segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Sin Lamientos - II

Para juntar ao argumentário sobre quem foi o melhor de sempre.



...PATADAS em MARADONA
(especial Campeonato do Mundo)



Do tempo em que o jogador Água Benta da Tinto partiu um braço em campo e nem falta foi.

Sin Lamientos

Agosto de 2005, Janeiro de 2007, Junho de 2018.

Em bom tempo aqui se lhe prestou homenagem.

Diego Armando Maradona.



domingo, 15 de novembro de 2020

Lamento a Destempo (foi dia 11)

Sol depois da noite.

A pé até ao carro. 

Depois para trás também.

A chave ficou no casaco. 

O casaco no gabinete.

Raios partam o Verão de São Martinho.

sábado, 19 de setembro de 2020

Fim de Quarentena nas Escolas, Regresso ao Recreio da Minha - Jogos e Cantigas da Minha Infância Adaptados a Tempos de Pandemia

Vem este a propósito de na sala de aula apenas a Menina M e o Menino F não terem usado máscara. Porque o Sr D tinha sublinhado que todos os meninos deviam usar máscara, e a Professora M respondeu que não era o que estava nas indicações e não seria obrigatório. E o Sr D disse que o filho dele usaria, e o Pai de um Menino que não o Menino F disse que o seu também. E depois o Sr D disse mais coisas, e a Sra E, mãe da Menina L, disse que sendo assim, era melhor que o Menino P, filho do Sr D ficasse em casa. O Sr D fez um sorriso de superioridade, mas não respondeu, e a Professora M pediu à Sra E para ter mais calma e conseguiu controlar a turma na sala de aula. Quer dizer, os pais dos meninos da sua turma, nos seus computadores. Depois o Sr C, pai da Menina M contou à Menina M pormenores da reunião, mas disse à Menina M para não fazer comentários na escola sobre o Sr D, para o Menino P, filho do Sr D não ficar triste. E dias mais tarde, a Menina M começou a rir-se sozinha e disse que estava a pensar se o Menino P, filho do Sr D iria para a escola com o fato de astronauta. O Sr C, pai da Menina M ficou muito orgulhoso, mas pediu-lhe para não repetir a piada do fato de astronauta dias mais tarde na escola. Dias mais tarde, na escola, a Menina M não repetiu a piada do fato de astronauta, porque mal tinha atravessado o portão da escola e juntado à Menina Mf, chegou o Menino P, filho do Sr D, envergando apenas a máscara facial. Então, a Menina Mf suspirou, e com malícia e fingida desilusão disse que tinha pensado que o Menino P iria vestido com o fato de astronauta. Depois na sala de aula todos os meninos, menos a Menina M e o Menino F, estavam a usar máscara. Até a Menina L, filha da Sra E, e a Menina Mf, cujos paizinhos lá em casa também tinham gozado com os cuidados do Sr D. 

Contextualizado o propósito, passe-se ao que interessa:


Um jogo 

- Ah!, M, há outra coisa que quero saber. Quero que estejas muito atenta no recreio e me contes logo que haja a primeira sessão de ...

... Pancadaria!

- Ah! Já foi hoje! No intervalo, os rapazes do 4º B andaram a lutar contra os rapazes do 4º A.  Não sei se foi a sério ou a brincar, começou só entre os rapazes da minha sala. Lembras-te do Menino M? Não é o Menino da minha sala, o Menino M que andou comigo no infantário? O Menino M ficou por baixo. O Menino L, sempre que lhe tentavam passar uma rasteira, agarrava-os pela camisa, junto ao colarinho, ou por trás, junto ao pescoço, deitava-os no chão, e começava a dar-lhes pontapés.

Com excepção da utilização da máscara por todos os contendores, o jogo permanecerá muito fiel à versão de há trinta e tal anos. Até a dificuldade da Menina M em definir a fronteira entre "a sério" e a "brincar"! Recordo Manuel Pedro a lutar com Alberto. Recordo Manuel Pedro a lutar com Emanuel. A brincar. "Boi", "Paneleiro", "Cabrão". De repente, recordo Manuel Pedro a lutar com Alberto. De repente, recordo Manuel Pedro a lutar com Emanuel. A sério. Na altura, a fronteira, era "Filho da Puta". Era o catalisador. E o jogo mudava. Manuel Pedro não admitia que ninguém desonrasse dessa forma sua mãe, explicava no fim, muito vermelho. E as lágrimas eram dos nervos.


