Três Homens Conversam num banco de jardim. Em frente a duas bonitas visitantes estrangeiras - mãe e filha?- que repousam.
Em que eu escolho o único banco que está ao sol e à sombra no Jardim do Carregal, em que se fala na influência do Senhor do Vale na construção do túnel do Canal da Mancha, em que o TóZé diz mal do Rui Rio, em que o Senhor do Vale resume numa frase dicotómica tudo aquilo que um homem pode querer, em que amaldiçoo dos esqueletos de cimento que se erguem na margem sul do rio, e o TóZé invoca amores antigos para não olhar para lá, em que o Senhor do Vale sugere um Hotel para o terreno baldio sobre o Horto das Virtudes, em que o TóZé se emociona ao ouvir nomes de amores recentes na minha boca, em que se fala do Domingo à tarde, dia de regresso dos magalas, do Rolando, e em que se poderá encontrar o Gilé, no café à hora do Benfica, em que o TóZé explica os limites das freguesias que se encontram neste Jardim, revela a sua ambição política, e a sua situação laboral actual, em que lambo os beiços a sonhar com os fins das noites futuras em que a Tuna baterá à porta da pastelaria do TóZé e se recomporá com as suas confeituras, em que o Senhor do Vale e o TóZé refazem o percurso empresarial do pai deste, e eu identifico duas águias de pedra no friso das fachadas de duas casas que encaram o Jardim da Cordoaria.
Em que o sol se põe.
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