sábado, 29 de abril de 2006

Dez coisinhas e mais uma sobre o Sarau

A maturidade artística da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto é tal, que a actuação, de tão harmoniosa, não espelhou a enérgica discussão artística que manchou o jantar, quando a Grande Morsa deram os azeitones, e Inca teve o arrojão de responder.

É mais fácil mandar calar as pessoas que afinam as vozes no bar, do que fechar as portas da Sala de Espectáculos que dão acesso ao Hall. Sobretudo quando as pessoas que afinam as vozes no bar são da Vinicultuna.

O Tuno Honorário Mineteiro deu muitos beijinhos nas mãos de bonitas Donzelas. O Tuno Grande Morsa estava encantado com uma Canária Donzela. Não obstante, apresentou-a ao Tuno Honorário Mineteiro, que logo lhe beijou as mãos. O Tuno Fodido deu muitos beijinhos na boca de uma Donzela. Algumas Donzelas dançaram abraçadas ao Senhor do Vale, que foi o último a aparecer mas chegou a tempo e muito bemdisposto. O Tuno Fundador Cinderela e o Tuno Honorário Mineteiro cumprimentaram cordialmente alguns seus contemporâneos, membros de outros grupos da casa.

Ao fim de tantos anos de estudos observacionais, continua-se a não poder atribuir ao volume de ar movimentado pela entrada da Vinicultuna em palco, a responsabilidade pela deslocação de uma massa de pessoas para fora da Sala de Espectáculos. Enquanto o fenómeno não puder ser reproduzido de forma fiável e repetida em laboratório, continuará a atribuído empiricamente a "incómodo" e "indignação".

Sem nos querermos intrometer ou sequer sugerir que a Tuna precisa de um Coreógrafo, função até hoje desempenhada com competência pelo Técnico de Execução de Tarefas, o Senhor Nogueira, à actuação da Vinicultuna careceu um pouco de Ordem, para que o Caos fosse melhor apreendido. Por exemplo, a mole de caloiros desnudados da cintura para cima confundiu o espectador. Melhor seria que, ao contrário do que aconteceu, os caloiros dançassem as suas macaquices por trás dos tunos, de modo a que as silhuetas nobres de preto trajadas destes encontrassem contraste nos peitos alvos daqueles.

O Magister Piça Quadrada confirmou o equilíbrio da sua pessoa. Sério, leu com a gravidade do colete apertado, o solene e sensato discurso de apresentação que o seu próprio punho escrevera; Brincalhão, chamou os Finalistas à primeira plateia, desabotou o colete, curvou-se sobre o microfone, e fez uns sons de aparelhagem de som desafinada, muito engraçados.

Alguns dos melhores sons que se ouviram no Sá da Bandeira, sairam da Trompa de Água Benta, e da Gaita de Beiços de Grande Morsa. E que pena foi, que o tempo escasseasse e não tivéssemos oportunidade para escutar em palco a Flauta de Bisel que Mineteiro fez soar Hall e no WC, durante o intervalo. E assim se prova que a Vinicultuna não esqueceu os instrumentos de sopro, ou não fosse o grupo responsável pela Cruzada pelos Direitos dos Objectos.

O Senhor Nogueira e a Vinicultuna chegaram às 11 garrafas na música "Venham Mais Duas", não chegando no entanto a incrível performance para bater o recorde estabelecido num jantar na Dona Elsa, onde, ao som do Bom Vinho servido naquele estabelecimento, se atingiram as 13 garrafas. É pura especulação afirmar que, na sua forma anterior de garrafa, os cacos de vidro espalhados no palco chegariam para ultrapassar a marca.

Um vídeo amador registou a saída da Vinicultuna pelo corredor das traseiras do Sá da Bandeira, permitindo afirmar que esta se fez com perfeição geométrica superior à do Coral de Biomédicas.

E fez-se um novo amigo, um senhor da Rua das Doze Casas, que habita sozinho na mais pequenina das Doze, que perdeu 3 noites na última semana, uma com o F.C.Porto, outra com o 25 de Abril, e a 3ª com a Vinicultuna. E falou em Abel Salazar, disse duas "Grandes Frases", e escreveu outra, se augurou uma longa vida, porque vai haver sempre o "Pior Médico" que não o vai conseguir matar, e criticou a irresponsabi...lidade deste país, e elogiou a Vinicultuna.

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A Vinicultuna continua a fazer as pessoas felizes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Where did you find it? Interesting read »