quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Do Frio

Aqui neva de manha a noite. As montanhas andam, cobertas de branco, os rios estao gelados e a gente constipada. Ha cerveja a rodos, amigos, boa comida, e vinho quente. Ha princesas e palacios e castelos... faltam guitarras e trovadores.

quarta-feira, 23 de novembro de 2005

A fadiga

- Andas cansado? já tem muito tempo?
- Sim já tem uns dias...
- Deve ser da alimentação...come melhor...não queres tomar umas vitaminas?
- Não quero toma-las....vou comer mais fruta.

Passado uns tempos, tive oportunidade e precipitei-me para o sítio onde deixei uma Manga a amadurecer, para poder saboreá-la (adoro Manga, é o único fruto que gosto) quando tivesse finalmente madura. qual não foi o meu espanto quando me aprecebi que a dita Manga não tinha amadurecido. e cada dia que a ia ver...ela estava cada vez mais "verde". Fica-me agora a ideia de que quando comprei a Manga ela estava mais madura que nunca.

A Natureza tambem tem as suas birras.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

Nao Viajamos Sozinhos ***

Idivíduo1:
"- Eu gosto de viajar sozinho"
Indivíduo2:
"- Sério!! olha...o indivíduo3 também gosta. (Pausa) ...Podiam junhtar-se e viajar os dois"

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Volta o Poeta a Tempo de Celebrar o Dia de Anos

Apertamos a mão e despedimo-nos.
Ando 5 metros e paro. Ele levanta-se de apanhar desajeitadamente um papel que estava no chão. Abro o vidro.
Tinha-me esquecido:
- Parabéns.
Responde-me de pronto, a seguir a uma pausa que me faz perceber que a rima é intencional:
- ...Boa Viagem para Guimarães...
... Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!

e entra em casa encurvado pelo braço que transporta a mala, e pela dobra da mão que acena.

(últimos 3 posts, de 20 de Novembro de 2005)

Até podemos não servir para mais nada...

- E como é que tem andado?
- Tenho andado quilhado. Hoje até estava assim mais... Agora é que desanuviei um bocado. Ah! Ah! Ah!
Por acaso foi bom o Joel ter-me encontrado na Paragem.
- Ai sim? Por acaso?
- Foi. Na Arca d´Água. Eh! Eh! Eh!

Também quero fazer anos numa tarde de Domingo com um céu nebulado tão luminoso e uma chuva tão brilhante

Há um lugar livre na Rua dos Clérigos.
E uma prostituta na esquina da Rua da Fábrica.
E o Joel, o Juvenal, e o Senhor do Vale.
- Parabéns.
Está muito calado.
O Senhor do Vale abre o bolo que eu trouxe. Cada um tira uma fatia de língua de sogra. Está muito bom. Depois apercebemo-nos da grosseria. Não cantamos os Parabéns! Mas não há velas. Depois percebemos que uma das fatias do bolo-língua-de-sogra afinal é uma vela de bolo-língua de sogra. Acendemos o pavio-guardanapo e cantamos os "Parabéns a Você". O Senhor do Vale sopra a vela, mas só depois de pararmos de bater as palmas e de o avisarmos. Está muito calado.
O Senhor do Vale leva a última fatia de bolo língua de sogra para casa.
E eu levo o Senhor do Vale para Casa.

De como um telefonema transforma uma tarde chata de domingo.

