Caso Clínico de Ouro - da alienação parcial dos estados de desorientação transitórios - II
"Levaram-me para o Hospital de São João, e internaram-me numa enfermaria.
Sò que não havia camas na enfermaria de homens, tiveram de me levar para a enfermaria de Doenças Infecciosas de mulheres. Eu estava numa sala sozinho, numa espécie de corredor de passagem. Tinha uma enfermaria de mulheres para um lado, outra enfermaria de mulheres para o outro. Mas naquele quarto do corredor só estava eu.
Eu nos primeiros dias só dizia:
"Tenho fome! Tenho fome! Tenho fome!"
E do outro lado uma mulherzinha respondia.
Não sei o que é que ela dizia, só sei que era ela de um lado e eu do outro, Ah!Ah!Ah!Ah!Ah! "Tenho fome! Tenho fome! Tenho fome!" Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"
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