Grandes Frases - LXVI
"Cada qual é como Deus o fez, e muitas vezes ainda pior."
Sancho Pança, em "D.Quixote de la Mancha",de Miguel de Cervantes, Segunda Parte, Capítulo IV
"Cada qual é como Deus o fez, e muitas vezes ainda pior."
Sancho Pança, em "D.Quixote de la Mancha",de Miguel de Cervantes, Segunda Parte, Capítulo IV
de copo em riste, Comité de Organização às 20:12 0 cagalhões
com um Vintage da casta Grandes Frases
Se alguém houve que tenha reparado nele, só pode ter sido um dos frequentadores mais antigos, dos tempos das reuniões do reviralho, e que ainda não perderam o hábito de pesquisar no Piolho a presença de discretos observadores.
Abelardo entrou discreto, de gabardine e óculos de sol, como só pode andar quem quer passar despercebido, e sentou-se num canto a ler o jornal, escondido no entalhe entre a coluna-mestra e a parede, no ponto-vácuo dos espelhos.
Portanto, não poderá sido a Vinicultuna a reparar nele, mas ele a reparar na Vinicultuna. Quantas vezes terá escutado os nossos ensaios? Já estaria lá quando preparávamos o Casamento do Velho, e depois saiu tudo ao contrário? Ou quando o Velho ainda era Novo? Mas nesse caso o Senhor Nogueira tê-lo-ia topado – que saudades de o ver a espreitar pelo espaço entre as revistas penduradas nas traseiras do quiosque do Senhor-Nogueira-Pai. Ter-se-á alguma vez sentido incomodado pela nossa presença? E se sim, como é que se terá dado a reviravolta da antipatia para a simpatia?
Certo é que já nos estudava há muito. E sem dúvida simpatizara connosco. De outra forma nunca teria quebrado o silêncio da forma que quebrou, no dia em que, sem reparar, nos havíamos sentado a seu lado, encurralando-o entre a harmónica-algazarra-em-preparação e o entalhe da coluna-mestra na parede, no ponto-vácuo dos espelhos. Simulando que precisava de se levantar, simulou que olhava o relógio e que ficava surpreendido com o mostrador, para poder simular que nos abordava para confirmar o atraso...
“Ó Crscalho...” - demonstrando a sua enorme categoria na atrapalhação com que se forçou a mal-disfarçar o palavrão - “...que horas são?”,- e na cortesia com que, denunciou a sua condição, pois que ao dirigir-nos a palavra pela primeira vez, retirou o chapéu que cobria sempre o cabeção.
E pela primeira vez o eco do brinde foi quebrado, pois que aos múltiplos “São as Horas que Eu quiser!”, alguém respondeu,
“Ó Carago! Um Cavalo que Fala!”.
Era Abelardo, um Cavalo sim, mas em vez de falar calava.
de copo em riste, Comité de Organização às 01:17 0 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
"E agora, Doutor, que à Mãezinha dá-lhe para sair de casa porque diz que tem de ir não sei onde, ir ter ter com uma gente que a gente nem sabe se é parente da gente se é gente que ela ouviu falar a outra gente, ou sequer se é gente, e desaparece-nos horas mesmo dentro de casa, mete-se na cave, anda para lá aos tombos com a luz apagada, e a dizer coisas trocadas! Será Alzheimer?"
E o médico, que era burro,
"Hum...Isso deve ser Alzheimer!"
E Sezaltina, de si para si, bem-pensou
"E que bem que sabe!", e melhor-lambeu uma gota de Tinto da Cave que lhe ficara no canto dos beiços.
E enquanto o médico, que era burro, passava umas vitaminas e um calmante para o Alzheimer da Mãezinha, escapuliu-se do consultório, desceu as escadas de um salto, e escondeu-se na garagem da carreira para o Porto que ficava ao lado do consultório do médico-burro, e que estava mesmo a sair. Já por isso negociara com a filha "não ir à Caixa que os de lá não querem saber da gente, e ir por ir, ia a pagar, ao que fica ao lado da garagem da carreira, que dizem que sim, é muito bom."