A caminho do aeroporto.
O dia começou tarde, porque o sábado roubou seis horas e meia ao domingo.
Ao almoço familiar segue-se a ida ao aeroporto, dar continuidade à busca de uma mochila que viaja mais do que o dono.
Tarde chata. Tempo chato. Um passeio chato. Para tratar de um assunto chato. Trânsito na VCI, o Porto está cada vez pior, meto pela Via Norte, fila à entrada da Maia. O relato. jogos chatos. Estrela zero Paços zero. Naval zero Setúbal zero. Rio Ave zero, Nacional zero. Mais os jogos da segunda divisão que não interessam a ninguém.
Mochila zero. Telefonemas dois. "Queres vir aos anos do Senhor do Vale?", e "Afinal não é no Piolho, é no Estrela". E nisto se transforma a tarde domingo.
Trânsito na Circunvalação, meto por Matosinhos. Vou dar à Foz. O Vitória marca três na Figueira, e os madeirenses dois em Vila do Conde. Enquanto isso o árbitro anula três golos na Reboleira, e mantém o nulo. Na segunda divisão, o árbitro não viu um golo do Barreirense, e o Vizela deu a volta ao Marco que até falho um penalty, e no fundo tanto faz porque este ano descem 6 e só sobem 2, e os outros vão todos à falência.
Meto pela faixa da direita, que conserva o piso em paralelo, e o trilho do eléctrico, e ultrapasso todos os carros que vão no alcatrão para não gastar borracha nem fazer mal à espinha.
Chego ao Passeio Alegre, passo o Passeio Alegre, e tenho de voltar atrás. Duas pequeninas infracções, e volto ao início do Passeio Alegre.
Lá está a vendedora das Línguas de Sogra.

domingo, 20 de novembro de 2005

E se de repente não tivermos mais nada para dizer?

Teremos sempre alguma coisa a dizer.

Do Vinho e da Empatia entre Funcionários e Utentes do Sistema Nacional de Saúde

"- E é de qual?
-Do Tinto.
- E quantos copos?
- Assim , com sinceridade, depende. Com um assado, pode ir até aos 75 cl.
- Uma garrafa?
- Uma garrafa. Agora, se for só sopa, já não bebo nada."


"...
-E o vinho? Quanto bebe?
-Só um copinho. Ao almoço.
- E fumar?
- Fumar, nunca fumei.
- E então o vinho quantos copos?
- Meio litro.
- A cada refeição...
- Pois..."

sábado, 19 de novembro de 2005

Teoria da Conspiração, Prólogo e 1º Cap.

(Da mesma forma que algumas séries foram começadas aqui no blog, proponho esta nova, chamada de Teoria da Conspiração, em que baseados em artigos ou dados cientificamente aceites extrapolemos explicações para acontecimentos banais do mundo actual. Façamos justiça ao "Biomédicas", não só ao "Tinto". Nota: não vale usar artigos com interesse, mas isso também não é dificil ;))

Gay flies lose their nerve, Kimura et al, Nature, 438. 229 - 233 (2005)

Artigo em http://www.bioedonline.org/news/news.cfm?art=2153

"...The sexual behaviour of insects has been tweaked before by altering a gene called fruitless. Male fruitflies (Drosophila melanogaster) that have mutations in this gene often fail to make a protein called Fru. These flies do not engage in the normal mating ritual of tapping and tilting movements that attract females.
If male flies have a milder mutation in the fruitless gene, resulting in production of small amounts Fru protein, they court male and female flies alike.
On the flipside, females engineered to carry the male-specific fruitless gene suddenly begin wooing other females with the tapping and tilting routine...."

Daqui se pode adivinhar muito sobre origem das serenatas, e porque é que nós é que andamos atrás delas...

Teoria da Conspiração: Nestlé tenta escapar a escândalo sobre mutagénios utilizados nos Bolicaos, com a introdução do novo Bolicao Balance com uma composição diferente. Geração consumidora de Bolicaos apresenta maior prevalência de homosexualidade actualmente, e inversão do papel de "mosco" nas noites de sábado do Via Rápida.

Vale que há mata moscas :)

Caro Juve, as requested :P

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Nao Viajamos Sozinhos **

Viajamos com a Loucura. E quem viaja sozinho anda sempre a procura de alguem...

N

Travel Fellows - About the Wine and the Friendship between People IV

London/Stansted - 3:48 p.m.

- Where are you going?
- Home. Berlin.
- Is that Port Wine, what you are drinking?
- Yes, I had to pay for excess luggage in Porto, and i don't want it again. It cost me more than the bottles! Do you want some?
- Sure.
...

