nas Biomédicas, Regresso...ao Estádio Engenheiro Vidal Pinheiro - Jogos e Cantigas da Minha Infância
Dizia-se nos jogos de futebol do nosso contentamento, sempre que uma bola era chutada com a precisão do corpo demasiado inclinado para trás. E com isso classificava-se a imperícia do desastrado avançado, com a dos esforçados mas inábeis atletas da popular colectividade de Ramalde.
A justiça da sentença nunca foi confirmada, - embora também nunca rebatida -, na medida em que, nunca naquele tempo alguém se deslocou à freguesia do lado, para medir com os próprios olhos a colocação do pontapé dos homens da camisola tricolor. Porque, então, aos domingos, todos convergiam ao mítico Estádio (ou Campo!!!) Engenheiro Vidal Pinheiro, para ver a Alma Salgueirista medir forças com os principais emblemas do futebol nacional.
Depois foi o que se viu.
Foi a melhor notícia de 2008.
Com lágrimas nos olhos.
O Salgueiros voltou.
E, porque não há fome que não dê em fartura, os fervorosos adeptos de Paranhos, puderam tirar a prova dos nove relativa à valia dos vizinhos.
No encontro com o Ramaldense escreveu-se história!
Uma Cantiga
Salgueiros da tradição
Tão velhinho e sempre novo
Tu vives no coração
Na alma do nosso povo
O teu passado de glória
Sempre em nós está presente
E a alegria da vitória
Até faz cantar a gente
Salgueiros, meu Salgueiros
Ontem hoje e sempre
Tu serás o mais bairrista
Salgueiros, meu Salgueiros
Vive no peito da gente
Sempre a alma salgueirista
A camisola encarnada
Do meu velhinho Salgueiros
Tem a tradição vincada
No coração dos tripeiros
Não há outro que te iguale
Nem com bairrismo mais forte
Ser salgueirista afinal
É ter a alma do norte.
Salgueiros, meu Salgueiros
Ontem hoje e sempre
Tu serás o mais bairrista
Salgueiros, meu Salgueiros
Vive no peito da gente
Sempre a alma salgueirista