sexta-feira, 17 de março de 2006

Há duas noites...

Fui ao Porto levantar as cópias de um processo de uma doente que tinha transferido para o Hosp.S.João, para apresentar em reunião de Serviço.
Fui, analisei os papéis, jantei em casa, passei como sempre a deixar um beijo na Avó - moramos todos à beira uns dos outros - e corri para voltar à estrada, à cama, já com umas horas de sono de véspera de trabalho perdidas. "Vai que se faz tarde"
E nisto...
ele também mora à nossa beira
...dobro a esquina...
mais precisamente entre a minha casa e a casa da avó
...e na paragem de autocarro...
no Bairro Novo do Amial
...para a frente e para trás...
mais conhecido por Bairro dos Pretos
...a silhueta inconfundível...
um caso feliz de integração social
do Senhor do Vale!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Era ele outra vez!!!!!!

Parei o carro, abri a janela, e, como já sabem, comecei a rir como um alarve.
Enfiou a cabeça dentro do carro!
Riu! Oooh!
Começou a dançar no passeio como se de um "Vira" se tratasse, como se abraçasse pela cinta e segurasse e se debruçasse sobre o par. La-la-la! La-la-la! La-la-la! e eu batia palmas.
"Vais para Guimarães?" e contou-me uma história da véspera, que incluía uma ida a Braga com"o meu amigo", a televisão, uma sobrinha chamada Filipa, uma jornalista chamada Filipa, o Primeiro de Janeiro, e o Gilé!
E depois começou a correr porque o autocarro chegara, estava a partir, e ele era o único passageiro em terra.

Um céu preto e azul é recortado por um rectângulo branco.
A silhueta do Senhor do Vale despede-se a fazer-me continência! E eu a ele. Ainda vou a trás do autocarro, mas o Senhor do Vale, sempre a dizer adeus e a rir, aponta a direcção Guimarães.
Obedeço.
Já tive o meu momento mágico da noite.

1 comentário:

Anónimo disse...

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