- We have to drink it all before the check in.
- Won't it get us too drunk?
- It's the only way to travel!

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Não Viajamos Sozinhos *

Anonymous said...
"A Loucura está na essência da vida e a vida na imortalidade da Loucura!*"

E então cá vai:

A loucura é uma viagem fascinante desde que näo se perca o rumo - excepto se estivermos perdidos.

terça-feira, 15 de novembro de 2005

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

Os Nossos Valores - XVIII

"Se a Vinicultuna não tem, não precisa. Se a Vinicultuna precisa, arranja."

"A Vinicultuna é suspeita de tudo aquilo de que não puder ser dada como culpada."

"Mesmo quando age por mal, o Tuno da Vinicultuna é um Homem de Bem."

Grandes Frases XVI

"As únicas pessoas autênticas, para mim, são as loucas, as que estão loucas por viver, loucas por falar, loucas por serem salvas, desejosas de tudo ao mesmo tempo, as que não bocejam nem dizem nenhum lugar-comum, mas ardem, ardem, ardem como fabulosas grinaldas amarelas de fogo de artifício a explodir, semelhantes a aranhas, através das estrelas."

Jack Kerouac, "Pela Estrada Fora"

domingo, 13 de novembro de 2005

Do Fim dos Tempos - II


"Então não haverão Céus nem Infernos, e a Vinicultuna triunfará!"

"...and emotion would make us all order more beer"

"Oh, how well I remember the old bull and bush,
where we used to go down of a sattaday night-
where when anythink happened, it come with a rush,
for the boss, Mr Clark he was very polite:
A very nice house, from basement to garret-
A very nice house, but ah, but it was the parrot-
the parrot, the parrot, named Billy M'Caw
THat brought all those folk to the bar.
Ah! he was the life of the bar.

Of a sataday night we was all feeling bright,
and Lily La Rose - the barmaid that was -
she'd say "Billy!Billy M'Caw!
Come give us come give us a dance on the bar!
And Billy would dance on the bar
And Billy would dance on the bar.
And then we'd feel balmy, in each eye a tear,
and emotion would make us all order more beer-

Lily, she was a girl what had brains in her head;
She wouldn't have nothink, no not that much said
If it come to an argument, or a dispute,
She'd settle it offhand with the toe of her boot
or as likely as not put her fist through your eye.
But when we was thorsty, and just a bit sad,
or when we was happy, and just a bit dry,
she would rap with that corkscrew she had,
and say "Billy! Billy M'Caw!
Come give us a tune on your pastoral flute!"
And Billy strike up on his pastoral flute,
And Billy strike up on his pastoral flute.

And then we'd feel balmy in each eye a tear
and emotion would make us all order more beer."

"Billy, Billy M'Caw!
Come give us a tune on your moley guitar!"
And Billy'd strike up on his moley guitar,
And BIlly strike up on his moley guitar"

And then we'd feel balmy, in each eye a tear
and emotion would make us all order more beer
"Billy! Billy M'Caw!
come give us a tune on your moley guitar"
Ah! he was the life of the bar!"

"The Ballad of Billy M'Caw", incluída em "Growltiger's last stand", do Musical "Cats" de Andrew Lloyd Weber, baseado em "Old Possum's Book of Pratical Cats" de T.S.Elliot

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Os Nossos Santos Padroeiros II


"lá vai o maluco
lá vai o demente
lá vai ele a passar
assim te chama toda essa gente
mas tu estás sempre ausente
e não te conseguem alcançar

diz-me que loucura é essa
que te veste de fantasia
diz-me que te liberta
da vida vazia

diz-me que distância é essa
que levas no teu olhar
que ânsia e que pressa
que queres alcançar

que viagem é essa
que te diriges em todos os sentidos
andas em busca dos sonhos perdidos"


António Varições, patrono da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto

Santos Padroeiros - Nossos e de Outros

"O monumento pretende mostrar o poeta tal como ele foi: não um homem de corte mas um boémio arruaceiro, que vivia entre a amargura das suas paixões e a turbulência dos seus actos."

http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/escultura/cutileiro/ , sobre o "Luís de Camões" de João Cutileiro, em Cascais

quarta-feira, 9 de novembro de 2005

Os Nossos Valores XVII

"A Vinicultuna anda á frente dos que andam á frente do seu tempo, ou, em alternância, atrás dos que andam atrás do seu tempo."

