sábado, 16 de dezembro de 2006

Caso Clínico de Ouro - De um Encontro Prometedor ao Diagnóstico - I

De costas para o Piolho, alguns metros afastado da porta. Rosto avermelhado a sobressair da barba, do chapéu e do sobretudo. Está frio. Abre os braços e o sorriso:
"Que saudades!"
Já não nos víamos há mais de um mês.
"Vamos beber um copo?Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"

Uma das melhores viagens do mundo faz-se à noite entre o Piolho e o Aviz. A passo lento, muitas vezes interrompido para dar conta dos pormenores.
Desta vez fizemos uma variação, pela Travessa de Cedofeita, um snack-bar árabe que não conhecia. Foi-me apresentado, bem como a donzela. Depois José Falcão, até ao início da Rua da Fábrica (que ali se chama de Santa Teresa, corrigiria o TóZé), onde se reavivou a memória.
"Lembra-se do outro dia, da pancadaria? Não voltaram a aparecer, mas se voltassem, até podia vir um grupo, não havia problema. Eu dantes tinha uma supremacia... E mesmo agora, se não me tivesse dado a meningite..."
"..."
"Foi em 1993, por esta altura. Tinha feito anos no dia 20, e três ou quatro dias depois, deu-me a meningite."

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