segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Grandes Frases - LXXVII

sem champagne, sem uvas passas, sem o dia de ontem, sem o de amanhã, e sem a companhia de hoje - merda para o trabalho - com foguetes ao longe, e com vocês, no Fim de 2007,

cito António Simões do Vale:
"Estou Aqui"

Para 2008

Vivam os Noivos.

Breve Ensaio Sobre o Quentinho

A lareira, pois claro.
As castanhas assadas.
O rom-rom da gata que dorme.
A cama já-com-um-corpo-adormecido.
O estômago cheio de vinho.
O reconhecer de um acorde conhecido.
O ir lá fora à-noite-ao-frio sem casaco e suster a respiração, para depois voltar a entrar e sentir os pulmões dilatar.
O saco de papel que transpira o pão fresco.
A sopa de legumes de qualquer tasco português, com mais ou menos batata.
O depois-de-cantar. O depois-da-serenata.
A outra-mão.

Rubismeraldina, a Amiga do Magister

O primeiro post apareceu num mês como este.
O blog parecia um parque de estacionamento depois da hora de recolha. Um túnel do metro depois da passagem do comboio. Faltava apenas um letreiro pendurado no monitor, que dissesse, aluga-se.
O primeiro post era apenas quase só estúpido.
Tipo "Vim só dizer Olá", ou "Vim ver como é que esta merda funciona". E ninguém estranhou.
Afinal, uma vez o Tuno Água Benta apresentara-se neste mesmo espaço só para dizer "chiki der ass", e o Tuno Inca para dizer "isto está mexido"... podia ser só um caloiro novo. O nome era amaricado, mas... há tanto tempo que ninguém escrevia...
Foi assim num mês como este. Ou como o anterior.
Depois do primeiro veio o segundo. E nada de bom augurou. O conteúdo resumia-se a uma frase feita que envolvia o conceito "caminho para a felicidade...".
No terceiro post, destruía um poema de Pessoa, menos por omitir o verso do meio, do que por tentar interpretá-lo.
E no quarto, Rubismeraldina atribuiu a um político inglês a frase de um dramaturgo da Antiguidade. Cujo sentido deturpou.
Pior, no fim desse dia, lançou no nosso blog, uma espécie de pergunta mistério, sobre a sua identidade - participação escusada - afinal, já todos nós há 2 dias nos perguntávamos "mas quem será esta vaca?"

"O Magister passou-se", afirmou-se, ou, "O Magister passou-se OUTRA VEZ", acrescentaram as más-línguas".
O Tuno Piça Quadrada, Magister da Vinicultuna e Webmaster do ideiaselamentos, entregou uma chave de acesso a uma amiguinha, foi a conclusão.

Depois do Tottenham, o Bayern - o Encontro

Ao telefone soara a Palavra - essa Palavra - essa tão Portuguesa Palavra.
Cheguei passava bem das seis, e o Sol pusera-se às cinco. Já era noite. Mas recordo a imagem num fundo claro.
Estava frio, e a esplanada do Astoria vazia. Ou melhor, parecia montada só para ele.
E, claro, embora eu estivesse a chegar, e tivesse entrado na Praça pelo ângulo mais estreito, ele é que me acenou primeiro - aquele belo aceno com a mão curvada.

Apenas uma imagem bonita ou estarei mesmo a ficar pitosga?

Na Vinicultuna Nunca Passaria o Fim-De-Ano entre dois períodos de 24 horas dentro de um edifício de 9 andares - a menos que quiséssemos

Sozinho no Fim de 2007, e manietado quer do lado de ontem quer do lado de amanhã, retribuo a consideração que a Vinicultuna teria por mim, partilhando com o nosso Universo a última hora de 2007 e a primeira de 2008.
Vai ser assim como que um programa de rádio em directo.
Vamos pôr em dia a escrita em dívida, rever o ano que já lá vai, expressar votos para o que aí vem, ter Novos Convidados Imaginários, ouvir música e beber uns copos.

Bom Ano!

Vai haver Surpresas!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Um Lamento

FOI Natal.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Do Absinto

Aqui está uma verdadeira pérola de conhecimento sobre este licor milagroso.
Com o cunho de qualidade dos cientistas americanos.

Vou já cagalhão!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Depois do Tottenham, o Bayern - Prólogo

A Mensagem:
(Senhor Nogueira)
"Se puderes, liga ao Senhor do Vale. Abraço."

Ao Acaso...

