sábado, 31 de dezembro de 2005

Os Nossos Santos Padroeiros III


Num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, continuou o seu caminho, cheio de felicidade. Diz ainda a tradição que São Martinho, em 363, solicitou ao Imperador Máximo auxílio material para a edificação de um convento. Foi o Imperador bem recebido e no repasto a que assistiu, com os personagens da corte, bebeu-se além da medida e foram tantas e fartas as carraspanas que os invejosos que só viram e ouviram - classificaram de martinhada. Daqui vem, ao que parece, ser São Martinho o patrono dos bêbados. Nem sempre a sua acção foi bem aceite, daí ter sido repudiado, e, por vezes, maltratado. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo. É aclamado bispo de Tours, provavelmente em Julho de 371.