Porque "não sei onde" era ao Porto, e "a gente" não era parente, nem se sabe sequer se é gente, porque é da gente, quer dizer da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto que se trata, de quem Sezaltina não ouviu falar a outra gente, antes encontrou um autocolante varrido pelo vento de uma noite de digressão, e colado nas manhãs anteriores ou nas manhãs seguintes por um menino mau no pêlo de um cãozinho-bom , que atravessou a ganir a terra, as terras atrás e à frente, as terras à volta e as estradas que as unia, até encontrar Sezaltina que descolou com cuidado o autocolante do cãozinho, e leu, "Vinicultuna de Biomédicas-Tinto? É gente boa concerteza, e não faziam isto ao bichinho.",no mesmo momento decidindo como desígnio de velhice calcorrear o país todo para os encontrar.
de copo em riste, Comité de Organização às 23:01 0 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
O Caldas estava de sentinela.
O Caldas adormeceu. E foi encontrado pelo Avô Custódio.
O Avô Custódio não denunciou o Caldas, e quando a Tropa acabou, ainda lhe arranjou emprego como capataz, que é uma espécie de sentinela nas obras da Barragem.
Por isso, o Caldas prometeu, e enquanto foi vivo cumpriu, entregar na casa do Avô Custódio meia-dúzia de caixotes de laranjas da terra.
Além disso, a par do Senhor António, marido da Carminda de Pardilhó, a quem o Avô Custódio também arranjou emprego lá nas obras da Barragem, era a única pessoa que era capaz de jurar, que o Avô Custódio era um Homem Muito Bom.
E jurou-o sem mentir, até certo dia do ano em que o Caldas deixou de mandar laranjas.
Naquelas noites em que o Piolho já está fechado, e o orvalho diluiu a última gota do Vinho trazido do Solar da Elsa, dava muito jeito um Caldas-Tinto que aparecesse sem avisar, para pagar favores eternos, com Produtos Engarrafados de Região Demarcada.
O Juvenal, que esteve a 5 dias de acabar a tropa, e é Oficial do Exército Português é que nos devia ter arranjado um.
E então nessas noites, se o Senhor Nogueira já se tivesse ido deitar, o Caldas-Tinto, ficaria de olhos bem abertos, de Sentinela como nos tempos da tropa, a ver se não vinha a polícia ou a escumalha perturbar as Serenatas. E enquanto isso também fazia horas até o Sol se levantar, para voltar para casa, pela estrada cheia de curvas, que isto da noite dá sono, e isto do sono torna a condução um perigo.
de copo em riste, Comité de Organização às 19:19 1 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
Depois de conhecer a Vinicultuna, Álgebro deixou de ser distraído.
E voltou a ser feliz.
Numa noite de copos abraçou-se ao Tuno Água Benta a chorar as agruras da viuvez.
Noutra noite pediu com voz de lábios trementes ao Tuno Genoval Fodido, que acompanhasse à guitarra a tabuada dos 7. E como foi tocante ouvir “8x7,56” cantado, e conferir que estava certo.
Noutra abraçou-se a chorar ao Tuno Honorário Mineteiro, queixando-se que se abraçara ao Tuno Sábio Inca, a chorar a mulher que o deixara, e que este sem o ouvir lhe respondera “Pois, pois...”, no que o Tuno Honorário Mineteiro o foi consolando com as palavras sábias “Pois, pois...”
E noutra ainda invocou a chorar os tempos de Faculdade, embebedando-se com todos os Tunos. E com a tristeza sincera a embargar-lhe a voz, lamentou não ter então sido mais calão.
E numa noite em que chovia, sob protecção de um Alpendre-mas-Pouco, contou aos Tunos-mas-Muitos, a história triste da única mulher da sua vida, não escapando a ninguém as lágrimas que se diluiam nas poças.
Os figurantes da noite do Porto habituaram-se a referir-se a ele como “o das matemáticas que anda na cantoria com os cabrões dos estudantes”.
de copo em riste, Comité de Organização às 01:53 0 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
Nome: José
Mais conhecido por: "Senhor Zé"
Profissão: Marceneiro e Animador Cultural de Peso da Régua (agora no Porto)
Hobbies: Fadista e Dançarino
de copo em riste, maximum morsae às 01:07 1 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
Porque na Vinicultuna gostamos de fazer as coisas ao contrário, ou melhor, como achamos que devem ser feitas, vou introduzir nesta rubrica dos amigos imaginários da Tuna um amigo real.
de copo em riste, maximum morsae às 00:37 0 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
"...Tudo fino! Só ando cá com uma sede!"
"Se tem sede, beba Água!"