"A Vinicultuna não é do meio, nem do centro, nem moderada, nem ponderada, nem amena, nem serena, nem calma, nem passiva, nem arreactiva, nem digna, nem nada."

A curva

A cidade é sombria, o meu caminho diário no sentido da faculdade é sombrio, os prédios altos impedem qualquer tentativa de um raio de sol entrar até a zona pedonal. são 10 minutos de abafo verdadeiramente angustiante, mas há um momento que pela sua beleza e optimismo, torna toda a viagem agradável... É na curva da igreja dos carmelitas, ali onde se começa a avistar o tasco "ancora d'ouro", é a curva onde diáriamente devido á orientação e ao campo aberto, o sol me bate na cara e enche-me a caminhada. é uma verdadeira lufada de ar fresco.

Ultimamente tem chovido.

terça-feira, 8 de novembro de 2005

Os Nossos Valores XVI

"A Vinicultuna apoia o roubo da propriedade intelectual para fins da sua adulteração e exibição pública."

"A Vinicultuna é uma Instituição de Utilidade Púbica."

Os Nossos Santos Padroeiros

"Tanto de meu estado me acho incerto,
Que em vivo ardor tremendo estou de frio;
Sem causa, juntamente choro e rio;
O mundo todo abarco e nada aperto.

É tudo quanto sinto um desconcerto;
Da alma um fogo me sai, da vista um rio;
Agora espero, agora desconfio,
Agora desvario, agora acerto.

Estando em terra, chego ao Céu voando;
Numa hora acho mil anos, e é de jeito
Que em mil anos não posso achar uma hora.

Se me pergunta alguém porque assim ando,
Respondo que não sei; porém suspeito
Que só porque vos vi, minha Senhora."

Luís de Camões , patrono da Vinicultuna de Biomédicas-Tinto

domingo, 6 de novembro de 2005

Os Nossos Valores - XV

"A Vinicultuna não deixa fundos nem restos."

"A Vinicultuna Antes de o Ser Já o Era."

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Pausa

Entrei. Vi as mesmas caras de sempre.
Cobertas de tristeza numa luta difícil por um sorriso esboçado.
Eu próprio mergulhei na habitual apatia que torna aquele sítio tão agradável e tão terapeutico.
Agora o meu semblante também contava a minha história. É comum aqui.
Nessa altura apercebi-me que afinal os sorrisos esboçados não eram forçados, mas sinceros.
Para este espírito, é crucial o esforço anfitrião para o conforto. Conforto para aqueles que mais dele precisam.
Aqui o tempo não voa. saboreia-se em conjunto sem grandes trocas de palavras.

Olhei...o copo já estava vazio.
- Obrigado D.Elza...Sr. Zé, até amanhã.
- De nada...até amanhã menino.

Somos sonhadores porque ainda acreditamos que a vida tem alguma beleza

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Mitologia da Tinto - IV - O Inca

1438-1532 O Imperio Inca atinge o seu auge.
1532-33 Pizarro e 160 espanhóis capturam e posteriormente executam o Inca Atahualpa, pondo um fim ao Império Inca
1536 Manco Inca (Manco, portanto Coxo, mas näo Perneta), tenta retomar o controlo dos Altos Andes, mas depois de estar quase, quase, quase, quase, quase a conseguir, tem de retirar para selva.
1544 Manco Inca é assasinado. E os Incas, bem... os incas... Fala-se de novas cidades perdidas, onde os Andes se cobrem pela selva...
E os incas, bem, os incas... Os seus sucessores perdem-se, vitimados pelas doenças europeias, pela dor, pela tristeza, pela assimilaçäo da cultura do conquistador.