"Os clientes mais novos e os habituais "copofónicos" que aparecem pela tasca vão ao cheiro de uns lanches especiais que de vez em quando a D.Alfredina faz! São trouxas de carne com sabor típico, regadas com uns copos de tinto; sabem pela vida! «Só é pena», queixa-se a dona, «não termos licença de casa de pasto, isto ainda está com o alvará antigo, portanto não podemos servir almoços nem petiscos.»
...sobre a Adega a Floresta

"No seu apelido ecoam influências das telenovelas brasileiras, e dis seys famosos bataclans, casas onde se mistura o tinto e a cerveja, com as meninas da vida... música, crioulo e samba! O ambiente é um misto de velhos "cotas" com "mangas" que vivem de expedientes diversificados, e senhoras de província que param no Jardim da Cordoaria e estacionam em pensões e residenciais de 2ª para matar o vício dos velhos e a paulada ou ressaca dos mais novos..."
...sobre o Bataclan da Vitória

"Enquanto os seus dois empregados, um deles salgueirista dos sete costados, mas muito sofredor porque o seu clube anda pelas ruas da amargura, serviam os clientes com iscas, bucho, papas de sarrabulho e um vinho rosé da Meda (uma especialidade da casa), Maia Dias foi-nos contando as suas vicissitudes e os seus dramas actuais, não esquecendo as estórias da Viela da Neta, da Ferreirinha e da Estamparia do Bolhão"
... sobre a Adega Lá Calha

do recentíssimo "As Tascas do Porto - estórias e memórias servidas à mesa da cidade", de Raul Simões Pinto

Grandes Frases - LXXVI

"Ontem estive com a "Tuma" até às seis da manhã. Ando todo partido, mas eles chamam-me, e eu tenho de ir. O que é que hei de fazer? Tenho que Existir."

de António Simões do Vale, à conversa com o Nosso Velho, o Tuno-Fundador Cinderella

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Do Fim da Viagem

A Viagem acaba em algum Sítio. Nunca num aeroporto, apenas às vezes numa estação de comboios. A Viagem acaba onde acaba.
Uma tarde de Domingo. A volta dos palermas à Avenida dos Aliados.
Um turista inglesado estreita-se retesado contra o pedestal. Outro turista inglesado fotografa-o. O outro desestica-se e desce desajeitado do pedestal. A estátua agradece.
É "A Menina Nua", pois claro.
E dou mais uma voltinha dos palermas, agora com contra-ordenação-ligeira só para a admirar.
Serei uma besta. Não a consigo achar inferior aos Davids, Apolos e Afrodites.
E, besta-pois-sou, duvido que Humanista Fiorentino algum tenha alguma vez declamado Ode a Estátua-Maior da sua Cidade, que se iguale à de um "Poeta Politicamente Incorrecto Pretendente ao Trono Português" que, não por acaso, mas por-acaso-há-pouco-tempo foi aqui publicada.
A Viagem é isto.
A Viagem acaba aqui.

«The Times»

Sentou-se bêbado à mesa e escreveu um fundo
Do «Times», claro, inclassificável, lido...,
Supondo (coitado!) que ia ter influência no mundo...
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Santo Deus!... E talvez a tenha tido!

16/8/1928 Álvaro de Campos

sábado, 1 de dezembro de 2007

Caso Clínico Bíblico

"Noé viveu trezentos e cinquenta anos depois do dilúvio. Ao todo, a vida de Noé foi de novecentos e cinquenta anos; depois morreu."

Genesis 9, 28-29

Grandes Frases - LXXV, ou Sobre as Viagem, ou Sobre o Amor


Viajante Anónimo Enamorado,
Corniglia, Cinqueterre

Lamento Sobre a Viagem e o Amor

Esqueci-me de mandar o Postalinho para a Tuna...

(...e lá ficou o Senhor Nogueira ao alto).

Acima de Tudo, a Vinicultuna Gosta de Ver as Coisas Como Elas São...




... e até já temos encontrado dinheiro!

A Vinicultuna Aprecia...



...O Pudor.

Um Lamento

Ainda agora se falou de castanhas, de Vinho é uma constante, mas nem por isso nos lembrámos de celebrar convenientemente o Dia de São Martinho... e vão dois anos.


frescos relatando a vida do Santo - Florença)

Baco e Baco


Anónimo Fiorentino,


Miguelangelo,

Museu Bargello, Florença

A Ideia


(Painel Exterior da Catedral de Sta Mª delle Fiore, Florença)
"Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar a Vinha. Tendo bebido Vinho, embriagou-se e despiu-se dentro da sua tenda." Genesis 9, 20-21

Da Vinicultuna e dos Modos com As Moças


"Rapto de Europa", Museus do Vaticano


"Rapto de Sabina", Giambologna, Loggia de la Signora, Florença


"Apolo aparece a Ninfa", Anónimo, Museu Bargello, Florença