"Eu bebo. O problema é que a Água não me resolve esta sede..."
"Então?"
"Precisava de umas bebidas mais... picantes."
de copo em riste, Comité de Organização às 22:36 1 cagalhões
com um Vintage da casta Vinho e Empatia no SNS
Amigos Imaginários!
A Nova Rubrica Onírica da Vinicultuna!
Há dias, na Noite de S.João, brincava o Nosso Velho, o Tuno Fundador Cinderella com a descendência da vizinhança, fingindo ser um Humanóide Anormalóide, que as crianças combatiam com todas as suas energias, e às tantas vai um, e entre dois pontapés, pergunta-lhe "Como é que te chmas?", e vai ele, e afastando-o com a mão em garra no peito glabro, "Joel", que é como o Nosso Velho, o Tuno Fundador Cinderella se chama, e vai o menino, e enquanto escalava o braço para chegar aos cabelos, responde "Fixe! Tens o mesmo nome que o meu Amigo Imaginário!"
Ter Amigos Imaginários é Fixe!
A Vinicultuna também vai ter os seus! E vão acompanhar-nos nas nossas aventuras!
O primeiro já foi apresentado! É, como já devem ter calculado, o Professor Álgebro, Professor de Aritmética, e Ponto da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto!
de copo em riste, Comité de Organização às 22:25 0 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
de copo em riste, maximum morsae às 00:07 1 cagalhões
de copo em riste, maximum morsae às 23:56 0 cagalhões
com um Vintage da casta Grandes Frases
A Vinicultuna conheceu o Professor Álgebro num dia de vento, mas não de chuva, daqueles dias em que as pessoas andam de cabeça atirada para a frente, como os pretos quando ganham as corridas dos 100 metros, para que as suas cabeças cortem a meta antes que as cabeças dos outros pretos o façam. Os brancos também podem atirar a cabeça para a frente, mas não nas corridas dos 100 metros, porque acho que não podem participar, e por isso, os brancos atiram a cabeça para a frente nos dias de muito vento, quando por exemplo querem descer uma rua ó p'a lá, com o vento a soprar ó p'a cá.
Até hoje na Vinicultuna somos só brancos, embora tenhamos o Senhor Nogueira e o Tuno Honorário Mineteiro que são os que correm mais, e gostassem de participar em corridas de 100 metros, e por isso, naquele dia, como estava vento, íamos a descer todos a rua contra a direcção do vento, com a cabeça para a frente. Só que como quem atira a cabeça para a frente, tem de ir a olhar para o chão, e pode magoar-se porque pode ir sem ver, contra um poste de electricidade, um baldão do lixo, ou outro ser humano, íamos todos atrás do Tuno Grande Morsa, que é grande e faz um cone de vácuo atrás dele que deixa a gente ir de cabeça levantada, e também é forte, e por isso tem menos possibilidades de se magoar, se for só ele com a cabeça para a frente.
Claro que o Tuno Grande Morsa não se magoou. Quem se magoou foi o Professor Álgebro que apesar de vir na direcção do vento, também vinha com a cabeça para a frente, e a olhar para o chão, não porque precisasse – tinha o vento pelas costas, e como não é preto não estava a treinar para uma corrida de 100 metros - mas porque como Professor de Aritmética, o Professor Álgebro é muito distraído.
E foi assim que, sem os ofícios do Senhor Nogueira, Relações Públicas da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, a Tuna conheceu o Professor Álgebro.
“Magoou-se? Não foi por querer!”
de copo em riste, Comité de Organização às 18:31 0 cagalhões
com um Vintage da casta Novos Amigos Imaginários da Vinicultuna
A Loucura tem uma componente forte de Vinicultuna.
de copo em riste, Comité de Organização às 19:17 0 cagalhões
"Poc!",
diz a rolha!
de copo em riste, Comité de Organização às 21:21 8 cagalhões
com um Vintage da casta Grandes Frases
Conheceramo-nos há 3 dias. Ao pôr-do-sol, no convés, agrupados em conversas a dois ou três, debruçados a sós na amurada a balançar e a espreitar golfinhos. Cada um por si. Um de nós fazia anos, mas cada um por si. Conheceramo-nos há 3 dias.
Desci à cozinha e abri o congelador. Após o almoço colocara o "João Pires" - Moscatel, Terras do Sado a refrigerar. Um de nós fazia anos. Trouxera a garrafa de Portugal de propósito para este momento.
