domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 2 de dezembro de 2017
Do Fim do Outono
Gosto de ver o Outono a partir do alto. As árvores vão-se
juntando em manchas amarelas, castanhas e vermelhas sobre os campos a que
chamam a veiga de Creixomil. Gosto de ver o Outono junto a elas.
Há um gigante magnífico do topo da colina atrás dos hotéis.
Vê-se de toda a cidade. Venero-a desde sempre, como se venera um mais-velho. Aparte essa relação respeitosa, ainda nenhuma outra me tinha atraído.
Talvez só o fizesse para mim. Ramagens abertas, a
estender-se para o passadiço. As folhas lobadas, a aquecerem de vermelho a luz
que as atravessa. Oferece um abraço quente. Passo e penso ir viver com ela.
Todos os anos dou que o Outono já chegou. E então demoro-me
mais pelas janelas. Nunca dei pela sua partida. Esta semana não me tentaram
abraçar ao atravessar o passadiço. Estranhei, olhei. Só restava o tronco
branco, despido, onde não me vi entrelaçado. Ter-se-á ela mudado? Vã esperança,
talvez a encontre. À noite, a aquecer de vermelho o interior dos meus lençóis.
de copo em riste, Comité de Organização às 23:48 0 cagalhões
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