Uma cantiga

- Como estava a chover, os rapazes saiam debaixo do coberto e foram para a chuva cantar

"E a chuva p'a nós é sol! E a chuva p´a nós é sol!" * 

Letra que bate em poesia e responsabilidade pandémica a versão não musicada dos anos 80, 

"Eu quero apanhar uma pneumonia!"

ou o superêxito Primavera 1986,

"Nós queremos apanhar radioactividade!"


*NA - ver, pf, final da Taça de Portugal 2016/2017

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Porque não posso irsPiolhar (Um Lamento), Consequências

"Morreu o Homem do Vale", 

justifica Margarida Fernandes, quando a mãe chega a casa.
Justifica a garrafa, "plof!", aberta, e o que possa daí advir.

Está justificada a resposta. 
À pergunta. "Foi morte natural?"
"Assassinado."
Risos.

Mais ao fim - da noite deles - Os miúdos têm de ouvir "Raquel" até à exaustão. Incluindo explicações sobre a charanga de abertura das emissões de televisão do nosso tempo.

E aturar a evocação de Afonso Domingues  a propósito de construções Lego.

E ao "Xixi-Cama",
"Cheiras a vinho!"
"Espumante. Castas de Monção."

"Do Vale, Do Vale, Rei de Portugal."

De há uns anos para cá...

... aprendi convosco.

Ensinastes-me que continuáveis por cá,
Assim, difícil, quase impossível, "ensinastes-me", "continuáveis", segunda pessoa do plural no pretérito indefinido, segunda pessoa do plural no pretérito imperfeito indefinido. 
que não me podíeis,
Assim, com acento, "podíeis", segunda pessoa do plural, no pretérito imperfeito indefinido,
fugir.
Que vos podia roubar.
Assim, "podia" e "roubar", mais simples.
Ao Avô Custódio roubei o "Upa!"
"Upa!" quando me levanto, "Upa!" quando e sento e sinto as dobradiças sentirem-se.
"Upa!" como quando o Avô Custódio se levantava, "Upa!" como quando o Avô Custódio se sentava, e como quando o Avô Custódio devia sentir as dobradiças dele sentirem-se.
"Upa!" e sinto o Avô Custódio a sentir-se.

Ao Ti-Tónio fui buscar o "Bem-Haja!"
O "Bem-Haja!" a que ele achou graça e foi por isso que eu o fui buscar.
O "Bem-Haja!", que se usa muito no Alentejo, disse-o ele que andava por Coimbra, mas é verdade.
O "Bem-Haja!" que é transparente, singelo, e abre horizontes.
E é desconcertante quando a despedida azeda. Sem deixar de ser transparente, singelo, e de abrir horizontes. Mesmo quando a despedida azeda. 
"Bem-Haja!", sabe-me como ao Ti-Tónio usá-lo. E por isso uso muito.

Ao Senhor do Vale fui buscar o aceno. Muito antes de agora adoptei-o.
O melhor dos acenos. 
O braço estendido, a mão a flectir, não a acenar.
O melhor dos acenos não acena, flecte. 
(flexão do punho, termo científico)
Flecte com a concavidade para dentro.
A concavidade da mão. Para dentro, voltada para si, Senhor do Vale.
Concavidade para dentro, convexidade para fora.
Convexidade da mão. Costas da mão, dorso da mão.
Um aceno muito bonito.
Adoptei-o, e há anos, já são anos que me despeço assim.
Já há quem o reconheça, quem ache piada do meu aceno.
Só que não é meu. O sorriso que acompanha o aceno ainda não é tão bonito. É o aceno do Senhor do Vale.


terça-feira, 23 de junho de 2020

São João "Enconfinado"



São João "Enconfinado",
Apertados, até enerva.
Somos sardinhas em lata,
Bota vinho na conserva!

Bom São João!

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Muita Coragem, Afonso...

... agora já pareces estar bem.
Nunca te envergonhes do que já foste.
Continua com essa alegria.

terça-feira, 5 de maio de 2020

Um Lamento

Antigamente, logo ia haver Quim Barreiros.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Afonso...


(desculpa, não sabia)

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Foquemo-nos no essencial...