Com cerimónia e espalhafato tirei todos os cálices das prateleiras e entrancei-os nos dedos. Com cerimónia e espalhafato subi as escadas a bambolear, e, outra vez no convés, abri a garrafa. Poc!, fez a rolha. Servi os passageiros, um por um, depois voltei às cabines e servi a tripulação. Sempre com cerimónia e espalhafato. Regressei ao convés e brindámos, na divisão mais apertada do convés. Afinal cabíamos ali todos.
Servi a segunda rodada a quem a ela se bateu, tratando com especial deferência aquele que de entre nós fazia anos.
Tratei da última rodada pessoalmente.
Enquanto a saboreava, único de entre dez que escolhera o chão como sofá, meditei, com o céu dourado por fundo, emoldurado pelas cabeças daquelas pessoas que já se conheciam há muito mais que três dias,e concluí
Se não fosse Tuno da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto, nunca teria conseguido juntar aqueles
sorrisos naquele fim de tarde.
A Vinicultuna nasceu para fazer as pessoas felizes.
e tornou-me uma pessoa melhor.
de copo em riste, Comité de Organização às 21:16 1 cagalhões
O que é que diz uma IgA secretada para uma IgA de membrana?
- Ó mIgA... sIgA?
de copo em riste, Pissæ Cubis às 17:34 0 cagalhões
"Na Vinicultuna, gostamos daquelas bolachas que às vezes nos dão".
"Na Época de Exames, o Tuno da Vinicultuna molha os cantos de baixo das páginas dos seus livros num Copinho de Tinto, para estudar mais depressa."
"Há coisas que a Vinicultuna não sabe."
de copo em riste, Comité de Organização às 15:04 0 cagalhões
No dia 27 de Julho, sexta-feira, tens mais um motivo para ficar uma última noite cá no Porto além de fugir de qualquer lembrança do último mês a queimar pestanas.
de copo em riste, Pissæ Cubis às 22:46 0 cagalhões
A pauta do Afonso
Aurora e Outrora
A Menina Nua e as Pombas, imortalizada nos versos do Senhor do Vale
A Ventania que levar o anúncio que desfigura a Torre dos Clérigos
A Fonte dos Leões
A Estrada que Conduz ao Piolho
e a Tua Janela.
...e outras Maravilhas há...
...citemo-las, meus Tunos!
de copo em riste, Comité de Organização às 08:39 1 cagalhões
Um RuAnão é um Ruano Muiiito Grande ou Muiiito Pequeno?
de copo em riste, Comité de Organização às 08:36 0 cagalhões
de copo em riste, maximum morsae às 03:23 0 cagalhões
com um Vintage da casta Do Fim da Noite
Homem de 52 anos, admitido por Suspeita de Crise Convulsiva. Assintomático até hoje de manhã, altura em que, de acordo com a esposa, se apresentou um pouco confuso, recusando a ingestão de um Copo de Vinho.
de copo em riste, Comité de Organização às 17:09 0 cagalhões
com um Vintage da casta Caso Clínico
?Estou? Estou?"
"Carlos Guimarães!
Médico Simões!
Estou no Campo da Vinha
A cantar provocações!
Ah!Ah!Ah!Ah!Ah!"
...e mais não retive, porque a borga era muita de um lado e outro da linha, mas versava Casamentos em Vila do Conde, com Rock até às 4 da manhã, e regressos na bagageira de uma carrinha de 2 lugares, e Parasitas Republicanos contra o Grande Reino do Minho...
de copo em riste, Comité de Organização às 23:13 0 cagalhões
com um Vintage da casta Poemas Duvalianos
-Como está Vizinho! Como está NOVO Vizinho! A Donzela já lhe disse? Aquela mesa! É exactamente o que eu estava à procura! Para a casa de campo. Uma coisa pequena, e prática. Passei aqui na garagem e...É aquilo! Pequena, prática! A Donzela disse-me que não precisam dela. E então?... Quanto quer por ela? Nunca pensou em vender? Vá lá, um número! Não lha vou levar assim sem nada... Muito bem! Eu levo a mesa, mas com a condição de lhe pôr qualquer coisa lá em casa!...
Gosta de Bom Vinho?
de copo em riste, Comité de Organização às 23:07 0 cagalhões