É mais um dia, e sol não brilha
Que começou tarde, depois do Acaso me fazer deitar tarde.
Ia dizer nos, porque por acaso todos estes momentos sobre os quais me apetece escrever se enquadram numa atmosfera nossa. E se mais ninguém de nós estivesse, acho que seria na mesma a mesma. Começou triste, e continuou como de costume... a desenrolar-se à minha frente..... as coisas simplesmente acontecem sem me perguntarem nada. As vezes mesmo querendo dar um passo, parece que a terra gira aquele bocadinho que ha-de ser sempre dela, e ponho o pé no mesmo sítio. Outras vezes..... o mesmo.
Calhou de algo quase se desintegrar em chamas, mas miau........ ficou. E o susto. Tão básico e tão duro. Será que complico demais?
Engraçado como às vezes podemos ser tão com tão pouco. E às vezes tão repetitivos. Tão Nós (de mim). Para algúem que é tão como é - mas infelizmente se sente infelizmente diferente - ...será que é mesmo? Eu sentia-me igual. E agora sinto-me igual a mim. Sinto exatamente o contrário... no sentido da referência. E as pessoas que vejo não se sentirem tão infelizmente diferentes delas, sentem-se assim, como eu. Mas fazem-me sentir outra coisa qualquer, sair disto. E aquelas a quem mostro que a referência são elas, sem bom nem mau, sem bem nem mal, fazem-me sentir nem diferente nem igual, nem contra nem pró, mas eu.
Como os olhos dizem tanto, sendo quase sempre iguais. É infinitamente mais o que mantêm do que a sua mudança, mas é ela que nos faz querer ir mais fundo. Seremos curiosos ou mesmo indelicados? Ou achamos que isso mostra que buscam a certeza? e a queremos dar sem querer que a tenham..... pra não serem assim, iguais a eles.
Afinal... ?
Porque é que agora sinto que compreendo as físicas dos movimentos incálculaveis da vida e das condições íntimas de todos? E me sinto contente sem saber, e sem querer, e sem querer voltar a sentir-me obcecado com as minhas? Será que é assim tão mau (eu)? Ou que tão mau é isso de querer saber? Será que alguém com um olhar reprovador poderá dizer... -"Pois".. e acenando a cabeça num gesto de arrogante complacência (ou vice-inversa) me fará sentir tão insignificante que quero voltar a questionar o porquê de tudo o que sou e me esquecerei de tudo isto que às vezes vejo, tão diferente de ver sempre as mesmas coisas (in)diferentes? O bom da vida é sentir felicidade na inspiração e trizteza na expiração. Quando passamos uma estação do ano ou uma viagem na vida sem um momento assim, esquecemo-nos dela.
Não te queiras encontrar, que o vais fazer de certeza. Perde-te, que depois de saberes o caminho não o vais mais conseguir (nem te perderes, nem esse.... caminho)
E amanhã?
Sobreviver é ser uma primitiva. Viver é sentir numa derivada....
//PS: Curiosamente, acordei no mesmo sítio que à umas duas 3 semanas tive que fugir para uma sala escura e ver radiografias enquanto ma ia embalando no ritmo alegre que às vezes fica de acordar com a rádio...... e que só volta às vezes
"Vou viver
até quando eu não sei
que me importa o que serei
quero é viver
Amanhã, espero sempre um amanhã
e acredito que será
mais um prazer
E a vida é sempre uma curiosidade
que me desperta com a idade
interessa-me o que está para vir
a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza
do meu prazer em descobrir" A.V.
Como às vezes voltamos ao certo, sem ser bom nem mau, e sem bem nem mal, e nos sentimos tão bem? Será que complico?
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