Mas havia uma Inca que era mais esperta do que as outras. Sentadinha no seu canto, sem abrir a boca, como se pretendia da sua condiçäo feminina, mas fazendo-o täo bem, täo bem, que conseguia passar desepcebida a ponto de evitar as canseiras da lida de casa, permanecia de olhos e ouvidos abertos, com uma atençäo filha-da-puta, acumulando uma sabedoria invejável.
Quando soou o toque de retirada, temendo as agruras das montanhas, e os mosquitos da floresta tropical, além da perseguiçäo do inimigo ganancioso, pensou:
"Nááááá, eu vou é esconder-me aonde eles nunca me häo de ir procurar. Nas suas próprias pipas de vinho". E vai daì, pchhhhhhhhhhhhhhh!
Passou despercebida aos olhos do conquistador, näo passou aos olhos apurados de um passaräo que se distinguia dos demais pois via a dobrar, e de lá de cima, "oh!", topava a tudo, e decidiu, "é aquela que eu quero."
E, mergulhando entre os cavaleiros espanhois, confundindo-os com o seu voo ziguezagueante, único nos da sua espécie, fez ouvir um segundo pchhhhhhh! antes do fechar da tampa de carvalho da barrica escolhida, mesmo antes desta começar a ser rolada para o poräo de um navio.
E assim se viu o a Inca Madraça na companhia do Condor que tinha a Cabeça mais vermelha dos Andes, no esconderijo eleito por ambos. E já que ali estavam e havia um oceano para atravessar...
Foi o bom e o bonito. Foi mais a torto que a direito. Foi de todas as formas e feitios.
Näo foram encontrados, porque, apesar de ter sido dado "vazao" ao conteúdo da barrica, é sabido que nao se pode encontrar o que nao se procura.
Näo padeceram de fome porque é sabido que o vinho alimenta.
Näo sofreram do escorbuto porque é sabido que o vinho tem muita vitamina, e conserva a dentadura.
Näo abafaram, porque o Condor se ia peidando debaixo do vinho, e iam respirando as bolhinhas à vez.
Näo entupiram nem rebentaram porque como o vinho era de qualidade, só faziam vinhi e vónhó.
Näo se afogaram porque como a barrica fora escolhida a dedo, e quando o barco naufragou, no cemitério de galeöes a que os antigos capitäes de mar puseram o nome de "ali entre o "ao largo de Leixöes" que tem uns escolhos afiados como lâminas, e a "barra do Douro" ora puxa para dentro ora para fora, quando os soldados espanhóis nas suas armaduras douradas pesadas, e os marinheiros espanhóis nas suas camisolas de lä ensopadas e barretes de lä ás riscas ensopados se afogaram todos, a barrica emergiu, flutuou, cerceou os escolhos, e mareou a barra, e navegou o Bravo Douro pela primeira vez.
Entäo, com o bom filho queà casa torna, como o sangue que puxa o sangue,como o gato que dá sempre com a casa, como aquele cäo esperto dos filmes, e tipo pombo-correio ou boomerang, a Barrica de Bom Vinho finalmente encostou às terras altas de onde lhe parecia que proviera.
A Inca e o Condor näo sairam de mäos dadas, nem palavras ternas se lhes ouvira. Porque ele carregava mudas de fraldas, uma cadeira de segurança, babetes e carapins e resmungava "podias ajudar era a carregar esta tralha que ele já sabe dar uso às asas, e voar para o garrafäo", no que ela, com o memino ao peito respondia "Mas o vinhinho das maminhas da mamä é que faz bem à saudinha. Que riquinho."
E ao povo que fundaram chamaram Ar-Mamar.

Grandes Frases - XV

"Uma mesa sem päo nem vinho é como um homem sem colhöes."

Dona Gusta, propietária da Adega dos Caquinhos, Guimaräes